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Israel - Laquis - A

Fabio Py Murta de Almeida

A cidade de laquis bíblica fora escavada no tel lachish, ainda que, inicialmente houvera divergência sobre a localização da antiga cidade bíblica. Isso ocorreu, sobretudo por que próximo à região de Sefelá existiam uma diversidade de colinas e tel’s. Os assírios nomearam tal cidade de lakisu, a quem diga que a origem de seu nome veio das línguas do Oriente Antigo, semelhantemente, a Cárquemis. Provavelmente já no tempo do segundo milênio existira alguma consolidação no seu solo (cf. KEEL & KUCHLER: 1982, 881-882).

Laquis (Tell ed-Duweir) está a 18 km oriente de Hebrom, a 45km a sudeste de Jerusalém, suas ruínas estão encontradas num monte no Séfela. O tel no topo chega a medir 7,3 hectares e na base 12,3 hectares (REIMER: 2002, 20; BRIEND: 1985, 85). Localiza-se a 40m de altura, a altitude de 250m de altitude. Curiosamente, embora seu tamanho, o tel laquis não é perceptível de longe (KEEL & KUCHLER: 1982, 882).

1 - Aspectos das três expedições

Foram iniciadas entre os meados dos anos 1932-1938 à primeira expedição de ingleses, liderados por J.L.Starkey. Por conta de seu assassinato a expedição foi parcialmente interrompida em janeiro de 1938, mas pelo incentivo de L.Harding os trabalhos continuaram até setembro de 1938, sendo eles publicados pela Sra. O. Tufnell. Nessa primeira desbravada se descobriu um “templo do fosso” na base do monte, datado entre 1500a.C e 1200a.C, também, restos do palácio e parte do sistema de muros e portão da época monarquia e um conjunto de cerca de vinte e um cacos de cerâmicas designadas de “ostracas de Laquis” – que serviam para registro de arrecadação em tributos de azeite, vinho e animais (REIMER: 2002, 20; KEEL & KUCHLER: 1982, 881-3; BRIEND: 1985, 85).

A segunda expedição foi liderada por um judeu, Y.Aharoni, tal empreendimento fora financiado pela Universidade de Haifa, de Jerusalém, entre os anos de 1966 a 1968. Nela levantou-se a memória da camada relativa ao século 6a.C tempo dos persas sobre a região judaica. Lá se descobriu de mais substancial a existência de um “templo solar”, isto é, um solar shrine (nível I, cf. REIMER: 2002, 20). Um modo religioso-cultural comum entre os impérios, Babilônicos conforme indica Milton Schwantes (2002, 34), e o Persa como descreveu Walter Volgel (2001, 51-65).

Já a terceira expedição teve coordenação do prof. David Ussishkin da Universidade de Tel-Aviv. Em todo seu declive até hoje, essa expedição teve mais de quatorze investidas, sendo que a décima terceira em especial houve a participação do professor Haroldo Reimer, hoje docente da Universidade Católica de Goiás (UCG).

Substancialmente nessa expedição a ciência maximalista1[1] conseguiu tocar mais vínculos entre os acontecimentos históricos e as narrativas bíblicas do tel de Laquis, como descreve Mario Liverani (2003) em tom de crítica a metodologia fluida por tais pesquisadores.

Nesse tel o dado mais expressivo, que cada tem mais vem ganhando destaque na arqueologia do Levante Sul, é sem dúvida a rampa construída pelos assírios para invadir a fortaleza de Laquis, em aproximadamente 701a.C. (cf. detalhes em: FINKELSTEIN & SILBERMANN: 2003, 354). Sobre esse dado, e outros dados vislumbrados em Laquis se tentará elucidar o saber estrafiticado desse tel para depois compactuar inter-relacionando os descobrimentos, a história israelita e as narrativas bíblicas.

