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A maternidade no Brasil

12/2012

13/03/2013 11h16

Planejamento e cuidados como exames pré-natais são fundamentais para a maternidade. Foto: Arquivo Redação Multimídia

No país, quanto maior a escolaridade, menor a quantidade de filhos

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a cada minuto nascem cerca de cinco bebês no Brasil, somando mais de 200 mil nascimentos por mês. Destes partos, 28,3% são de mulheres entre 20 e 24 anos, seguidos de 25,2% de mulheres que se tornam mães entre 25 e 29 anos. O censo revelou também que 0,8% das grávidas têm entre 10 a 14 anos. “A mulher para ser mãe tem que estar preparada tanto fisicamente como psicologicamente. Uma adolescente está passando por um período considerado crítico, uma transição entre a infância e a idade adulta”, comenta Mirian Ângulo, psicóloga clínica e professora da Universidade Metodista de São Paulo.

Neste cenário, o Ministério da Saúde recomenda que, durante a gravidez,
a mãe realize pelo menos seis consultas pré-natais, evitando imprevistos como um diagnóstico tardio de Síndrome de Down no bebê, diabetes gestacional ou algum outro problema que afete tanto a gestante quanto o feto.

A pesquisa do Ministério da Saúde, de 2009, faz uma comparação com o ano 2000 e aponta que nestes nove anos houve um aumento de 43,7% para 54,5% do número de nascidos vivos cujas mães realizaram pelo menos sete consultas pré-natais. A importância do pré-natal está relacionada com quantidade de óbitos de recém-nascidos.

No Brasil, 9,5% dos bebês não conseguem completar um ano de vida, sendo o Nordeste a região com maior número de incidência: 24,9% dos nascidos não sobrevivem. “A perda de um bebê, recém-nascido ou não pode causar uma dificuldade de enfrentar uma nova gravidez e muitas
vezes da mãe se culpar pela morte da criança”, conta Angélica Capelari,
psicóloga e professora da Metodista.

Segundo o senso de 2009, a escolaridade está relacionada com a preferência pelo tipo de parto: 70% das mulheres com mais de 12 anos de estudo realizaram cesarianas, enquanto 90% das mães sem escolaridade nenhuma preferiram parto normal. “Uma mulher estudada sabe que o
parto normal é mais doloroso que a cesariana, mas, do ponto de vista psicológico, em ambos os casos o bebê a e mãe sofrem, ou seja, o nascimento é uma situação limite tanto para o bebê como para mãe”, afirma Miriam.

Não é apenas na escolha do parto que a escolaridade faz diferença. Mulheres com até sete anos de estudo tinham em média 3,19 filhos,
enquanto para as com oito anos ou mais a média era de 1,68. O nível de instrução, além de influenciar na quantidade de filhos, influencia também na faixa etária das mães, sendo a média de 27,8 anos para as com mais estudo e 25,2 para as com menos de sete anos.

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