A era digital já faz parte das escolas
12/09/2011 14h23 - última modificação 08/08/2014 10h25
Melissa Soares
Michele Boin
Fotos: Comunicação Pearson e Wagner Abrahão Júnior
Vivemos em tempos de dinamismo e diversas possibilidades. As novas descobertas e pensamentos criaram a necessidade de mais agilidade, mais facilidade e até mais atratividade. A tecnologia cumpre esse papel e está presente em todos os lugares, independente da idade ou classe social; e mais do que lazer ou luxo, hoje ela é integrante da rotina das pessoas.
Apesar do processo ainda ser tímido, as escolas também estão adequando seu ensino a essa realidade e acrescentando tecnologias como recursos utilizados no processo ensino-aprendizado. A introdução desses produtos e serviços aperfeiçoa a didática em sala de aula e pode agregar muito valor às escolas e seus alunos.
Segundo Juliano Costa, Gerente Pedagógico do Sistema de Ensino COC, pertencente à Pearson – empresa britânica, líder mundial em soluções educacionais –, o diferencial dessas ferramentas é que o professor pode trabalhar com uma variedade maior de atividades e de recursos que apresentam outras visões do conteúdo abordado em sala de aula (por meio de infográficos, animações, objetos 3D e jogos), que levam à interatividade e colaboração dos alunos, desenvolvendo, assim, novas habilidades nos estudantes e tornando as aulas mais atraentes, o que potencializa a fixação desses conteúdos.
Juliano afirma ainda que “a chegada e o impacto dessas novas tecnologias na escola era um movimento previsto e, de certa maneira, necessário, uma vez que a escola tem como um de seus objetivos primordiais preparar o aluno para a vida pública em sociedade. Nesse sentido, dar uma aula colaborativa, interdisciplinar, contextualizada, interativa é uma nova prioridade do trabalho docente, e para isso ele precisa dominar as ferramentas tecnológicas que permitem a criação ou ampliação dessas características no processo de ensino-aprendizagem.”
Como os professores também precisam se adaptar a esse tipo de ensino, alguns sistemas – como o COC – oferecem capacitação presencial e a distância para professores de escolas parceiras. Juliano diz que “de um lado, as ferramentas tecnológicas tentam se tornar cada vez mais intuitivas e agradáveis ao uso, e, de outro lado, os professores estão buscando – em ritmos diferentes – se adequar ao uso desse novo material”. Ainda assim, revela que os equipamentos mais procurados são aqueles que fazem mais parte do dia-a-dia das pessoas (as lousas digitais, os objetos e filmes 3D e portais). O gerente destaca ainda que “é sempre possível ensinar – e ensinar bem – sem tecnologias educacionais. Mas é muito desejável ensinar – e ensinar melhor – com essas mesmas tecnologias”.
Infelizmente, nem todas as escolas – e estudantes – têm a possibilidade de trabalhar dessa forma e otimizar o ensino por esses meios. O custo, às vezes, inviabiliza esse tipo de projeto dentro das escolas. É possível tirar como exemplo o ensino público, que não tem estrutura suficiente para adaptar seus serviços a esse tipo de programa, uma vez que, além da escola realizar o investimento, é comum que os próprios alunos também necessitem ter algum tipo de participação (seja arcando com o custo para uso daquele produto, seja utilizando um equipamento próprio seu).