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Estudantes de Engenharia Ambiental desenvolvem ações sustentáveis em Canudos

10/07/2013

10/07/2013 09h35 - última modificação 10/07/2013 12h00

Por Laiza Lopes

Esta é a primeira vez que o curso de Engenharia Ambiental participa do Projeto Canudos. Com a ida de três alunos do curso ao vilarejo, o projeto aplica atividades sustentáveis nas residências.

A primeira ação já foi realizada. Os estudantes utilizam chapas de zinco, garrafas pet e água sanitária para gerar iluminação limpa à população. O sol das 12 horas que irradia na chapa, juntamente com a garrafa coberta na tampa por fita isolante – que protege a tampa contra o efeito abrasivo dos raios UV -, ilumina o cômodo da casa entre 40 a 60 watts.

“Gostaríamos de levar o modelo para a Fazenda Chora Menino, onde muitas das casas ainda não possuem energia elétrica”, conta o estudante Felipe Figueiredo.

A casa de Luiz de Souza, de 74 anos, é modelo para os alunos aplicarem o protótipo. “Acho importante ceder o espaço para eles produzirem. As pessoas daqui precisam se modernizar”, afirma o morador.

Além de ajudar com o espaço para a instalação da garrafa que leva energia elétrica, o morador de Canudos Velho, Luiz, participou do processo de construção do protótipo, já que a ideia é ter um multiplicador do trabalho dentro do povoado. “O Luiz forneceu as ferramentas e técnica. O projeto foi feito de forma colaborativa, envolvendo a comunidade”, disse o participante de Engenharia Ambiental, Felipe Figueiredo.

O modelo de energia limpa é só uma das atividades desenvolvidas pelos participantes de Engenharia Ambiental. Em parceria com o curso de Biomedicina, a coleta e análise de solo e água de Canudos Velho também é executada. A proposta é recolher a amostra de 13 casas e, posteriormente, trazer as propostas de políticas públicas para a melhoria das condições da comunidade, além, claro, de ações de extensão que contemplem as necessidades mais imediatas.

O coordenador da área de Biomedicina no Projeto Canudos, Ícaro Barbosa, 27 anos, assim que percebeu a demanda pela análise de água e solo do local, integrou os participantes do curso de Engenharia Ambiental. “Vi que podia expandir a atuação deles e os coloquei em contato com o laboratório”, afirmou.

Em Canudos, os estudantes do terceiro e quarto semestre do curso têm a oportunidade de, além de colocar conceitos em prática, aprender sobre conteúdos ainda não vistos no ambiente acadêmico. “Já havia feito coleta de água na faculdade, mas análise de parasitas é novidade. Para essa parte de análise contamos com a ajuda da Biomedicina”, completa Thais.

A partir da visita feita na Fazenda Chora Menino, os jovens identificaram que a vegetação intensa faz com que, em tempos de chuva, o lixo se misture com a água da cisterna. Para evitar isso, os estudantes pretendem implantar um filtro que separa a sujeira da água. “Colocamos o coletor na parte final da calha. A água passa pela tela e os resíduos ficam”, explica outra participante da área, Janine dos Santos. No primeiro momento, os protótipos foram utilizados na sede do Instituto Brasil Solidário, organização que já realiza ações na cidade há cerca de 12 anos e que estabeleceu a parceria com a Universidade Metodista de São Paulo para a realização do projeto de extensão.

As atividades dos estudantes terminaram no último domingo, 7, dia em que o grupo de extensionistas do Projeto Canudos retornou à São Paulo.

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