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Talento: uma questão de escolha. E de preparo.

27/02/2014

27/02/2014 11h35

Exposição de pôsteres durante o Congresso Metodista 2013. Foto: Mônica Rodrigues

Se por um lado o talento é algo nato, por outro, são as pessoas que se destacam no mercado de trabalhoe que as empresas não que rem perder. Para ser um desses, um aspecto é certo. É preciso se preparar.

Em recente entrevista publicada no jornal O Estado de S. Paulo, o atual CEO (Chief Executive Officer) da escola de idiomas CNA, Décio Pecin, conta que, ainda criança, ao ser questionado sobre o que queria ser quando crescer, não sabia dizer que queria ser um executivo, mas a resposta era de que gostaria de trabalhar de gravata na Avenida Paulista. “E como eu iria buscar isso, se eu era um garoto de chinelo em terra batida no interior? Eu fui buscar por meio de muito esforço, o que outros talvez possam ter tido por meio do talento. Mas o talento só não faz acontecer. É preciso suar muito a camisa, se dedicar e gostar muito do que se faz”.

Dentre diversas definições, o dicionário Michaelis cita que talento é uma “disposição natural ou qualidade superior; espírito ilustrado e inteligente; grande capacidade”. No entanto, Eugênio Mussak, especialista em educação corporativa, afirma em um artigo da revista Você S.A, que as pessoas podem escolher ser um talento.“Não é um gênio, é apenas alguém que não se contenta com a estagnação e não para de evoluir, como profissional e como pessoa.”

Neste sentido, a professora Carla Hisatugo, coordenadora do curso de Psicologia, menciona que todas as pessoas possuem uma motivação maior para a realização de atividades e compreensão de teorias que lhes são familiares. “Mas é exatamente o contrário que deve ocorrer. Essa é uma das fórmulas de sucesso de muitos profissionais – o empenho em questões mais difíceis para serem solucionadas, ao invés de apenas procurar por soluções fáceis e rápidas”. Assim, de acordo com a docente, “o ideal é que sempre possamos aprender com nossas dificuldades, não desistindo perante os erros e frustrações, mas utilizando-os como aprendizado e aprimoramento da nossa capacidade”.

Por outro lado, a professora Andréa Leite, coordenadora da Escola Metodista de Educação Corporativa (EMEC), afirma que os talentos sempre existiram e sempre existirão. “O que está acontecendo atualmente é que a socialização da informação e a democratização do conhecimento permitem que as pessoas explorem mais suas potencialidades e minimizem suas fragilidades”. Ela ressalta que, “para isso, é importante que os estudantes desenvolvam a capacidade de atuar em grupo, resolver problemas e buscar consenso e aperfeiçoem habilidades relacionais na construção de trabalhos acadêmicos. Explorar essas estratégias que são muitas vezes exigidas pelos professores é um bom começo para se adaptar a realidade do mercado de trabalho no futuro”.

Outro ponto a ser levado em consideração é a curiosidade. Para a professora Lana Santos, da Faculdade de Comunicação (FAC), “é ela quem movimenta o questionamento e, por sua vez, desenvolve talentos que nem imaginamos que poderíamos ter”.

Algo a mais

Todos os entrevistados para esta matéria foram unânimes em dizer que participar de atividades extras contribui para esse processo de desenvolvimento dos jovens. Para o professor Marco Aurélio Bernardes, das faculdades de Administração e Economia (FAE) e Gestão e Serviços (FAGES), os alunos devem viver intensamente o curso. “Muita gente trabalha e estuda. Só estudar é um privilégio para poucos. Ocupe seu tempo em todas as atividades que possibilitem incrementar sua formação extracurricular. Projeto de extensão, agências de consultoria e outros. Tudo isto fará você enxergar que existem outras realidades a serem respeitadas, conhecidas e reconhecidas e que o aprendizado é um processo que não cessa”.

O professor Antero Matias, que lidera a equipe de professores da Agência FAGES, destaca que as ações realizadas fora das salas de aula permitem “colocar a teoria em prática e visualizar uma prática que não foi atingida pela teoria ainda”.

Já o professor Oswaldo de Oliveira,coordenador do Núcleo de Formação Cidadã, aponta que iniciativas também podem surgir dos próprios alunos. “É sempre importante que o estudante proponha e traga novos desafios. [Nossa participação] no Projeto Rondon teve início a partir da motivação de um grupo de estudantes da Faculdade de Comunicação”.

Antero concorda que, muitas vezes, o primeiro passo deve ser do aluno. E cita que se pode começar “quebrando os muros com outras pessoas”, procurando estabelecer contato com colegas das turmas anteriores ou seguintes à dele. “Mais ainda, procurar cursos que, aparentemente, não tenham nenhuma relação direta com o que ele faz. Por exemplo, o da Comunicação conversar com alguém da Gestão, da Tecnologia. No fundo, tem tudo a ver com o que ele faz. Às vezes, as pessoas ainda têm uma visão um pouco tacanha. É preciso aumentar a sinergia entre os cursos”.

