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Não seja um astronauta!

Olá caros leitores, este é mais um texto a respeito de seleção de candidatos (ou de concorrentes). Dessa vez o assunto não é direcionado a características pessoais ou personalidade, mas sim a um assunto também primordial tanto para candidatos a futuras vagas como para os “ex-candidatos” que já se encontram alocados no mercado de trabalho: a informação.

Desde que passamos a documentar nossa história, a informação passou a ser um commoditie muitíssimo valioso no atual contexto devido ao seu poder, poder esse capaz de desarmar inimigos, prever acontecimentos e até mesmo evitá-los. A informação passa a ser atualmente um dos bens mais valiosos que um indivíduo pode adquirir.

Na era do “capital intelectual” a tecnologia mais avançada não é traduzida por supercomputadores ou novos modelos de chips de transmissão de alta velocidade, mas sim pela mais antiga e mais complexa ferramenta do ser humano – o cérebro. É exatamente esta ferramenta que nos auxilia nas tomadas de decisão e que fornece subsídios para que possamos armazenar grandes quantidades de informação.

Esta é uma das características principais que organizações contemporâneas almejam em seus futuros trabalhadores – o indivíduo capaz de armazenar, articular e fazer bom uso das informações disponíveis no ambiente em prol de objetivos organizacionais e profissionais. Até aqui nenhuma novidade, mas o leitor pode se perguntar: como atingir estes objetivos? Simples!!! Não seja um astronauta!!! Ora, não se esqueça que você vive num mundo dinâmico e extremamente veloz com toneladas de informação cruzando seu caminho diariamente. Aproveite as informações do ambiente a seu favor, não se comporte como um astronauta recém-chegado ao planeta terra, sem saber o que está acontecendo, por que está acontecendo, ou até mesmo qual é a época em que estamos.

Caros leitores, por favor, a analogia à profissão de astronauta deve ser despida aqui de qualquer cunho pejorativo. A comparação foi feita meramente em um sentido ilustrativo para que a mensagem possa ser mais claramente entendida. É claro que os astronautas também são profissionais muito bem informados e antenados com o mundo à sua volta.

Informações estão em todos os lugares. Revistas, jornais, livros, internet, televisão, rádio e até mesmo em conversas informais com colegas e familiares, logo, a velha desculpa “não tenho tempo para ver televisão ou ler jornal” já caiu em descrédito há muito tempo. Atualmente o candidato que vai para uma seleção de emprego sem a mínima quantidade de informação passa a ser somente mais um na multidão, ou seja, mais um astronauta.

Dessa forma, ao se deparar com questões atuais numa entrevista de seleção você terá uma característica que o diferenciará do restante dos candidatos – você será um habitante do planeta terra – sabendo o que acontece em seu mundo, seja ele a situação econômica brasileira ou o impasse nuclear na Coréia do Norte. Dessa forma, você pode mostrar que é capaz de buscar, compreender e articular as informações essenciais ao êxito organizacional e profissional.

Porém, cuidado com o extremismo ou o radicalismo, lembre-se que as informações servem para auxiliá-lo num diálogo, e não para que você fique dando palestras aos seus colegas, sejam eles de trabalho ou não. Assim, como dito no início deste texto, este bem – a informação – pode ser adquirida, ou seja, tudo o que vai lhe tomar serão alguns minutos e muita boa vontade para que você possa ser um terráqueo, no sentido mais amplo da palavra.

Assim, a dica é aproveitar o ambiente a sua volta para seu benefício, considerando a informação como sua aliada, algo que pode agregar valor às suas habilidades pessoais a fim de lhe oferecer vantagens na hora de uma seleção entre astronautas.

Prof. Ms. Rafael Marcus Chiuzi

Psicólogo, mestre em psicologia da saúde, professor de psicologia organizacional da Universidade Metodista de São Paulo.

 

 

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