A aparência não pode ser usada como critério nos processos seletivos
28/10/2016 21h15
Juliana Campos
Yolanda Matos
Fonte: site magamoura.com
A cada dia se torna mais comum no mercado de trabalho a discriminação de pessoas que gostam de ter um estilo alternativo, como por exemplo: cabelo, tatuagens, piercings e até mesmo roupas. Esse fato tornou-se mais visível atualmente, dado o crescimento de pessoas que buscam ou expressar sua individualidade ou cansam de se encaixar dentro de padrões impostos.
As redes sociais, através de fóruns e grupos, tem sido a grande janela para a exposição de casos de discriminação e também uma rede de apoio a pessoas que sofrem esse tipo de preconceito. O assunto está tão em evidência que o Supremo Tribunal Federal em votação decidiu que concursos públicos não podem excluir candidatos que tenham tatuagem por ser uma forma de discriminação.
Essa lei ainda está longe de ser colocada em prática, é fácil encontrar casos que exemplificam esse tipo de situação. Como o da estudante de Relações Públicas, Leticia Oliveira que foi alvo de discriminação por ser negra e não ter um cabelo liso.
“Ao chegar para conversar com uma das funcionárias do RH após ser aprovada em um processo, uma das primeiras orientações que recebi foi sobre o dress code, algo que não era recorrente de ser falado para as mulheres. Como se vestir, como se maquiar e, por fim, como o cabelo deveria estar. “Você usa chapinha?” Respondi que raramente usava, pois estava caminhando para o fim do processo de transição e o deixava cada vez mais natural. Ela respondeu que para usá-lo solto eu deveria mantê-lo na escova”. E Leticia ainda acrescentou “Foi um choque, porque uma coisa é você entender que aquilo existe, outra é fazer parte e sofrer daquilo”.
Apesar de casos como este, existem empresas como a Nike que fez uma campanha com treze mulheres que representariam a marca no Brasil. Todas elas são influenciadoras digitais e tem um estilo alternativo e bem próximo da realidade da maioria de jovens e adultos nos dias de hoje.