Ferramentas Pessoais

Você está aqui: Página Inicial / Pós-Graduação em Ciências da Religião / Estrutura do Programa / Planos de ensino - 1º semestre de 2014 / Religião e sociedade no mundo bíblico

Religião e sociedade no mundo bíblico

Universidade Metodista de São Paulo
Faculdade de Humanidades e Direito
Curso de Pós-Graduação em Ciências da Religião

Área de concentração: Linguagens da Religião
Disciplina: Religião e Sociedade no mundo bíblico
Docentes: Prof. Dr. José Ademar Kaefer e Prof. Dr. Tércio Machado Siqueira
Período: 1º Semestre 2014
Créditos: três (3)
Horário: Quarta-feira: 09:00 às 11:30

1) Tema: Patriarcas e matriarcas - Estudo exegético de Gênesis 12-25.

2) Ementa: Estudar Gn 12-25 através da exegese, com especial atenção a algumas perícopes e às diferentes tradições que compõem esta unidade.

3) Justificativa: O livro do Gênesis, como primeiro livro da Bíblia tem um papel determinante na composição dos dois Testamentos. É comum que a narrativa dos livros que compõem a Bíblia concentre nele sua referência teológica. O livro do Gênesis, no entanto, dado a sua extensão e história da composição, é constituído de grandes unidades que podem ser estudados independentemente. Este é o caso de Gn 12-25, cuja unidade narra a trajetória e organização de grupos e clãs, patriarcas e matriarcas, cuja experiência com seu Deus e Deuses e com a lida na vida cotidiana, vão dar contornos para a formação de povos e sua religião.

4) Objetivos: Introduzir o aluno no estudo da composição do livro de Gênesis (12-25); Analisar as tradições presentes na unidade de Gn 12-25; Oferecer ao/à aluno/a ferramentas para o exercício da exegese e acompanhá-lo/la em seu desenvolvimento; Valorizar a hermenêutica sociológica enraizada no cotidiano da América Latina; Interagir com as demais disciplinas do programa.

5) Metodologia: Aulas expositivas do professor sobre o conjunto da obra; Exegese das principais perícopes preparadas conjuntamente com os/as alunos/as e sua apresentação em sala de aula; Interação com as recentes descobertas arqueológicas e conclusões de estudos literários.

6) Conteúdo programático:
a) Principais referências bibliográficas sobre Gn 12-25;
b) Estrutura e composição da unidade Gn 12-25;
c) Principais tradições clânicas de Gn 12-25;
d) Exegese de perícopes com os/as alunos/as e sua apresentação em sala de aula;
e) Interação com as recentes descobertas arqueológicas e conclusões de estudos literários.

7) Avaliação: Presença e participação dos alunos/as nos debates em sala de aula; leitura da bibliografia sugerida e leituras complementares; exegese e apresentação de uma perícope.

Bibliografia

1. BLUM, E., Die Komposition der Vätergeschichte, WMANT 57, Neukirchen-Vluyn, 1984.

2. BRANCEHR, Mercedes. Gn 23 e o povo da terra. In: Estudos Bíblicos 44. Petrópolis: Vozes, 1994, p. 17-28.

3. ______. Dos olhos de Agar aos olhos de Deus (Gn 16,1-16). In: RIBLA 25. Petrópolis: Vozes, 1996, p. 11-29.

4. BRENNER, A (Org.). Gênesis – a partir de una leitura de gênero. São Paulo: Paulinas, 1995.

5. CARR, D.M., Reading The Fractures of Genesis. Historical and Literary Approaches, Louisville,1996.

6. CHALIER, C. As matriarcas. Petrópolis: Editora Vozes, 1992.

7. CRÜSEMANN, F. A Torá. Petrópolis: Vozes, 2002.

8. DE PURE, Albert. A tradição patriarcal em Gênesis 12-35, in: “O Pentateuco em questão”, op. cit., p.206-216.

9. _______. Gn 12-36, in: RÖMER T. (org.), “Antigo Testamento: história, escritura e etnologia”. São Paulo: Loyola, 2010, p. 268-194.

10. _______ (org.). O Pentateuco em questão, Petrópolis, 1996.

11. DIAS MARIANO, Lília. “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Apontamentos sobre relações de poder nas famílias patriarcais (Gn 16,1-16;21,8-21 e 38,1-30). In: Estudos Bíblicos 85. Petrópolis: Vozes, 2005, p. 11-21.

12. _____. Que alegria! A Palavra de Javé também veio à mulher! – Uma análise eco-feminista de Gn 16. In: RIBLA 50. Petrópolis: Vozes, 2005, p. 70-75.

13. DILLMAN, A., Die Genesis, Leipzig, 1882.

14. Florentino Díez Fernández. Os patriarcas e a arqueologia, in: “O Pentateuco”, Félix García López (org.). Edições Paulinas, São Paulo,1998, p.29-40.

15. FOX, E. Can Genesis Be Read as a Book?, SEMEIA 46, “A Narrative Research on the Hebrew Bible”, 1989, p.31-40.

16. FRETHEIM, T.E., The Book of Genesis – Introduction, Commentary and Reflections, in: L.E. Keck, “The New Interpreter’s Bible”, Vol. I, Nashville, 1994, p.319-674.

