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Setores da sociedade se unem para acabar com a violência

14/05/2009 08h57 - última modificação 21/05/2009 09h20

O 1º Encontro da Força-Tarefa para a construção de uma cultura de paz no ambiente escolar, realizado hoje (09/03), no Salão Nobre, da Universidade Metodista de São Paulo, reuniu cerca de 500 representantes de vários segmentos da sociedade preocupados em sanar o problema da violência nas escolas. 

A Força-Tarefa possui, ao todo, 26 parceiros.  Representantes do Governo, ONGs, Defensoria pública, Conselho Tutelar, Secretarias, entre outros, participaram do encontro. “Devemos acreditar e buscar no fundo da alma otimismo e fé para que possamos transformar a situação”, destacou a Dra. Vera Lúcia Acayaba de Toledo, promotora da Infância e Juventude e idealizadora do Projeto.

A professora Dagmar de Castro, pesquisadora da Cátedra de Gestão de Cidades, saudou todos os presentes em nome da reitoria. “A Universidade Metodista de São Paulo se coloca como parceira nesse processo visto que o nosso Projeto Pedagógico Institucional tem como um dos seus eixos o Bem Comum”, revelou. A Universidade também realiza pesquisa que analisa as representações sociais da violência em duas escolas no ABC.

Ainda pela manhã, o professor Renato Alves, professor da Metodista que pesquisa o tema, proferiu palestra sobre o conceito de violência. “Como dizia Vinícius de Moraes, a vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros”, lembrou Alves.  “Na escola também é assim, quando nesse encontro as diferenças não são reconhecidas”.  Segundo o professor Alves, é essencial que a escola seja um lugar de sentido em que os alunos, os professores, todos sejam ouvidos. " A violência nasce de um conflito  que não foi solucionado, mediado", explicou.

“O que percebemos é a falta da família, acompanhamento, e compromisso mesmo. Em nossa escola estamos sempre disponíveis para ouvi-los, mas nem sempre eles vêm até nós”,  revelou a professora Rosana Vieira, vice-diretora da Escola Estadual Jorge Rahmen, que possui 2400 alunos e fica na Avenida do Taboão. “Estou aqui porque a Força-Tarefa nos ajuda a encontrar soluções para lidar com a questão da violência na escola e nos dá orientação com relação a encaminhamentos possíveis como o atendimento psico-social, por exemplo”, explicou. 

O trabalho da Força-Tarefa  será consolidado em quatro anos, prevê os promotores da iniciativa.  Até 2011, a meta é reduzir em 40% os casos de violência doméstica, evasão escolar e atos violentos, reforçando os laços familiares e escolares.

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