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Seminário compartilha experiências de movimentos sociais latino-americanos

14/05/2009 08h57 - última modificação 26/05/2009 08h59

Na América Latina, a ação dos movimentos sociais se intensificou nos últimos anos, gerando grandes mobilizações de massa com grande vigor, que se destacaram por seu impacto na conjuntura de cada país. Os casos do México, Bolívia e Argentina são emblemáticos. Mas o que se pode aprender com esses novos movimentos sociais, que constroem um novo olhar sobre a crise e representam um chamado para a cidadania? O que faz com que estes movimentos se unam, mobilizem e transformem as relações com a política, partidos e governos? Com o objetivo de refletir sobre estes pontos foi realizado o Seminário Internacional A Vontade de Mudar: a construção do imaginário da transformação social, que aconteceu em Porto Alegre (RS), em 22 de abril.

O encontro aconteceu no marco da reunião da Associação Latino-americana de Promoção ao Desenvolvimento (ALOP) e contou com a presença dos seus representantes da região Cone Sul. A atividade, organizada pela ALOP, ABONG, Instituto Pólis, LogoLink e Action Aid, contou com a participação do Movimento contra a Ampliação do Canal do Panamá; do Movimento contra o TLC (Tratado de Livre Comércio) na Costa Rica; e dos Movimentos Indígenas da Bolívia; além de intelectuais do Brasil e Bolívia que fizeram a síntese e incorporações ao debate.

Salomon David Samudio da Frente Nacional por los Derechos Economicos y Sociales (FRENADESSO) compartilhou a história de mobilização contra a ampliação do Canal do Panamá. Segundo ele, o tema é pouco conhecido na América Latina. Além disso, as benesses econômicas do Canal, que poderiam contribuir para o desenvolvimento do país, estão alinhadas com os interesses dos Estados Unidos.

Já Oscar Vega, da Bolívia, contou que antes havia o entendimento de que as mudanças sociais e a revolução viriam do Estado, mas hoje os movimentos e comunidades ganham força e se tornam protagonistas das mudanças necessárias.”Em cada país há processos singulares e formas distintas de discutir e resolver os problemas.”

Evelina Dagnino, professora da Unicamp, destacou que os países latino-americanos guardam diferenças nos sistemas sociais e políticos, mas que é fundamental aprender uns com os outros e compartilhar experiências. “Politicamente não haverá alternativas de mudanças isoladas. É importante avançar na democratização. O poder é um conjunto de relações sociais”, afirmou.

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