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História da Cátedra

No final de novembro de 2001, o rofessor Luiz Roberto Alves, proponente desta Cátedra, encontrou-se com o Prefeito Celso Daniel. Foi o penúltimo encontro, pois o derradeiro deu-se na conferência denominada Cidade Futuro, duas semanas depois. Terminado um debate coordenado por Jeroen Klink, Celso lembrou que o Grande ABC ainda não tinha massa crítica universitária capaz de dar suporte às necessidades do seu desenvolvimento. Enquanto forem fundantes os temas em torno da cidade, da pesquisa, capacitação de recursos humanos e da avaliação, terá valor a questão da massa crítica, universitária ou não, mas competente para realizar esse mister crítico.

No que toca à formação educativa, superior ou de nível médio, para a operação formadora e crítica, não havia na região do Grande ABC nenhuma instituição plenamente pública e com tradição equilibrada nas ações de ensino, pesquisa e extensão de serviços. Mas havia instituições comunitárias e autárquicas capazes de iniciar tal empreendimento. No Brasil, a maior parte da pesquisa e do fomento à formação de massa crítica localiza-se nas universidades públicas, distribuídas irregularmente pelo país. Daí um dos principais problemas, acrescido do PIB mediano, quase medíocre, destinado à educação, e de uma história de educação livresca, assistencialista e quase sempre autoritária no âmbito da infância e da adolescência. As consequências não poderiam ser positivas para a criação das melhores estratégias que nos levassem ao desenvolvimento, entendido como uma ação integral de civilidade e crescimento, quer material, quer simbólico, quer ambiental. Para que fossem desenvolvidas as melhores estratégias, com base no rigor avaliativo, era necessária massa crítica ainda ausente naquela ocasião.

Nesse contexto, a Cátedra Gestão de Cidades foi inaugurada no dia 14 de novembro de 2003 com o intuito de colocar a Cidade como objeto central de reflexão. Voltada para o conhecimento e estudo das cidades contemporâneas, surgiu do processo de integração da Universidade Metodista de São Paulo com a região do ABC, que era e ainda é o próprio retrato do Brasil contemporâneo: predominantemente urbano, industrializado, desigual, rico em experiências sociais e com patrimônio ambiental e histórico a preservar.

As importantes experiências de gestão dos governos locais, o desenvolvimento da cidadania e o ativismo das organizações não governamentais requerem o olhar crítico da Universidade e esta por sua vez, demanda objetos reais de estudo e identificação regional.

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