2 - Como fora a história e ocupação do tel de Laquis

Trilha-se o seguinte quadro temporal (estratificação) da ocupação de Laquis:

Estrato período (século/ período) Datas (a.C.) tipo de assentamento
VIII - bronze médio IIB 1700-1550 cidade com muro
VII - bronze tardio IIA 1400-1300 ???
VI - bronze tardio IIB 1300-1180 sem muro (?)
V - ferro IIA 900-800 palácio-fortaleza
III - ferro 760-701 cidade fortificada com palácio
II - ferro IIC 650-587 cidade fortificada sem palácio
IA - período persa 500-330 residência persa
IB - período helenista 330-150 "templo do sol"

Dois momentos históricos são dignos de nota sobre Laquis. Primeiro quando refere aos tempos de 900 até 701a.C, e depois, em segundo, quando se refere à invasão babilônica liderada por Nabucodonozor no século 6 a.C. Nesses dois arredores se encontram maiores elos entre as narrativas bíblicas e os objetos dados pela arqueologia do Levante Sul.

Mais mesmo com essa incidência, hoje em dia pouco de substancial pode ser ligado entre as narrativas bíblicas e o ramo arqueológico. O que há de fato é uma total defasagem entre a memória arqueológica e a memória bíblica[2], surge-se então que a ideologia do texto bíblico não passava pelos avais institucionais da situação, nem tão pouco do estado.

Na continuação do trabalho se buscará selecionar as narrativas bíblicas que mencionam tal cidadela, para que assim se possa fazer possíveis links entre arqueologia e textos bíblicos.

2.1 - Narrativas bíblicas

Abaixo apenas sistematizou-se as narrativas bíblicas sem quaisquer vínculos temporais, mas apenas por destacados pontos em que a pesquisa vetero-testamentária vem a muito destacando. Assim, pelas simples relações temáticas entre os textos de Juízes e de 2Reis uniu-se na extensiva obra historiográfica deuteronomista (=OHD), como também foi feito com os textos de 2Cronicas e Neemias unidos pelo nome de obra historiográfica cronista (=OHC)[3].

Levante e Livros Partes
Obra Historiográfica Deuteronomista (de Deuteronômio até 2Reis) Josué 10,3.5.23.31-35; 12,11; 15,39;2 Reis 14,19; 18,14.17; 19,8;
Proto-Isaías (1Isaías) Isaías 36,2; 37,8;
Jeremias Jeremias 34,7
Miquéias Miquéias 1,13
Obra Historiográfica Cronista (1 e 2 Crônicas, Esdras e Neemias) 2Crônicas 11,9; 25,27; 32,9 e Neemias 11,30;

Agora, após a passada nos textos bíblicos que apresentam o nome Laquis, se fará um esforço de palpitar como foram os ocorridos em Judá nos tempos bíblicos.

2.2 - Relação difusa entre a história de Israel e a arqueologia bíblica

Há de se entender a importância da cidade de Laquis. É uma parte cultivável e fértil, geograficamente cobria uma das principais estradas que levavam de Jerusalém ao Egito, fazendo a entrada e a saída do sul, em relação ao Negueb e ao Egito, do Reino Norte (BRIEND: 1985, 85; REIMER: 2002, 21).

Num corte feito no tel determinou-se a existência de sete níveis (levels), sendo o mais antigo antes de 1300a.C, tempo em que teria tido uma patente destruição da região (cf. REIMER: 2002, 21). Por assim, durante o período de 1300 até 1180a.C. Laquis deve ter sido palco de uma violenta guerra, que por ela ocorreram queimadas observadas pela maciça camada de cinzas no nível (KEEL & KUCHLER: 1982, 881-7). Infelizmente, nesse tempo nenhum texto bíblico cita tais ocorrências, algo muito menos, sobre a forma que teria ficado Laquis depois mais três séculos dessa destruição incendiária. Acredita-se que nesses três séculos após a queimada, seguiu-se um hiato populacional indo até aproximadamente o século 10a.C. Nesses ídolos, Laquis não era habitada substancialmente por nenhum contingente de pessoas, sugere-se que nessa época quem pairava sobre a região eram sim os pastores beduínos semi-nomades, nos quais, tinham como arquétipo formativo Abrão (SCHWANTES: 1987, 37-49).

