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Pesquisadores da Cátedra têm artigos aprovados no Encontro da ANPAD

14/08/2009 10h22

O coordenador da Cátedra Gestão de Cidades, Luiz Roberto Alves e os pesquisadores Anderson Rafael Nascimento e Judith Zuquim tiveram artigos aprovados para o XXXIII Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração.

O Encontro da ANPAD – EnANPAD - realiza-se anualmente, no mês de setembro e é hoje o maior evento da comunidade científica e acadêmica de administração no país. É um grande incentivador da produção científica na área, sendo que, nos últimos três anos, em cada evento cerca de 3000 trabalhos nas diversas áreas temáticas foram submetidos à apreciação, dos quais, aproximadamente, 800 foram apresentados.

Confira os resumos abaixo:


Ciência e Consciência, Conhecimento e Liberdade

  • Luiz Roberto Alves

Resumo

No ano internacional dedicado ao conhecimento da cosmologia, o pensamento científico elaborado na experiência brasileira celebra um texto memorável de 40 anos: Ciência e Libertação, do físico nuclear J. Leite Lopes. O presente ensaio perscruta esse pensamento, que se comunica com a crítica científica (pois horrorizada com os escombros) do pós-guerra e se projeta numa visão de ruptura epistemológica em vista das desigualdades sociais. Tal movimento de política científica, haurido em certo pensamento filosófico voltado ao ser dignificado e numa precisa consciência dos riscos e possibilidades do saber científico na modernidade, converte-se em proposta de gestão do conhecimento. A atitude metodológica deste ensaio busca em textos-testemunhas do entre e do pós-guerra do século XX, contribuições das ciências da natureza e da cultura para a construção da sociedade democrática e nela a organização saudável e produtiva. A uma sociedade mais urbana e secularizada, carente de serviços sociais e empregos, ameaçada por impérios econômicos e confrontada pelos sinais da destruição, a partir dos anos 50, seria adequado um saber científico aplicado às necessidades e projetos das pessoas em sociedade. Noutras palavras, uma ciência libertadora, capaz de entender-se como um feixe de linguagens a serviço da vida social. Neste ensaio considera-se que tal atitude gesta uma linha de conhecimento atual. Talvez sempre mais urgente em face do tempo social presente, que se revela insustentável.


Gestão das Políticas de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente: da Tecnicidade à Gestão Social Compartilhada

  • Judith Zuquim e Anderson Nascimento

Resumo

Como trajeto teórico-reflexivo, propõe-se neste trabalho uma discussão sobre o contexto histórico que o Estatuto da Criança e do Adolescente herda como reflexo da sociedade brasileira, resultando em práticas e políticas públicas assistencialistas e criminilizadoras. Situação essa que somente começou a ser alterada, com a instituição do Estatuto da Criança e do Adolescente. Essa mudança de olhar é relatada e serve de referencial para uma reflexão sobre o impacto na gestão das políticas públicas. Para isso, sustenta-se que a tecnicidade, diante dos princípios do ECA, impõe um formato a ser superado de gestão baseado em princípios institucionais. O modelo teórico traduzido de Ripley (1995) auxiliam essa visualização. Por sua vez, uma nova discussão para o campo da gestão pública, a corrente societal. Na teoria e como crítica dessa prática, a administração pública societal ainda se circunscreve a experiências locais e fragmentadas. Frente às duas correntes teóricas apresentadas e como resultado desse estudo, argumenta-se que o ECA somente poderia se realizar por meio do princípio societal, reconhecendo a participação das crianças e adolescentes como portadores de direito. Estabelece-se assim um diálogo com o princípio da proteção integral, pilar de sustentação do Estatuto da Criança e do Adolescente, já que cabe a eles decidir seus destinos e ao Estado, Sociedade e Família a articulação de um arranjo institucional em busca de uma política pública integrada. Com essa constatação propõe-se um modelo teórico para a gestão de uma política pública que contemple aspectos essenciais do Estatuto da Criança e do Adolescente.


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