Andrea Duarte Correa Leite
“Ingressei no Instituto Metodista de Ensino Superior (IMS) em 1991, na gestão do professor Anísio Pereira, como analista na área de Recursos Humanos, quando decidiu-se consultar o MEC sobre a possibilidade de nos tornarmos universidade.
Durante os anos que se seguiram, as então faculdades isoladas começaram a se articular para o planejamento institucional, a fim de atender a todos os requisitos exigidos para a transformação. Quando recebemos a comissão do MEC, uma das avaliadoras, a saudosa professora Margarida do Rego Barros Pires Leal, indagou por que funcionários e docentes demonstravam tanto carinho pela instituição. A então querida professora Elaine Lima de Oliveira a chamou para almoçar e antes de irmos para o restaurante que ficava no subsolo do Edifício Omicron, andando pela praça do campus Rudge Ramos, perguntou-lhe quantas pessoas tinham a possibilidade de trabalhar em um lugar onde no horário do almoço podiam ficar com os filhos, ao ar livre, compartilhando experiências e criando laços afetivos com outros colegas? E voltar ao trabalho sabendo que seus filhos estavam seguros e próximos.
A universidade cria vínculos afetivos porque tem um propósito maior: a formação de pessoas. Naquela época, a possibilidade de nos transformarmos em universidade criava a oportunidade de ter mais alunos, mais empregos e maior valorização dos colaboradores, cujos valores cristãos se caracterizavam pela prática da solidariedade.
A universidade passou por grave crise política e econômica entre 1994-97, mas enfim as faculdades isoladas se transformaram na Universidade Metodista. Foi uma conquista bastante festejada, pois abria uma nova era para a instituição. O reitor era o professor Jacob Daghlian, já falecido, mas o crescimento veio a partir do nosso querido professor Davi Barros, que assumiu a Reitoria e a Direção Geral do IMS em 1998 ao lado das também queridas professoras Rinalva Cassiano Silva e Rosalia Aragão.
Teve início então o processo de revisão de todos os projetos pedagógicos, posteriormente aprimorados pelos professores Clovis Pinto de Castro e Vera Lúcia Stivaletti. Esse movimento consolidou a qualidade do ensino que fortaleceu a marca. Alunos escolhiam a Metodista por vários motivos, mas o mais forte era sem dúvida por ser uma instituição séria e ética.”