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Uma cidade chamada Metodista - Entrevista com o reitor da Universidade, prof. Davi Ferreira de Barros

Reitor da Universidade Metodista de São Paulo desde 1999, o professor Davi Ferreira Barros enfrenta situações que são comuns em muitas cidades brasileiras.

10/02/2006 13h07 - última modificação 05/09/2006 16h30

Reitor da Universidade Metodista de São Paulo desde 1999, o professor Davi Ferreira Barros enfrenta situações que são comuns em muitas cidades brasileiras. Não é para menos. Com uma população superior a 20 mil pessoas – entre alunos, professores e funcionários -, segurança, obras e crise econômica são assuntos fundamentais dentro da Universidade. E tudo isso com uma preocupação central: manter a qualidade de ensino e infra-estrutura para que a Metodista continue a receber o reconhecimento externo que tem registrado até hoje.

Jornal da Metodista - A Metodista, hoje, tem características de uma cidade, tanto pela população interna quanto pelo crescimento. Quais são os principais problemas e as soluções geradas?

Davi Ferreira Barros - Como em qualquer cidade, acho que a segurança e o fator econômico são as principais preocupações da instituição e motivo de reivindicação dos alunos. Até 2004 tivemos vários problemas relacionados à segurança dos Campi. Uma das ações que minimizaram essa preocupação foi a instalação das catracas eletrônicas, proporcionando um controle maior de quem entra na Universidade. Para o próximo ano, esse processo de transformar os campi em lugares cada vez mais seguros continua. Mas estas medidas envolvem muitos estudos, já que recebemos, sempre, um grande número de fornecedores, visitantes e, inclusive, familiares de moradores, como acontece no Campus Rudge Ramos, onde existem algumas casas. Nossa intenção não é bloquear a entrada nos campi, mas incrementar a vigilância.

Além disso, com a inauguração do Centro de Convivência, os alunos do Campus Rudge Ramos não têm necessidade de sair para tomar lanche ou comprar itens de papelaria, por exemplo. Essa é uma grande vantagem porque os estudantes não se expõem aos perigos da rua, o que é uma tranqüilidade também para os pais, pois eles sabem que seus filhos estão seguros dentro da Universidade.

Jornal da Metodista - Diante do cenário econômico nacional, qual o pano de fundo em que a Metodista irá atuar em 2006?

Davi Ferreira Barros - A economia brasileira tem mostrado alguns sinais de estagnação que nos preocupa. Diante disto, temos que manter a austeridade na administração de custos, mobilizando todas as áreas para enfrentar esta situação. Além desses problemas econômicos, que afetam todo o País, um outro fator se estende pelas instituições de ensino: a concorrência. Diversas novas universidades e faculdades vêm se instalando na região do ABC, oferecendo cursos semelhantes e, em muitos casos, com oferta muito maior que a procura.

E é neste panorama que a Metodista deverá desenvolver seu trabalho nos próximos meses, um cenário de baixo crescimento econômico e alta concorrência. Para enfrentar esses problemas, estamos conscientes de que, mais do que nunca, precisamos investir no incremento da área acadêmica, garantindo a qualidade do ensino e a valorização dos alunos e professores, que é uma marca da Metodista.

Jornal da Metodista - E como acontecerá esse incremento acadêmico nos próximos meses?

Davi Ferreira Barros - Na verdade, isso já vem acontecendo. Nos próximos meses, por exemplo, estaremos consolidando alguns cursos, que formam suas primeiras turmas. No final de 2005, já tivemos a primeira turma do curso de Graduação Tecnológica Ambiental e, nos final de 2006, formaremos os primeiros alunos de Graduação Tecnológica em Gastronomia, por exemplo.

Um outro passo será abrir mais espaços para a área acadêmica. Com a conclusão do prédio administrativo, no Campus Rudge Ramos, poderemos reunir à reitoria, os vice-reitores, o conselho diretor e outras lideranças da instituição. Desse modo, o edifício Ró terá espaço para outras diretorias e o Sigma abrigará a Pastoral e a equipe do Processo Seletivo, que hoje estão no Delta. Isso abrirá espaço para novas salas de aula e laboratórios no Delta.

O edifício Psi, antigo prédio da Biblioteca Central, também será reformado e abrigará duas das clínicas de Odontologia. Isso também abrirá mais espaço, inclusive no edifício Capa, onde teremos uma área de estúdios e laboratórios de Comunicação.

Jornal da Metodista - E quanto aos pontos positivos desta “cidade Metodista”?

Davi Ferreira Barros - Uma das noções que procuramos promover é a integração entre os estudantes. O novo prédio do Centro de Convivência, que também abriga a Biblioteca Central, no Campus Rudge Ramos, é um exemplo. A nova Biblioteca Central, com ambiente amplo e agradável, atrai mais estudantes do que a existente anteriormente. Desde a inauguração, em Maio de 2005, a movimentação na biblioteca aumentou quase 30%, em relação a 2004. E para aumentar ainda mais essa facilidade ao aluno, ampliamos o horário de atendimento em todas as bibliotecas da Metodista, atendendo as necessidades dos próprios estudantes.*

(* Hoje, as bibliotecas dos três Campi funcionam das 7h às 23h, ao invés das 8h15 às 22h15, como acontecia até Outubro do ano passado. atendendo as necessidades dos alunos. Vale lembrar que, de maio a novembro de 2005, 98.141 alunos fizeram empréstimo de livros na Biblioteca Central, enquanto no mesmo período do ano passado, o total de empréstimos foi de 76.486.)

Jornal da Metodista - Com relação a novos cursos, o que a instituição prevê para o próximo ano?

Davi Ferreira Barros - Além da consolidação de cursos como o de Gastronomia e de Tecnologia Ambiental, estamos iniciando os novos cursos de Cinema Digital e Sistemas de Informação, além dos cursos de Graduação Tecnológica, muito importantes para a formação e especialização profissional dos alunos. Além disso, não podemos esquecer o revigoramento dos cursos já existentes, inovando currículos, atualizando matérias, modernizando cursos e tornando-os eficazes para as necessidades da região.

Aliás, esta é uma nova estratégia que será iniciada em 2006: a intensificação do relacionamento com as empresas da região. O nosso objetivo é criar uma proximidade com as empresas do Grande ABC, tanto públicas quanto privadas, para ampliar o diálogo e identificar suas necessidades. Se, por exemplo, a empresa tiver um determinado número de funcionários que precisa fazer um curso específico, a Metodista irá se preparar rapidamente para atender a essa necessidade, oferecendo nosso aparato acadêmico e tecnológico.

Com isso, geraremos confiança e credibilidade, oferecendo cursos com perfis adequados às exigências das empresas.

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