Ministro iraquiano visita ABCD
01/07/2009 10h15
Um país em processo de recuperação econômica, por conta de mais de 15 anos de embargo, disposto a recuperar seu parque industrial, em busca de negócios e com a disposição de gastar US$ 85 bilhões é o que qualquer um gostaria de chamar de parceiro. Para aproveitar esse potencial, São Bernardo se prepara para receber o ministro da Indústria e Minerais do Iraque, Fawzi Hariri, nesta terça-feira (30/06).
Um dos principais interesses da autoridade iraquiana é exatamente aquilo que a Região mais produz. O setor automobilístico do ABCD, que passa por dificuldades por causa da queda nas vendas para os parceiros tradicionais, pode encontrar no Iraque a saída mais próxima para a solução de parte de seus problemas.
Com o objetivo de facilitar o diálogo entre as indústrias do ABCD e o governo iraquiano, a Prefeitura de São Bernardo, em parceria com o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) do município e a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Iraque, promovem nesta terça-feira um encontro para cerca de 200 empresários da Região.
O presidente da Câmara de Comércio Brasil-Iraque, Jalal Chaya, está otimista com o encontro. “Se depender da Câmara, ninguém fica desempregado no ABCD e no Brasil.” A visita do ministro iraquiano também servirá para o país do Oriente Médio conhecer o processo de desenvolvimento econômico experimentado pelo Brasil nos últimos anos. A experiência brasileira é vista até como potencial para o processo de reestruturação iraquiano.
Potencial - Chaya aponta que, em fase de reconstrução, o Iraque precisa de praticamente tudo. Entre os setores com os quais as autoridades iraquianas pretendem negociar no Brasil estão, principalmente, o alimentício, de serviços relacionados à construção civil e outros que possam contribuir com a reestruturação do parque industrial iraquiano.
No caso do ABCD, a expectativa do secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Jefferson da Conceição, é de que São Bernardo ofereça a maior variedade de produtos possível para o governo iraquiano. “Temos potencial de exportar produtos hospitalares, alimetícios, produtos de higiene, tintas, máquinas, enfim, tudo o que a cidade produz”, sintetiza.
Fonte: ABCD Maior