Depoimentos
Nayane Cardoso de Souza Moraes
“Tem sido grande privilégio e um desafio cotidiano trabalhar com formação de uma cultura inclusiva na universidade, na perspectiva de uma educação democrática e cidadã como é o compromisso da Metodista. A Assessoria Pedagógica para Inclusão foi criada em 2005 justamente com objetivo de mediar os diálogos nos diversos espaços da universidade, sejam acadêmicos ou administrativos, para construir condições de acesso e permanência de pessoas com deficiência na comunidade universitária, sejam essas pessoas portadoras de transtornos globais do desenvolvimento ou com altas habilidades e superdotação.
Os primeiros alunos que chegaram e reivindicaram presença e seus direitos foram os surdos. Aos poucos, a ‘ausência’ de pessoas com deficiência no espaço universitário tem se transformado em pertença e visibilidade, onde a diversidade é valorizada e a diferença é respeitada. Digo ‘ausência’ no sentido de a invisibilidade das pessoas com deficiência ter mudado na universidade, porque essas pessoas começaram a serem vistas, ouvidas. Agora cadeirantes aparecem no campus, nas aulas, e os surdos têm intérpretes. Eles estão ocupando os espaços da universidade e isso é muito gratificante.
O trabalho da Metodista na área de inclusão é muito dinâmico. Podemos enumerar dentre as ações inclusivas para os alunos a acessibilidade no Processo Seletivo, a biblioteca digital para quem tem deficiência visual, suporte psicopedagógico, rompimento de barreiras físicas, além da inserção de intérprete de Libras e capacitação docente”.
Patricia Brecht Innarelli
“Minha vida se confunde com a da Metodista. Sou hoje docente na Escola de Gestão e Direito, carreira que trilhei desde quando decidi prestar vestibular para cursar Administração e Comércio Exterior, no ano 2000. Escolhi a Metodista pela qualidade de ensino e porque ofertava o curso que gostaria de fazer. Cresci nos estudos e nas oportunidades profissionais dentro da instituição durante todos estes anos, aprendi e continuo aprendendo todos os dias. Estar do outro lado hoje, como professora, somente me dá a certeza de que escolhi o caminho certo e sou muito feliz e amo o que faço.
Estudava de manhã e estagiava em uma importadora de produtos químicos. Um dia vi no mural do Edifício Omicron uma vaga para a Central de Estágios da então FCA (Faculdade de Ciências Administrativas). Comecei em julho de 2002. No decorrer daquele semestre me candidatei e me transferi para uma vaga na antiga CAGE (Central de Agências e Gestão). Em seguida, em janeiro de 2003, comecei como funcionária da Metodista na área de suprimentos, como compradora, inspirada no professor Sebastião Guerra, de Administração de Materiais, disciplina que adorava.
Fiz depois pós-graduação em Marketing Internacional e frequentava os módulos de Administração de Materiais do professor Guerra. Foi quando comecei a me interessar por dar aulas. Conclui a pós em julho de 2005. No ano seguinte tive oportunidade de cursar "Introdução à Educação a Distância", com professor Jacques Vigneron, e "Tutoria em EAD". Estes dois cursos deram o ponta-pé à minha carreira docente, pois em agosto de 2006 iniciei como tutora do curso de Administração EAD, que implantava a 1ª turma.
Os anos se passaram e em 2008 comecei a dar aulas no curso presencial de Administração, na disciplina de Logística e Suprimentos. Fui trabalhar no Núcleo de Educação a Distância (NEAD) como Analista de Produção de Materiais Didático-Pedagógicos, além de dar aulas nos cursos presencial e EAD, onde passei de tutora para professora temática.
Esta mudança na carreira foi fundamental, pois convivi e trabalhei com antigos professores. Para complementar os estudos, iniciei o Mestrado em Administração em fevereiro de 2010 e quando terminei, em 2011, optei por ser apenas docente. Hoje, além de professora, desenvolvo muitas atividades para a Escola de Gestão e Direito (antiga FCA, que passou a ser FAE-Faculdade de Administração de Economia e agora EGD). Sou membro do NDE (Núcleo Docente Estruturante) de Administração, coordeno estágios, sou responsável pelas feiras de alunos e integro a comissão executiva do Congresso Metodista, entre outros”.
