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VIII Conferência Brasileira de Estudos em Comunicação e Mercado

   

Este evento completa mais uma etapa na busca de alternativas para a sistematização do conhecimento, seja nos processos comunicacionais voltados para os aspectos promotores do consumo, como nas percepções construtoras das imagens corporativas junto aos diversos públicos envolvidos direta ou indiretamente na construção e manutenção dos aspectos relacionais com as marcas.

Acreditamos que discutir as práticas mercadológicas é avançar além das abordagens econômicas, pontuando sua condição de uma construção simbólica contínua que incide na manutenção do imaginário social. O maior desafio dos pesquisadores que atuam no recorte desse fenômeno é centrar-se na abordagem multidisciplinar e na contribuição dos vários olhares e pensares sobre a ambiência cotidiana e os atos comunicativos entre as organizações e os seus públicos de interesses.

 

Proposta  Temática

 

COMUNICAÇÃO E MERCADO - ARTE, DESIGN E EXPERIÊNCIAS

 

 

A VIII Conferência Brasileira de Estudos de Comunicação e Mercado assume a questão da multiterritorialidade, proposta na edição anterior, e avança  no sentido das novas apropriações teóricas-conceituais para além das práticas convencionais da comunicação de mercado.

 

Evidencia nesta proposta as correlações da publicidade, da arte, do design e das múltiplas e crescentes experiências proporcionadas por novas articulações discursivas, frutos da vigorosa indústria criativa e do caráter simbiótico das práticas comunicacionais.

 

Associações, apropriações, sobreposições e recomposições são articuladas sob o manto da estetização inerente aos produtos e bens físicos e simbólicos tal qual apontado por Lipovetsky e Serroy  (2015) em “A estetização do Mundo”, tratando-se de uma visão critica sobre a estetização da economia e, por decorrência, a estetização da vida cotidiana.

 

No inicio dos anos setenta, no texto "Física e metafísica da imagem publicitária", George Péninou (1973) pontuava  “uma das raras mensagens – que é além de tudo uma paisagem (olha-se a publicidade, mais contemplada do que lida)”. É exatamente essa dimensão do homo aestheticus em busca da emoção, do afeto, do sonho e do espetáculo que tem caracterizado o consumidor contemporâneo. A célebre frase atribuída ao inesquecível criativo Bill Bernbach "Publicidade não é uma ciência. É persuasão. E persuasão é uma arte." também nos ajuda a refletir sobre a trajetória cada vez mais complexa das relações econômicas, sociais e artísticas da entidade mercado.  

 

Não obstante às contínuas apropriações discursivas, que a indústria criativa tem proporcionado tanto a mistura de valores econômicos como de valores culturais, nos deparamos diante de outros contextos. Como resultado temos o poder comunicativo que possibilita o desenvolvimento do valor expressivo, e este avança para além do preço final dos bens ofertados. Dessa forma, a carga simbólica gerada nesse contexto certamente tem ocultado tanto os processos produtivos, como sua efetiva utilidade.

 

Ao assumirmos a essência da proposta de John Howkins (2001) de que estamos diante de uma indústria decorrente da criatividade e do capital intelectual aplicado, considerando-os como matéria prima para a geração, produção e compartilhamento de bens e serviços intangíveis. Com isso, assumimos que a potência do ato comunicativo decorre das diversas imbricações simbólicas, essencialmente construtoras de percepções e experiências.

 

Nossa proposta, nesta VIII edição do eCom,  implica na busca por olhares diferenciados sobre as atuais práticas comunicacionais do mercado, considerando a emergente indústria criativa, a coabitação das novas tecnologias com a estetização do nosso cotidiano e o efetivo deslocamento para as múltiplas experiências vivenciadas e compartilhadas nas dimensões do on-time, on-motion e on-line.

 

 

 

 

eCom 

O ECOM, como núcleo de estudo, objetiva sistematizar o conhecimento sobre os processos comunicacionais voltados para os aspectos promotores do consumo, das percepções construtoras das imagens corporativas e do relacionamento com as marcas, por meio de práticas convencionais e não convencionais. Evidenciando o caráter multidisciplinar que tem permeado este processo e as mudanças comportamentais presentes tanto nas organizações caracterizadas como emissoras e gestoras deste processo, como através das alterações dos hábitos de consumo e de acesso aos novos suportes midiáticos pelo consumidor/cidadão.