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Educação inclusiva para alunos e professores

14/06/2013 15h53

Evento acolheu docentes que recebem alunos com necessidades especiais. Foto: Milene Cristina

Projetos da Assessoria Pedagógica de Inclusão preparam professores e trazem novas possibilidades aos alunos com necessidades especiais

A inclusão de pessoas com necessidades especiais nas escolas, universidades e no mercado de trabalho continua sendo um desafio. Não só na questão da acessibilidade, mas em relação a garantir que as pessoas com algum tipo deficiência se sintam parte e tenham direitos iguais nas empresas e instituições.

Dados do último censo realizado pelo IBGE revelam que 45,6 milhões de brasileiros possuem alguma deficiência. A tendência para essas pessoas é de encerrar os estudos entre o meio e fim do ensino médio, sendo que apenas 6,7% possuem ensino superior completo.

A Metodista, por meio de sua Assessoria Pedagógica de Inclusão, vem desde 2005 realizando ações para garantir o acesso e a permanência de pessoas com deficiência na Universidade. Mais do que ajudar alunos/as que apresentam dificuldades, a Assessoria promove a construção da acessibilidade (física, comunicacional e atitudinal) e apoia a todos (professores, alunos e funcionários) como parte da comunidade que precisa não só ensinar, mas também aprender.

“A Assessoria é um importante apoio para os estudantes e professores no sentido da construção das condições de acessibilidade pedagógica na Universidade”, relata a coordenadora de Extensão e Inclusão, professora Elizabete Renders.

II Consulta Docente sobre Inclusão
Uma das ações implantadas é a Consulta Docente sobre Inclusão, um evento para acolher e informar os docentes que recebem alunos com deficiência.

A II Consulta, realizada no fim de abril, apresentou as ações em desenvolvimento e buscou ouvir as necessidades dos docentes presentes. Oste mas tratados foram “Quem são as pessoas com deficiência?” e “Como traba lhar junto à comunidade com limitações”.

“A importância da iniciativa é mostrar aos colegas professores a realidade das pessoas com deficiência como, por exemplo, que essas pessoas têm uma limitação em alguma parte de seu corpo, porém não são incapazes. O que elas precisam é serem compreendidas e aceitas nas suas limitações”, comenta a professora Creudimar Morais, da eletiva de formação cidadã “Por uma sociedade inclusiva: Libras”, que acredita que a integração e a troca de ideias dos professores nestes encontros promovem um melhor relacionamento e integração entre os mesmos e com os alunos.

A coordenadora do curso de Direito, professora Alessandra Zambone, considera fundamental este tipo de ação. “Apenas trazer o aluno de inclusão para que ele conte nas estatísticas não é nosso interesse. Às vezes nossa formação não dá conta disso, de como cuidar adequadamente, de entender como olhar essas demandas e poder iden tificar aquilo que dá ou não pra fazer. Ao participar da Consulta todos saem ganhando: os alunos que poderão receber o suporte e os coordenadores e professores que identificam como tratar e incluir de fatos os alunos com necessidades no ambiente universitário. A inclusão é um direito e o acesso a educação também.”

Scanner para alunos com deficiência visual
Em parceria com a Biblioteca Central, a Assessoria Pedagógica para Inclusão traz uma tecnologia inovadora para alunos com deficiência visual: o Scanner BookReader, uma nova forma de leitura de livros que integra digitalização de alta velocidade, síntese de voz natural (para leitura) e conversor de texto em fala altamente preciso.

Entre os recursos do aparelho, estão: botões de controle em braille, funções de lentes de aumento, controles de fontes, controles de volume, controles de fala, funções marcadores de página e leitura de arquivos em PDF.

Para utilizar o equipamento, o usuário coloca um livro ou documento no painel e, com o toque de um botão, o livro é digitalizado. O BookReader transforma as palavras impressas em saída de áudio, que pode ser salvo em formato MP3 para acesso posterior.

Para a professora Elizabete, “a aquisição desta nova tecnologia qualifica as condições de acessibilidade ao acervo bibliográfico dos cursos. Os estudantes com deficiência visual encontram nesta tecnologia as plenas condições para seguir seus estudos”.

O equipamento está disponível na Biblioteca Central para uso dos alunos
com deficiência visual e contribui também para agilizar a digitalização do acervo bibliográfico.

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