Se após ler tudo isso, você decidiu que também quer ser um talento, veja quais oportunidades que a Universidade oferece. Mas, lembre-se de que são apenas algumas. Você é quem lidera este processo e pode buscar diversas outras.

Centro de Línguas

Não importa qual a área de atuação você tenha escolhido. O fato é que dominar outro idioma, especialmente o inglês é mandatório no mercado de trabalho. O coordenador do Centro de Línguas Metodista, professor Sílvio Pereira da Silva, enfatiza este aspecto. “Falar outros idiomas é muito importante para o currículo, pois possibilita a expansão do conhecimento cultural e a transposição de barreiras comunicacionais.

Nos últimos anos o Brasil tornou-se um país mais procurado por empresas globais e turistas. E saber uma segunda língua, ou até mesmo uma terceira, é o que pode fazer a diferença”.

O professor lembra ainda que “existem diversas bolsas oferecidas na Universidade para que alunos de Graduação e Pós-Graduação façam os cursos, ou parte deles, em universidades no exterior. Porém, por falta de conhecimento na língua, alguns estudantes acabam perdendo a oportunidade”, explica.

Para que isso não ocorra, os estudantes podem se preparar no Centro de Línguas, localizado no Campus Rudge Ramos. Há cursos de inglês, francês, italiano, Libras (Língua Brasileira de Sinais), português para estrangeiros, espanhol, inglês e português instrumental para leitura de textos acadêmicos.

Mais informações: (11) 4366-5219/ 4366-5405; centro.linguas@metodista.br; www.metodista.br/centrode-linguas.

 

Ler e Conhecer

Se falar outra língua é requisito fundamental, dominar o próprio idioma é mais ainda. Pode parecer óbvio, mas comunicar-se, e bem, pela escrita é exigência básica para qualquer profissional, independente da sua área de atuação. No dia a dia, é necessário enviar e-mails, elaborar relatórios, preparar apresentações e, nestes momentos, o português deve ser impecável. Assim, a leitura, seja ela de jornais, revistas e livros, é algo que auxilia as pessoas a se aprimorarem neste sentido.

Por isso, para incentivar o prazer de dedicar-se a boas histórias, a Metodista criou o projeto Ler e Conhecer. Com a ação “Livro perdido encontra leitor”, por exemplo, nos três campi há locais onde é possível retirar um livro. A condição é que, ao final da leitura, a pessoa o devolva na estante do projeto, para que outro possa pegá-lo.

Conheça mais sobre esta iniciativa no site www.metodista.br/ler-e-conhecer.

Central de Estágios

Conseguir um estágio é algo que está na mente da maioria dos estudantes que iniciam a faculdade. E ter esse tipo de experiência é fundamental para o desenvolvimento e amadurecimento dos jovens, além de, muitas vezes ser o início da vida profissional.

E é por isso que a Central de Estágios existe – para prestar apoio ao aluno para a elaboração de currículo, para entrevistas e dinâmicas de grupo e auxiliar na formalização do estágio.

A Central de Estágios estabelece ainda convênios com organizações que possuem programas de estágio. As vagas são divulgadas no site e também publicadas nos quadros de avisos da Universidade, divididas por área de atuação. Recentemente foi firmada uma parceria com o portal Trabalhando.com, ampliando as oportunidades aos estudantes.

A Central está localizada no Edifício Delta do Campus Rudge Ramos. Contato: centraldeestagios@metodista.br.

Pesquisa e Iniciação Científica

A professora Elizabeth Gonçalves, presidente do Congresso Metodista, ressalta que a pesquisa não é algo restrito à academia. De acordo com ela, todo mercado profissional está pautado em pesquisa, independente da área. “Na de Comunicação, antes de elaborar uma campanha, você pre cisa fazer uma pesquisa sobre o consumidor. Na área da Saúde, o aluno que começa a trabalhar em um laboratório vai se deparar com a necessidade de pesquisar outros caminhos para chegar a um resultado.”

Uma das formas de se envolver com a pesquisa, ainda na graduação, é optando pelo caminho da Iniciação Científica. Em parceria com o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), a Metodista oferece bolsas por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), com duração de um ano.

Há ainda os grupos de pesquisa ligados aos Programas de Pós-Graduação. A professora Roseli Fischmann, quem coordena o de Educação, explica que para participar a pessoa deve mandar um e-mail para o pesquisador- líder, falando do interesse. Segundo ela, “cada grupo de pesquisa tem uma dinâmica própria. Há grupos que se estruturam em torno de um projeto de pesquisa, outros de grupos de estudos. Também existem grupos de pesquisa que fazem evento anual e o interessado pode vir a colaborar no evento”.

