editorial
Quem tem medo dos neologismos?
José Marques de Melo
Trata-se o presente “Portal” de aventura intelectual que me tem fascinado desde os tempos de estudante de graduação, quando tive consciência da Babel terminológica em que estava me embrenhando, numa área cognitiva em processo de constituição.
Conclui o bacharelado em Jornalismo atônito e confuso, verificando que o linguajar empregado pelos meus professores das disciplinas “básicas” diferia, quando não divergia, dos significados implícitos no conteúdo das matérias “técnicas”, produzindo calafrios cognitivos.
Minha angústia cresceu durante a pós-graduação, particularmente no doutorado, ao perceber que me deparava com uma esfinge político-ideológica e não com uma simples charada lingüístico-literária. Ingressava, portanto, no território controverso dos Neologismos, cujo equacionamento pressupõe universalizar procedimentos narrativos, para prevenir os ruídos ensurdecedores que tornam impossível a cooperação internacional em campos acadêmicos emergentes.