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Patrimônio cultural da região é tema de estudo

01/10/2009

01/10/2009 09h25

A pesquisadora e pós-doutoranda da Cátedra Gestão de Cidades, Silvia Helena Passarelli, vai apresentar no VII Congresso Metodista os resultados da pesquisa “Patrimônio cultural e mídia impressa: a visão do Diário do Grande ABC”.

Desde a década de 80 a região do ABC vivencia um debate sobre patrimônio cultural que resultou na organização de centros de memória e movimentos sociais pela preservação. Parte da amplificação desse processo se deu com a elaboração de reportagens pela imprensa escrita regional, particularmente o Diário do Grande ABC, com a abertura de colunas para articulistas debaterem temas específicos sobre a cidade, entre eles, memória, patrimônio e bens culturais da região.

Com a pesquisa, Silvia pretende apresentar parte das análises de seus estudos que busca uma análise da visão expressa pelo Diário do Grande ABC sobre patrimônio cultural regional. “Procuramos identificar os valores divulgados por esta mídia impressa e sua relação com os conceitos estabelecidos por cartas e resoluções dos congressos de organismos internacionais de preservação do patrimônio cultural e os impactos sobre a política de preservação das cidades do Grande ABC”, explica.

O desenvolvimento do trabalho se deu a partir da leitura do acervo do jornal, focando principalmente as décadas de 80 e 90, e buscando identificar nos editoriais e reportagens específicas sobre a questão do patrimônio cultural as visões que o jornal divulga tendo em vista o seu papel como formador de opinião. “Os dados levantados pela leitura do jornal estão sendo organizados em um banco de dados que será objeto de análise a partir de estudos sobre a evolução do conceito de patrimônio cultural e dos mecanismos de salvaguarda concebidos por órgãos internacionais de preservação do patrimônio cultural”, conta Silvia.

Para a pesquisadora a análise de artigos veiculados na imprensa ao longo deste período permite verificar que o jornal assumiu a valorização de vários bens de interesse cultural, como festas populares, igrejas, a vila de Paranapiacaba, os estúdios da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, objetos de arte e acervos documentais e fotográficos. “Isso provocou uma reação por parte das prefeituras para criar mecanismos de defesa e o fortalecimento de vínculos de identidade regional em seus leitores que passaram a manifestar suas opiniões sobre o tema em colunas especiais do jornal”.

Silvia aponta vários equívocos do jornal com relação a conceitos sobre patrimônio cultural e medidas de salvaguarda que da forma que são insistentemente veiculados dificultam as políticas públicas de preservação. “O entendimento da visão da imprensa sobre o tema pode, portanto, contribuir com a formulação de programas de educação patrimonial de modo a valorizar o patrimônio local e regional”, diz.

O Congresso será realizado entre os dias 27 e 29 de outubro no campus Rudge Ramos da Universidade Metodista.

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