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Especialistas discutem 500 anos da Reforma e educação brasileira

Evento aconteceu no marco dos "500 dias para os 500 anos da Reforma"

23/11/2016 10h15 - última modificação 23/11/2016 10h22

Mesa-redonda reuniu especialistas de religião e educação

As igrejas protestantes tiveram grande importância no cenário educacional brasileiro. Com os 500 anos da Reforma Protestante, muitas celebrações acontecem ao redor do mundo, começando agora no marco dos "500 dias para os 500 anos da Reforma". O Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Metodista de São Paulo realizou uma mesa-redonda, coordenada pelo professor Rui de Souza Josgrilberg, para discutir a reforma e a educação no Brasil.

O professor Lauri Emílio Wirth, da Pós-graduação em Ciências da Religião, contextualizou o cenário em que aconteceu a reforma como um tempo de falência do meio da graça. Na época, a Guerra dos Cem Anos, a peste negra e a visão de Deus como um juiz implacável eram algumas das características que influenciaram o acontecimento de uma reforma.

Neste período também, segundo Wirth, aconteceram os primeiros indícios de uma separação de Igreja e Estado. Ele comenta que passou a existir o confronto entre dois fundamentos, enquanto o Imperador Carlos V seguia o fundamento de que a verdade emana da autoridade, Lutero acreditava que a verdade emana do debate.

Ênio Staroskiy é diretor do Colégio Luterano São Paulo, Mestre em Educação pela Pós em Educação e Doutorando em Ciências da Religião pela Metodista. Ele contribuiu para a discussão falando das relações entre a reforma e a educação. “A educação teve grande importância para Lutero. Se ele foi visto como um reformador, foi por conta da educação que recebeu”, diz.

Segundo Staroskiy, quando foi ser monge, Lutero começou sua vida como reformador. Ele defendia uma educação pública e gratuita e acreditava que as boas obras não fazem das pessoas cristãs, mas que as pessoas cristãs fazem boas obras. O diretor falou sobre a importância da educação luterana que hoje tem mais de 65 mil alunos no Brasil.

“É preciso compreender as contradições de todas essas histórias”, declara César Romero A. Vieira, coordenador do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Metodista de Piracicaba. Em sua fala, Vieira refletiu sobre as “Repercussões (tardias) da Reforma na educação brasileira, no período de implantação da laicidade do Estado brasileiro”.

No cenário de mudanças no Brasil, como a mudança de monarquia para República, Vieira aborda que o modelo protestante de educação encontrou um fluxo maior, já que a educação secundarista se tornou privada. “A escola particular encontra uma corrente muito grande para se instalar em São Paulo e se instalam aqui duas grandes denominações, que trabalham a partir de uma estratégia de divisão, que são os presbiterianos e os metodistas”, explica.

Os estudos do professor sobre o tema podem ser encontrados em seu livro “Contribuições do Protestantismo para a História da Educação no Brasil e em Portugal”, publicado neste ano pela Editora Metodista. Clique aqui e confira.

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