Andrea Duarte Correa Leite
“Ingressei no Instituto Metodista de Ensino Superior (IMS) em 1991, na gestão do professor Anísio Pereira, como analista na área de Recursos Humanos, quando decidiu-se consultar o MEC sobre a possibilidade de nos tornarmos universidade.
Durante os anos que se seguiram, as então faculdades isoladas começaram a se articular para o planejamento institucional, a fim de atender a todos os requisitos exigidos para a transformação. Quando recebemos a comissão do MEC, uma das avaliadoras, a saudosa professora Margarida do Rego Barros Pires Leal, indagou por que funcionários e docentes demonstravam tanto carinho pela instituição. A então querida professora Elaine Lima de Oliveira a chamou para almoçar e antes de irmos para o restaurante que ficava no subsolo do Edifício Omicron, andando pela praça do campus Rudge Ramos, perguntou-lhe quantas pessoas tinham a possibilidade de trabalhar em um lugar onde no horário do almoço podiam ficar com os filhos, ao ar livre, compartilhando experiências e criando laços afetivos com outros colegas? E voltar ao trabalho sabendo que seus filhos estavam seguros e próximos.
A universidade cria vínculos afetivos porque tem um propósito maior: a formação de pessoas. Naquela época, a possibilidade de nos transformarmos em universidade criava a oportunidade de ter mais alunos, mais empregos e maior valorização dos colaboradores, cujos valores cristãos se caracterizavam pela prática da solidariedade.
A universidade passou por grave crise política e econômica entre 1994-97, mas enfim as faculdades isoladas se transformaram na Universidade Metodista. Foi uma conquista bastante festejada, pois abria uma nova era para a instituição. O reitor era o professor Jacob Daghlian, já falecido, mas o crescimento veio a partir do nosso querido professor Davi Barros, que assumiu a Reitoria e a Direção Geral do IMS em 1998 ao lado das também queridas professoras Rinalva Cassiano Silva e Rosalia Aragão.
Teve início então o processo de revisão de todos os projetos pedagógicos, posteriormente aprimorados pelos professores Clovis Pinto de Castro e Vera Lúcia Stivaletti. Esse movimento consolidou a qualidade do ensino que fortaleceu a marca. Alunos escolhiam a Metodista por vários motivos, mas o mais forte era sem dúvida por ser uma instituição séria e ética.”
Ana Maria Santana Martins
“A Metodista faz e fará parte de minha história de vida de educadora. Há exatos 22 anos eu tinha muita vontade de lecionar aqui e quando passava em frente ao campus Rudge Ramos sempre dizia: "Um dia irei trabalhar nessa universidade"
Até que certo dia uma professora do curso de Letras que organizava a Semana de Letras fez contato para saber de minha possibilidade em agendar uma palestra para o evento, estilo cortesia. Era para falar sobre "Participação do Profissional de Letras em Treinamento Empresarial". Nessa época eu iniciava minha empresa de consultoria ministrando cursos in company.
Não pensei duas vezes: não só aceitei, como também procurei preparar uma excelente palestra. No final, os alunos aplaudiram e vieram me abraçar. Fiquei muito feliz. A professora anfitriã do evento disse que, quando pudesse enviar um currículo para a Metodista, seria muito bom. Abri minha pasta imediatamente, tirei o currículo dizendo: “Parece que tenho um CV aqui comigo”.
Iniciava aí meu compromisso com a Universidade Metodista de São Paulo. Duas semanas após esse evento fui convidada para lecionar no curso de Secretariado Executivo pois estavam selecionando professores para duas disciplinas. Na entrevista, comecei a falar de minha experiência e formação na área e a resposta foi: "Professora, a senhora lecionará as duas disciplinas no curso de Secretariado".
Foi um sonho que se tornou realidade! Passados poucos anos, fui convidada para coordenar o curso. Hoje coordeno uma graduação e duas pós-graduações. Sou feliz pois faço o que gosto. Só posso dizer: obrigada Universidade Metodista por confiar em meu trabalho!”