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Já pensou que as suas habilidades pessoais podem ser decisivas?

27/08/2012

28/08/2012 10h47

Saber relacionar-se pode ser decisivo na carreira. Foto: Pedro Cavalheiro

Competência emocional vem sendo levada em conta em seleções profissionais

Houve uma época em que um emprego era para a vida toda. Hoje, são diversos os motivos que levam os profissionais a procurarem outras oportunidades. Num contexto de rápidas mudanças em que diversos aspectos são influenciados – economia, comportamento, família entre outros –, com o mercado de trabalho e demais fatores relacionados, isso não poderia ser diferente.

Se antes, valorizava-se a especialização, atualmente é preciso acrescentar a este perfil certa dose de visão generalista. A este, some-se ainda o relacionamento interpessoal. Pode parecer algo simples, sem muita importância, mas que tem feito a diferença nas empresas e é conhecido como competência emocional. “Até mesmo profissionais de TI, que, até então eram mais ou menos desculpados pela falta de habilidade com pessoas, conseguem escapar dessa cobrança”, pondera o coordenador do curso de Gestão de Recursos Humanos, professor Rafael Chiuzi.

A professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia, professora Maria do Carmo Guedes, tem observado em suas supervisões de estágio um ponto que se repete com frequência e que “causa grandes problemas nas organizações é a falta de habilidade social”. E cita como exemplo: “uma pessoa de determinada área da empresa que é um problema, que todo mundo reza para ela ir embora, que todos têm medo ou que causa confusão é reflexo dessa falta de habilidade”.

Para Rafael Chiuzi, esse tipo de competência é vista pelas empresas desde o processo de seleção ao buscarem candidatos “que tenham sinais de maturidade emocional, o que independe da maturidade biológica. Hoje existe um discurso muito estereotipado de que o jovem é muito impetuoso, de que não sabe se comportar”.

 

Dando tempo ao tempo

O que também faz parte desse quadro é a ansiedade de muitos jovens, que desejam uma rápida ascensão profissional. “Ninguém vira diretor da empresa em três anos”, comenta Maria do Carmo. A docente destaca que para crescer rapidamente na carreira, é preciso uma série de habilidades e competências que só o tempo desenvolve. “Não é a faculdade, não é a pós-graduação, não é a especialização. Existe a necessidade de um amadurecimento pessoal, que só o tempo dá, e de um amadurecimento teórico, de convivência, de saber como as coisas são”. Para ela, o jovem “vai para dentro do seu trabalho com uma visão muito idealizada, por mais adequado e adaptado à realidade que seja o curso”.

Rafael Chiuzi concorda: “ao entrar em uma organização, ele vai se deparar com diversos fatores que até então não conhecia. Ele vai se deparar com muitas incongruências e vai vivenciar angústias por ter que lidar com algumas políticas que, muitas vezes, não estão de acordo com os seus valores”.

Para o professor, “quando os jovens entram no mundo do trabalho, têm que aprender, por exemplo, o famoso, ‘engolir sapo’ e isso para quem está começando é muito difícil. Mas existem várias maneiras de você conseguir lidar com situações desse tipo no ambiente de trabalho”.

Ele enfatiza que “a competência emocional é muito importante para a convivência, não só com os chefes, com os líderes, mas com os colegas de trabalho também. Trabalhar em empresa é saber lidar com uma série de divergências”.

“Não adianta eu querer que um jovem de 28 anos se comporte como uma pessoa de 40. Mas ele pode buscar formas de se equilibrar, como quando vai para uma terapia”, diz Maria do Carmo.

 

Mas é possível desenvolver essa competência?

De acordo com a professora, competência pode ser definida como “o conjunto de aptidões, de potencial treinável”. Portanto, é possível sim desenvolvê-la. Como este é um fator que pode influenciar e, por vezes, até ser decisivo em uma equipe, as organizações procuram capacitar seus funcionários neste sentido. “O coaching é uma ferramenta bastante utilizada”, comenta o professor Rafael. Entretanto, ele ressalta que “o primeiro passo é o sujeito ser mais consciente de si mesmo”.

Para o Instituto Brasileiro de Coaching, este “é um processo que produz mudanças positivas e duradouras. Conduzido de maneira confidencial, individualmente ou em grupo, o coaching é uma oportunidade de visualização clara dos pontos individuais, de aumento da autoconfiança, de quebrar barreiras de limitação, para que as pessoas possam conhecer e atingir seu potencial máximo e alcançar suas metas”.

Maria do Carmo cita ainda o processo terapêutico. “Se o jovem está preparado teórica e tecnicamente, ele precisa avaliar se pessoalmente está preparado para conviver. O recomendável é que ele peça ajuda para avaliar as habilidades sociais, porque são essas que, junto com as competências profissionais, darão a possibilidade de conviver melhor no grupo.”

Como uma alternativa, a professora indica a Policlínica Metodista, localizada no Campus Rudge Ramos. Os interessados podem fazer os agendamentos pelo telefone (11) 4366-5565.

 

Gabriela Rodrigues

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