No IV nível, segundo a indicação de Haroldo Reimer (2002, 21), houve a re-estabilização de Laquis como cidadela fortaleza. Tempo da divisão dos reinos de Israel e de Judá, apenas uma narrativa bíblica afere Laquis como ponto relevante desse tempo. Um texto que coloca Laquis como uma fortificação para a defesa do rei Roboão pela divisão dos reinos “Roboão habitou em Jerusalém e, para defesa, fortificou cidades em Judá; fortificou, pois, a Belém, a Etã, a Tecoa, a Bete-Zur, a Socó, a Adulão, a Gate, a Maressa, a Zife, a Adoraim, a Laquis, a Azeca, a Zorá, a Aijalom e a Hebrom, todas em Judá e Benjamim, cidades fortificadas” (ARA, cf. 2Cronicas 11, 5-10). Dando aval ao texto bíblico, nessa camada descobriu-se restos arquitetônicos de guarnições reais, com armazéns e estábulos para cerca de 100 cavalos (REIMER: 2002, 21).

Sobre o texto de 2Cronicas 11, 5-10, Herbert Donner (2000, 285-286) conta que devido à morte de seu pai David, Roboão mandou fortificar a cidade, bem como as outras cidades limítrofes do Sul, ao redor de Jerusalém. Fortificar-se era importante, pois a qualquer insulto, ou disputa, poder-se-ia ajusta-se à guerra. Por isso a arqueologia, deve ter encontrado na cidadela desse tempo, guarnições e cavalos para o ataque ou a defesa da região[4]. Contudo, Laquis nesse nível (isto é, no IV) não era uma cidade formal com habitantes e moradores, mais antes, avistava consideráveis armazéns e estábulos. Uma cidade fortaleza, um quartel general, que no seu centro havia um palácio/cidadela. Era uma completa guarnição formada por soldados, armamentos, depósitos e firmamentos, incentivado segundo o texto de 2Cronicas 11, 5-11 pelo reinado de Roboão.

No nível III, segundo a divisão temporal de Haroldo Reimer, Laquis era absolutamente uma cidadela-quartel situada na parte mais fértil (cf. Neemias 11, 30), que começava a receber gente fugida do reino Norte após a destruição de Samaria, em 722a.C. A cidade com isso inchou. A arqueologia conseguiu detectar que ela foi ampliada com casas ao redor, tendo até moradias fora dos seus muros.

Laquis passou a ser a segunda maior cidade do reino de Judá, só perdendo para Jerusalém. Tornou-se um centro regional no qual vivam pessoas da posição das elites e dos governantes, como descreve o texto do profeta Miquéias (1, 13) “Ata os corcéis ao carro, ó moradora de Laquis; foste o princípio do pecado para a filha de Sião, porque em ti se acharam as transgressões de Israel” (ARA). Esse termo traduzido por “moradora”, “habitante” (hebraico: yosheb) é sinônimo de “governante” e de “administrador”. Tendo como base essa pequena análise da palavra yosheb e a arqueologia, Laquis nessa época era um local estratégico, habitado pelas pessoas importantes no reino Sul. Por essa razão a cidade deve ter sido tão bem equipada militarmente, com cavalos, carros como narra o testemunho do profeta Miquéias, no 8ª século.

O ponto que mais se destaca arqueologicamente nesse nível, e ao que tudo indica em todo o tel, são sem dúvida os achados que envolvem a expansão Assíria sobre a Palestina em 701a.C. Após sucumbir às cidades filistéias Ascalom e Ecrom, Senaqueribe (rei Assírio) volta-se contra Judá, pelejando contra as cidades limítrofes judaicas, como por exemplo, Laquis. Embora, existam críticos como G. w. Ahlstron[5], nessa batalha a arqueologia acerta, vai aos detalhes, isso por conta de um relevo, nele conseguiu-se reconstruir a dramaticidade de tal batalha (FINKELSTEIN & SILBERMANN: 2003, 352-354).

