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Perspectivas e ações em Saúde, Educação e Cidadania

De modo geral, os estudos sobre a juventude no Brasil privilegiam as manifestações juvenis partindo da década de 1950 em diante. Em cada uma delas, a juventude aparece caracterizada de uma forma. Por exemplo, na década de 1950 — chamada de “anos dourados” — a juventude ficou conhecida como “rebeldes sem causa” ou “juventude transviada”; na década de 1960 — “os anos rebeldes” — é tida como revolucionária; na década de 1990, fala-se de uma “geração shopping center”...

Apesar de apresentar uma economia entre as dez maiores do mundo, o Brasil possui desigualdades sociais alarmantes. Somos um país riquíssimo com relação aos recursos naturais, energéticos e minerais. E apesar das instabilidades estruturais no campo político, temos trilhado um caminho democrático, mas a corrupção dentro da estrutura da política brasileira tem impedido por demais um desenvolvimento maior.

O Simpósio Internacional sobre a Juventude Brasileira: Perspectivas e ações em Saúde, Educação e Cidadania (JUBRA), visou focalizar o cenário atual da juventude brasileira no contemporâneo, tomando esta experiência como recurso para se pensar questões referentes à juventude no panorama internacional.

O evento procurou reunir esforços que pudessem propiciar aos participantes um espaço aberto para discussões, reflexões e trocas de conhecimentos e experiências entre vários setores sociais, acadêmicos, governamental, civil...

Anualmente, mais de 1,5 milhões de jovens chegam ao mercado de trabalho encontrando uma situação extremamente adversa. Nesse quadro de piora considerável das condições de inserção da nossa juventude no mercado de trabalho, é de fundamental importância a adoção de políticas específicas de geração de emprego para esse segmento social.

A idéia geral é que manter o jovem ocupado com atividades úteis vai mudar o destino que a vida traçou para ele. A sociedade cria uma demanda por iniciativas que possam impedir a trajetória que leva o menino da pobreza até a criminalidade.

Acontece que a violência é um fenômeno multifacetado, que não pode ser completamente explicado através do viés da exclusão social, e as demandas educacionais da juventude não envolvem apenas a ocupação do tempo ocioso com atividades que não estão relacionadas ao mundo do trabalho moderno, nem garantem acesso sistemático à cultura socialmente valorizada.

A violência que está disseminada no cotidiano expressa mais profundamente uma crise nas relações de sociabilidade, onde muitas das regras respeitadas pelos diferentes grupos de indivíduos não são institucionalizadas, ou seja, não servem para a sociedade como um todo. A violência atual denuncia, antes de tudo, um enfraquecimento das instituições responsáveis pela socialização e coesão social, entre elas a escola.

A prática dos profissionais de psicologia emerge como um meio importante de contribuir com conhecimentos psicológicos para a realização dos objetivos de ensino e formação de opinião, prioritários para a cidadania.

O encontro foi extremamente importante; como aluno do último ano de Psicologia, a temática da juventude, me é amplamente rica, pois me permite visualizar de forma mais realista o cenário atual de nossa juventude, além disso, me permitiu conhecer dezenas de projetos e propostas de trabalho de diferentes regiões do Brasil e do mundo.

Como profissional de psicologia, espero que os jovens com os quais eu venha trabalhar, encontrem oportunidades para crescerem enquanto cidadãos e enquanto profissionais responsáveis e cumpridores de seus deveres. Jovens não só capazes de questionar o mundo ao seu redor, mas também capazes de modifica-lo e respeita-lo.

Políticas públicas integradas defendidas para auxiliar a juventude brasileira não passam de ações coordenadas entre municípios, Estados e União. É preciso justamente identificar o problema, apontar a solução e adotá-la de maneira uniforme, sem a tradicional sobreposição de funções ou desperdícios.

  • Relatório - Simpósio Internacional sobre a Juventude Brasileira – Jubra. Encontro realizado de 20 a 22 de outubro de 2004, Campus UFRJ Praia Vermelha
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