17. GAEDE, Leonídeo. Construir esperanças. Leituras poéticas de Gênesis. In: RIBLA 39. Petrópolis: Vozes, 2001, p. 21-33.

18. GARIN, Norberto. Sara, uma mulher idosa. A manifestação da força de Javé. In: Estudos Bíblicos 82. Petrópolis: Vozes, 2004, p. 42-48.

19. LÓPEZ, G.F., El Pentateuco – Introducción al estudio de la Biblia, Estella, 2003.

20. LÓPEZ. Ediberto. Releituras de Gn 22 no judaísmo e cristianismo primitivo e o sacrifício de Isaac. In: RIBLA 40. Petrópolis: Vozes, 2001, p. 66-91.

21. GUNKEL, H., Genesis, Gießen/Göttingen, 1910/1964.

22. HAMILTON, V.P., The Book of Genesis: Chapter 18-50, Grand Rapids, 1995.

23. HINKELAMMERT, Franz. A fé de Abraão e o édipo ocidental. In: RIBLA 3. Petrópolis: Vozes, 1989, p. 49-82.

24. JARSCHEL, Haidi. Ventre, Casa e Terra: Espaços da historiografia sexuada – Gn 25-35. In: RIBLA 23. Petrópolis: Vozes, p.55-66, 1996.

25. JESUS E SILVA, Maria de. O poço concentra a vida e marca os acontecimentos ( Fn 21,25). In: Estudos Bíblicos 29. Petrópolis: Vozes, 1991.

26. KAEFER, J.A., A função de Gn 49 na narrativa do livro de Gênesis, in: RIBLA 50. Petrópolis: Vozes, 2005, p. 64-69.

27. ______.Un Pueblo libre y sin reyes: la función de Gn 49 y Dt 33 en la composición del Pentateuco. ABE/44, Estella, Editora Verbo Divino, 2006.

28. ______.Tribalismo na história de Israel: perspectiva ainda válida? In: Revista Espaços, São Paulo: Editora Santuário, vol. 18, n. 2, 2010, p. 169-177

29. KLEINE, Michael. Aliança com Abraão. In: Estudos Bíblicos 90. Petrópolis: Vozes, 2006, p. 20-26.

30. LÓPEZ, Ediberto. Releituras de Gn 22 no judaísmo e cristianismo primitivo e o sacrifício de Isaac. In: RIBLA 40. Petrópolis: Vozes, 2001, p. 66-91.

31. MICHAUD, R., Os Patriarcas – Gênesis 12-36, São Paulo, 1985.

32. MILLARD, M. Die Genesis als Eröffnung der Tora, Neukirchen, 2001.

33. RIBLA 23. Pentateuco. Petrópolis/São Leopoldo, 1996.

34. SCHWANTES, M. A família de Sara e Abrão. Editora Vozes, Petrópolis, 1986.

35. ________. Deus vê, Deus ouve! Gênesis 12-25. São Leopoldo: Oikos, 2009.

36. ________. E estas são as gerações de Terá – Introdução a Gênesis 12-25, in: “Ribla”, op. cit. p. 45-54.

37. ________. Interpretação de Gn 12-25 no contexto da elaboração de uma hermenêutica do Pentateuco. In: Estudos Bíblicos 1 e 2 edição. Petrópolis: Vozes, 1984, p. 31-49.

38. ________. “Não estendas a mão contra o menino” (Observações sobre Gênesis 21 e 22). In: RIBLA 10. Petrópolis: Vozes, 1993, p. 24-39.

39. ________. Lindas palavras junto à fonte - Lindas palavras em lugares escondidos: Anotações sobre Gn 16,1-16. In: RIBLA 39. Petrópolis: Vozes, 2001, p. 10-10.

40. SCHARBERT, J., Genesis 12-50, Stuttgart, 1980.

41. SEEBASS, H., Genesis II – Vätergeschichte I (11,27-22,24). Neukirchen-Vluyn, 2000.

42. SILVA, José Josélio da. Do pecado de Sodoma à Sodomia: A violência das interpretações bíblicas contra as (homo)sexualidades humanas. In: Estudos Bíblicos 104. Petrópolis: Vozes, 2009, p. 61-73.

43. MACHADO SIQUEIRA, Tércio. O evangelho do Antigo Testamento. Estudos Bíblicos, 51, Petrópolis: Vozes, p.23-31, 1996.

44. SOAVE BUSCEMI, Maria. E Deus(a) ouviu o choro do nenê... Uma releitura de Gn 21,1-21. In: Estudos Bíblicos 60. Petrópolis: Vozes, 1998, p. 39-48.

45. SOGGIN, J.A., Genesis, Darmstadt, 1998.

46. TAMEZ, Elsa. A mulher que complicou a história da salvação (Agar: Gn 16 e 21). In: Estudos Bíblicos 7. Petrópolis: Vozes, 1985, p. 56-72.

47. VON RAD, G. El libro de Génesis. Salamanca: Ediciones Sígueme, 1988.

48. WENHAM, G.J., Genesis 16-50, WBC, Vol. 2, Dallas, 1994.

49. WESTERMANN, C., Genesis 12-36, Neukirchen-Vluyn, 1981.

50. ZENGER, E. (org.). Introdução ao Antigo Testamento. São Paulo: Loyola, 2003.

Comunicar erros

SOBRE O PROGRAMA
X