Mesmo sabendo que no fim a Assíria conseguiu conquistar Laquis cidade quartel de Judá como afere o relato de 2 Reis 18, 17 “Contudo, o rei da Assíria enviou, de Laquis, a Tartã, a Rabe-Saris e a Rabsaqué, com um grande exército, ao rei Ezequias, a Jerusalém; subiram e vieram a Jerusalém. Tendo eles subido e chegado, pararam na extremidade do aqueduto do açude superior, junto ao caminho do campo do Lavandeiro.” (ARA). Como também informa o relato dos Oriente Antigo “Senaqueribe, rei de todos, rei da Assíria, sentado no seu trono, enquanto a pilhagem de Laquish passa diante dele” (FINKELSTEIN & SILBERMANN: 2003, 352) Deve-se dar valor da riqueza cultural extraída desse relato dramatizado por um artista persa. Dramatizou-se que para poder vencer os Judaitas de Laquis, Senaqueribe construiu uma rampa de cerca de 27 metros para suplantar os muros da cidade. O ponto mais interessante do relato é que conforme a rampa ia aumentando, os Judeus iam tirando partes de suas próprias casas para poder sustentar tal peso. Os judaitas tentavam se defender de qualquer maneira, atirando vasos, flechas, tochas, etc.

Muitos pontos do drama foram questionados, mas mesmo assim, detalhes como as armas, o fogo, a água e a grande rampa são detalhes que podem ser atestados pelas ferramentas arqueologógicas, como indicam os estudiosos de Freiburg, Othmar Keel & Kuchler (1982, 881-7) e também, por Israel Filkelstein & A Silvermann (2003, 352-5). Era o tempo do rei Ezequias que vivia em Jerusalém enquanto Laquis e outras cidades judaicas foram invadidas por Senaqueribe[6]. Em termos estratégicos, Ezequias a partir das derrotas fica desprotegido e isolado em Jerusalém, não tendo outra saída senão pagar impostos de vassalagem a Assíria. Parte de desse acordo (?) pode ser percebido no texto bíblico de Isaías 36,2 “O rei da Assíria enviou Rabsaque, de Laquis a Jerusalém, ao rei Ezequias, com grande exército; parou ele na extremidade do arqueoduto do açude superior, junto ao caminho do campo do lavadeiro” (cf. para isso também 2Cronicas 32).

Após a guerra e os eventos de 701a.C a cidade voltou-se de novo (embora mais amenamente) a se fortificar. Esse aspecto da fortificação penso que era absolutamente necessário por que junto a ela tinha uma corrente de água perene (chamada de nahal laquis), por sua posição era estratégica circundada por vales ao seu redor que somente na ponta suldeste da cidade a formação topográfica permitia o acesso, e por último por ser ponto na rota de Jerusalém ao Egito.

Essa re-estruturação deve ser vinculada, sobretudo pela política interna de Josias ele que aprofundou alguns pontos da reforma de Ezequias, voltando-se a nacionalização e aproveitando-se da fraqueza Assíria ocupou algumas partes do Antigo Israel, aumentando os tributos e reforçou suas defesas (CRUSEMANN: 2002; ALBERTZ: 1994; SILVA: 2005, 18-19). Nesse momento deve ter surgido textos que vinculassem Laquis como conquista e fortificação, como no livro de Josué, “O rei de Iarmut, um. O rei de Laquis, um” (ARA, Josué 12,11)[7]. como por exemplo. Nesse tempo foi encontrada na região carta escrita em cerâmicas datadas de 588a.C (REIMER: 2002, 21; MAZAR: 2003, 436-437).

Nesse mesmo nível, Laquis fora destruída de novo pelo império Babilônico, em 586a.C. Alguns dos ostracos de Laquis (isto é, ostraco n° 3 e ostraco n° 4) podem ser datados próximos a essa época. Mais exatamente em 588a.C, como Briend (1985, 85-86) denomina, cartas foram feitas dos judeus palestinos para os judeus que viviam no Egito. Elas que pontuam a relação entre os judeus no reino de Sedecias e os Egípcios (faraó Hofra)[8] antes da invasão de Nabucodonozor em Judá. Biblicamente o texto que mais se aproxima desse momento é Jeremias 34, 7 quando diz “quando o exército do rei da Babilônia pelejava contra Jerusalém, contra todas as cidades de Judá que ficaram de resto, contra Laquis e contra Azeca; porque estas fortes cidades foram as que ficaram dentre as cidades de Judá” (cf. ARA). A descrição atesta o valor militar da cidade de Laquis como ponto fundamental para a defesa de Judá antes da invasão de Nabucodonozor, como mesmo informa o ostraco n° 4 (cf. nota de rodapé n° 8).