O importante, conforme complementa a professora, é que a pessoa esteja aberta às possibilidades de atuação. Roseli reforça também que “é preciso se inteirar sobre o assunto, ler sobre o que o professor escreveu e ver de que maneira pode se envolver. O bonito disso é que o envolvimento no grupo de pesquisa é sempre um caminho de mão dupla. A pessoa tanto recebe como oferece, colabora”.

Agências Júnior

Por meio de estágios nas agências júnior, os alunos têm a oportunidade adquirir experiência para exercer suas futuras profissões, praticando os conceitos ministrados durante os cursos.

Estes espaços permitem que os estudantes tenham contato com clientes e situações reais do ambiente profissional, trabalhando de forma integrada e dentro da própria Universidade.

Conheça as agências existentes na Metodista

Faculdade de Administração e Economia

Confira as datas de seleção e mais informações nos sites:

• CAGE (Central de Agências em Gestão) - www.metodista.br/cage.

• Observatório Econômico - www.metodista.br/observatorio-economico.

Faculdade de Comunicação

• AGiCOM (Agência Integrada de Comunicação): os processos seletivos ocorrem semestralmente, porém podem surgir vagas o ano todo. Acompanhe pelo site www.metodista.br/agicom e pelas redes sociais da agência:facebook.com/agicom.meto e twitter.com/metodista.

• Redação Multimídia: a seleção é feita duas vezes por ano e a divulgação é feita tanto nas salas de aula como na própria Redação.

Faculdade de Exatas e Tecnologia

• Agência de Desenvolvimento de Sistemas. Os interessados devem entrar em contato com o professor Carlos Santi (carlos.santi@metodista.br).

Faculdade de Gestão e Serviços

Confira as datas de seleção e mais informações no site:

• Agência FAGES - agencia.fages@metodista.br

Faculdade de Saúde

Os estágios remunerados podem ser na Farmácia-Escola, no Hospital Veterinário, Policlínica, Unidade de Garantia da Qualidade, Laboratórios Multidisciplinares, Academia-Escola e Centro de Sustentabilidade. A divulgação das vagas é feita por cada uma destas áreas por Exposição de pôsteres durante o Congresso Metodista 2013 meio de editais.

 

Projeto de Extensão

Além dos estágios e da participação nas agências junior, outra maneira de colocar o aprendizado em prática é por meio dos projetos de extensão. O envolvimento dos alunos se dá de maneira voluntária. As iniciativas são organizadas pelas faculdades, envolvendo atividades realizadas junto à comunidade.

A coordenadora de Extensão e Inclusão, professora Elizabete Renders afirma que “nós entendemos a Extensão como um compromisso da Universidade com a comunidade, especialmente na perspectiva de construção do conhecimento de forma conjunta com a comunidade”. Ela ressalta ainda que esses projetos contribuem tanto para uma formação mais ampla, permitindo a inserção em diferentes áreas do conhecimento, quanto para uma formação cidadã, ao possibilitarem a responsabilização do estudante por um Brasil mais justo e que respeite os direitos humanos.

Intercâmbios

Além de valorizar o currículo, participar de um programa de intercâmbio também representa para o estudante um amadurecimento do ponto de vista pessoal que pode fazer diferença durante a sua carreira por conta das habilidades que são desenvolvidas devido à imersão em outra cultura.

Vanessa Martins, assessora de Relações Internacionais, afirma que esse tipo de vivência faz com que o jovem tenha que “encarar desafios, como as barreiras do idioma, a distância da família, entender a linguagem que não é falada, os códigos culturais”. Ela pontua ainda que o estudante “precisa demonstrar características, como pró-atividade para resolver problemas que são inerentes a qualquer um, mas que fora do país são muito maiores”.

Considerando esse tipo de formação, a Metodista conta com diversos programas de intercâmbio, como o Semestre Acadêmico, no qual o aluno faz um semestre do curso em uma das instituições conveniadas com a Universidade, e o Curso de Férias, realizado em janeiro ou julho, cujo foco está no aspecto cultural e no aprendizado de idiomas.

Mais informações metodista.br/ari ou ari@metodista.br

 

Curta Duração

Quem quer complementar os estudos e manter o currículo sempre atualizado, pode buscar os cursos de Curta Duração. “Em tempos de mudança em todos os níveis de atuação, melhorar o currículo é fundamental. Às vezes o candidato precisa de algo mais rápido para agregar no lado profissional e os cursos de Curta Duração atendem bem esta demanda”, explica Andréa Leite, coordenadora da Escola Metodista de Educação Corporativa.

São oferecidos cursos em diversas áreas e a lista completa pode ser conferida em www.metodista.br/curta-duracao.

Gabriela Rodrigues

gabriela.rodrigues@metodista.br

 

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