Programa Práxis Cidadã
A Universidade Metodista de São Paulo adotou a formação cidadã de seus estudantes em caráter extensionista de apoio à comunidade circundante como um de seus diferenciais. Muitas são as ações desenvolvidas no âmbito das faculdades e muitos resultados conquistados. Contudo, a possibilidade de realização de um programa de extensão por um setor da Universidade que pensa a cidadania, ensina cidadania e tem vinculação direta com todos os cursos da Universidade pode nos trazer resultados ainda mais efetivos.
O Programa de Extensão do Núcleo de Formação Cidadã possui um processo educativo, cultural e filosófico que permeia e articula as atividades realizadas, gerando transformações na Universidade e na comunidade regional.
Objetivos gerais
- Promover a ciência, a arte e a cidadania como alicerces nas prioridades locais, regionais e nacional;
- Estabelecer parcerias com os movimentos sociais, priorizando ações que visem à superação das atuais condições de desigualdade e exclusão existentes no Brasil;
- Prestação de serviços de interesse acadêmico, científico, filosófico, cidadão e artístico do ensino, pesquisa e extensão;
- Formação do profissional cidadão, isto é, aquele capaz de se situar historicamente e socialmente, aliando o saber técnico a uma perspectiva de transformação social;
- Promover a Educação em Direitos Humanos e uma cultura baseada na universalidade, indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos;
- Aprofundar as relações entre os estudantes, professores e a comunidade.
Objetivos específicos
- Propiciar, na identificação nas ações realizadas, a possibilidade de construção de uma atitude cidadã;
- Formar o estudante acadêmico-científico, profissional, ética e politicamente para a vida em sociedade;
- Sistematizar e criar propostas de uma educação cidadã e transformadora;
- Promover, por meio do programa, impacto regional quanto à inclusão social, defesa do meio ambiente, disseminação da arte e da memória;
- Garantir que a Universidade colabore nas demandas sociais com geração de teorias e ações comunitárias.
Eixos do Programa Práxis Cidadã
O programa se organiza em quatro eixos:
- A práxis “de dentro para fora”;
- A práxis “de fora para dentro”;
- A práxis da “geografia dos corpos”;
- 4. A práxis artística.
Eixo 1 - De dentro para fora
A Universidade deve, pela sua natureza, participar de processos emancipadores da sociedade, propondo estratégias possíveis de construção da cidadania e de melhora da qualidade de vida da população. Por meio da extensão universitária é possível fazer num processo que envolva ação e reflexão. Ações que proporcionem formação teórica, a partir das diversas práticas que ocorrem dentro da universidade, bem como a intervenção com ações que beneficiem diretamente a comunidade efetivam o projeto de uma Universidade. O objetivo central desse eixo do programa de extensão do Núcleo de Formação Cidadã é oferecer formação à comunidade externa da universidade, não significando com isso ter a comunidade como coadjuvante, mas sim como elemento central do processo de construção dos novos saberes. O intuito é socializar o conhecimento e aprimorá-lo no diálogo. Além da formação, espera-se com a realização de disciplinas de caráter extensionistas levar os conhecimentos diversos à comunidade.
Eixo 2 - De fora para dentro
A Universidade na contemporaneidade deve ser espaço de produção de conhecimentos. Produção essa que deve ser reconhecida no espaço em que está inserida geograficamente. Não ser espaço de mera reprodução do já dado e sim atuar na produção do conhecimento implica em estabelecer relações diretas com a população em geral e não apenas com a comunidade acadêmica. A busca constante de diálogo com diversos setores da sociedade e suas demandas e a promoção do encontro desses grupos com a comunidade interna é o objetivo central desse eixo. O foco é a promoção de processos eminentemente pedagógicos e transformadores construídos a partir da relação com ambientes e discursos diferentes dos frequentemente ouvidos na academia. Fortalecendo a formação de nossos estudantes e professores.
Eixo 3 - A práxis da geografia dos corpos
Por ser espaço eminentemente científico, a Universidade de atuar na resolução de identificação e resolução de problemas de diversas ordens, mas primordialmente, pensando na Universidade Metodista e sua confessionalidade a atuação deve abranger problemas socioeconômicos. A Universidade Metodista tem uma inserção nacional, uma vez que está presente por meio do ensino a distância em todas as regiões do país. Na junção da pesquisa com a extensão esse eixo deve possibilitar a criação de um observatório da cidadania em que a situação econômico-social de nosso país possa ser vista pelos nossos estudantes e professores, e que esses dados possam servir de embasamento para a criação de projetos sociais em todo o país, além de contribuir com a pesquisa para a formação constante de nossos professores e estudantes. O observatório, aliando pesquisa com extensão, desenvolverá metodologias participativas, criando espaços flexíveis e democráticos de desenvolvimento dos saberes, contando com a efetiva participação da comunidade no levantamento dos dados, problemas e ações desenvolvidas na região.
Eixo 4 - Práxis artística
Historicamente quando tratamos de propostas de ação cidadã encontramos as correlações dos movimentos sociais culturais com a educação e a arte. As ações de cidadania que buscam a verdadeira práxis percebe que a arte está enraizada nas práticas sociais vividas pela sociedade como um todo. A práxis artística possibilita uma "pedagogia sensibilizadora" e qualquer ação cidadã depende primeiramente de sensibilidade. A educação da sensibilidade. Esta concepção de cidadania tem como base o princípio de que a prática da cidadania efetiva-se somente no momento em que ocorre um consenso entre cidadãos que partilham a mesma cultura e isso pode se dar a partir de uma ação artística. Esse eixo tem como objetivo central o movimento dos corpos em direção à arte, o incentivo da comunidade interna e externa para a relação com a arte e a cidadania.