Por fim, no último nível pontuado por Haroldo Reimer, ao que se compôs no período persa, quando se encontrou espécie de um “templo ao sol” na região. No período helênico foi mantido o mesmo caráter de reconstrução e de re-povoamento, mas assim, a cidade não chegou a ter mesmo sinuosidade do passado. E, de novo por volta do século 2a.C. foi destruída sem mais haver qualquer reconstrução.

Finalizando

Nesse caso a análise do saber do tel de Laquis deixou claro, a importância militar e estratégica da cidade para a palestina do Oriente Antigo. Em termos de arqueologia do Levante Sul se pode afirmar com segurança a relação dos textos bíblicos com momentos expressivos de tensão na historia de Israel, como o foram à queda do Reino Norte em 722a.C, o reinado de Josias por volta de 622a.C, à destruição de Judá em 586aC, etc. Conclui-se que o texto bíblico seria apropriado não para se construir fatos fotográficos da vida do homem bíblico, mas apenas, arquétipos narrativos que tentam sanar comunidades açoitadas, em profunda crise ideológica. Como afinal de contas, Carlos Mesters (2006, 87) escreveu sobre as comunidades construtoras dos mitos e a linguagem mítica:

“Em momentos de crise, de mudança ou de derrota, quando a identidade do grupo é ameaçada, o mito entra em ação e ajuda o grupo a defender-se e reencontrar-se (…) é como nosso corpo quando recebe uma ferida. O corpo reage e se defende”

Os textos são defesas das piores horas. É forma de responder a vida. Agrega-se neles resistência e utopia frente às tragédias. São por tudo chaves da vida.

4 - Referencias

ALBERTZ, Rainer. A History of Israelite Religion in the Old Testament Period. 2 vols. Philadelphia: Westminster Press, 1994.

BiblePlaces.com. Lachish. Disponível em: <http://www.bibleplaces.com/lachish.htm>. Acesso em: 13 maio de 2006.

BRIEND, Jacques (org.). Israel e Judá: textos do Antigo Oriente Médio. São Paulo: Paulus, 1985. 99p.

BRIGHT. J. História de Israel. São Paulo: Paulinas, 1978. 692p.

CRÜSEMANN, Frank. A Tora: teologia e história social da lei do Antigo Testamento. Petrópolis: Vozes, 2002. 600p.

DONNER, H. História de Israel e dos povos vizinhos. Volume II. Petrópolis: Vozes, 2000. 535p.

DREHER, Carlos. Josué: um modelo de conquista? Estudos Bíblicos. Petrópolis: Vozes, 1996.

FINKELSTEIN, Israel & SILBERMANN, Neil A. A Bíblia não Tinha Razão. São Paulo: Girafa. 2003. 515p.

GRABBE, L. L. (ed.) Leading Captivity Captive: “the exile” as history and ideology. Sheffield: Sheffield Academic Press, 1998.

KEEL, Othmar & KUCHLER, Max. Orte und Landschaften der Bibel: Ein Handbuch und Studienreiseführer zum Heiligen Land. Volume 2. Benzinger/Vandenhoeck & Ruprecht, Köln/Göttingen, 1982,

LIVERANI, Mario. Oltre la Bibbia. Storia antica di Israele. Roma – Bari: Laterza, 2003. Pp 110-178.

MAZAR, Amihai. Arqueologia na terra da Bíblia. 10.000-586 a.C. São Paulo: Paulinas, 2003. 554p.

MESTERS, Carlos. Mito e o Rito na Bíblia. Em: DREHER, Carlos. MUGGE, Erny. HAUENSTEIN, Iria. & DREHER, Isolde (orgs.). Profecia e Esperança: um tributo a Milton Schwantes. São Leopoldo: Oikos, 2006. Pp 86-93.

