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Política está nas ações cotidianas e não só em cargos públicos, debate 7ª edição de Colóquio

Encontros promoveram conversas com alunos sobre “Participação e Organização do Estado”

29/08/2016 17h30 - última modificação 29/08/2016 17h26

Prof. Marcos pede a cobrança dos políticos

Política vai muito além de escolher candidatos nas eleições ou exercer cargo público. A política está presente no cotidiano de todos, desde ajudar pessoas especiais em um ônibus até pagar as contas, ir à igreja, achar e devolver (ou não) uma carteira de dinheiro. “Tudo é decisão do mundo que desejamos. Ser político e ser cidadão são coisas próximas: pólis e cidadania têm origem na palavra cidade”, definiu professor Wesley Fajardo Pereira, do curso de Teologia, durante encontro do Colóquio Metodista, que neste 2º semestre de 2016 debateu com os alunos "Por Dentro da Política: Participação e Organização do Estado".

Os estudantes foram provocados sobre o desempenho que têm como cidadãos e políticos, já que a maioria vê o Estado como um ente distante e critica a pouco eficiência dos serviços públicos. Professor Marcos Roberto Lemes, do Núcleo de Formação Cidadã, explicou que o problema está justamente em pensar que pessoas comuns não fazem parte do Estado e, por isso, deixam de cobrar ações dos governantes.

“O Estado é feito por nós. A falta de medicamentos nos hospitais públicos ou de creches para nossos filhos são decisões políticas tomadas por quem elegemos. Temos que questionar os políticos que receberam nossos votos”, orientou professor Marcos, citando o direito de todos os brasileiros de assistir e poder falar nas sessões legislativas e o direito de conhecer em detalhes as contas públicas por meio da Lei de Acesso à Informação. São formas de agir politicamente sem agir partidariamente, afirmou o docente em resposta à indagação de um dos alunos sobre se é possível agir coletivamente sem estar vinculado a um partido.


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Prof. Silverio acha que escola não é única saída
Políticos com educação

Professora Elizabete Cristina Renders, de Pedagogia, ao explicar à uma aluna-mãe por que ONGs e entidades benemerentes são mais presentes que o governo junto a setores carentes e oferta de creches, lembrou que a criança como brasileiro com direitos só foi reconhecida na Constituição de 1988 e na lei que rege a Educação de 1994 e que criou o Fundeb (Fundo Nacional de Educação Básica). “É tudo novo ainda”, citou, dizendo que antes cabia à sociedade civil e a instituições ligadas a igrejas praticar assistência a menores.

Já professor Luiz Silvério, coordenador da Cátedra Gestão de Cidades da Metodista, acha que a escola é ótima saída, mas não a única para tornar cidadãos mais conscientes, aptos e informados. À colocação de outro estudante sobre a obrigatoriedade de políticos e governantes terem formação acadêmica adequada para gerir o País e se dedicar a causas delicadas como a educação, professor Silvério relativizou: “Qual é a seriedade de um ministro que não fala em Paulo Freire e recebe um ator no gabinete?”, perguntou, referindo-se à audiência em maio último do novo ministro da Educação, Mendonça Filho, com Alexandre Frota, considerado ator-pornô. O teor da conversa teriam sido projetos de Frota para a educação.

O VII Colóquio da Cátedra Gestão de Cidades e do Núcleo de Formação Cidadã foi promovido nas noites de 22, 23 e 24 de agosto e 5 de setembro. A ideia dos encontros é que os professores coordenem diálogos a partir de dúvidas e perguntas dos alunos sobre o tema colocado. Configura-se, assim, um “colóquio” ou “conversa”, ou seja, não se utiliza a figura do palestrante ou conferencista.

Veja aqui imagens do evento.

Esta matéria foi publicada no Jornal da Metodista.
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