REIMER, Haroldo. Bíblia e arqueologia. Revista da Bíblia, ano VII, n° 25, 1T02. Rio de Janeiro: Juerp, 2002. Pp 20-21.

SCHMIDT, W.H. Introdução ao Antigo Testamento. São Leopoldo: Sinodal, 1994. 395p.

SCHWANTES, Milton. Projetos de Esperança. Meditações sobre Gênesis 1-11. São Paulo: Paulinas, 2002. 136p.

SICRE, José Luiz, Introdução ao Antigo Testamento, Petrópolis: Vozes, 1999, 318p.

SILVA, Airton Jose. A História de Israel na pesquisa atual. FARIA, J. F (org.) História de Israel e Pesquisas Recentes. Petrópolis: Vozes, 2003. Pp 43-88.

¬SILVA, Airton Jose. O contexto da obra historiográfica deuteronomista. Estudos Bíblicos n° 88. Petrópolis: Vozes, 2005/4. Pp 11-27.

STEINS, Georg. O livro de Crônicas. Em: ZENGER, Erich (org.). Introdução ao Antigo Testamento. São Paulo: Edições Loyola, 2003. Pp 210-221.

VOGELS, Walter. Abraão e sua Lenda. Gênesis 12, 1-25,11. São Paulo: Edições Loyola, 2000. 181p.


Notas

[1] Para delimitar o saber minimalista e o maximalista vale a pena cconferir SILVA, 2003.

[2] Como mesmo depõem o brilhante minimalista GRABBE, 1998.

[3] Para uma introdução as nomenclaturas do Primeiro Testamento, como obra historiográfica deuteronomista e obra historiográfica cronista, cf. as introduções: SICRE DIAS, 1999; SCHMIDT, 1994.

[4] Um detalhe que não deve passar despercebido pelos estudiosos é que mesmo literalmente se tenha indicativo do 9a.C. tal texto pode ser datado entre os ídolos do período persa e o grego sobre a judéia, tempo em que por ela buscou-se uma “busca-se uma síntese do cânon” sobretudo incentivada pelas dificuldades culturais causadas pela expansão helênica sobre a judéia, como mesmo Georg Steins (2003, 210-222) afirma, foi uma luta pela identidade judaica. Assim, Herbert Donner (2002, 285) responde aos mais críticos dizendo que somente os quatro primeiros locais da lista cronológica de 2Cronicas 11, 5-12 poderiam ser referencias posteriores (do 6 século ou do 5 século), nisso conclui-se que Laquis era uma referencia sim do 9 século.

[5] Cf. as críticas de Ahlstron no texto de Herbert Donner (2000, 373).

[6] Como atesta o cilindro de Taylor “Quanto a Ezequias do país de Judá, que não se tinha submetido ao meu julgo, sitiei e conquistei 46 de suas [sc. Ezequias] cidades muradas e fortificadas, assim como inúmeras pequenas cidades em suas cercanias” (DONNER: 2000, 372; SILVA, 2005: 16-17).

[7] Assim, alguns estudiosos reforçam a opinião de que o nome Josué, seria a referência ao rei Josias de 622a.C cf. PRADO: 2005, 28-36; DREHER: 1996, e um histórico da pesquisa do livro de Josué NIEHR: 2003, 170-176.

[8] Segundo Briend (1985, 86) o ostraco n°4 diz: “B. Laquis, fortaleza de Judá Que Yahweh faça meu senhor ouvir hoje mesmo novas de felicidade! E agora, segundo tudo o que meu senhor mandou dizer, assim agiu teu servo. Escrevi na tabuinha segundo tudo que me mandaste dizer. Quanto ao que meu senhor mandou dizer a propósito de Beth-Harrapid, lá não há ninguém. Quanto a Semakyahu, Semakyahu o tomou e o fez subir para a cidade. Quanto ao teu servo, não posso envia-lo para lá...mas na volta de manha...e ele saberá, por que nós observamos o fogo sinal de Lakish segundo todos os sinais que meu senhor deu, mas nós não vemos Azeqah.”

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