Grande ABC sofre com as chuvas
04/02/2010 13h34 - última modificação 11/03/2010 15h53
Desde o dia 1º de dezembro, cerca de 600 pessoas ficaram desabrigadas por causa dos deslizamentos de terra e alagamentos no Grande ABC.
Na estação mais chuvosa do ano, a região sente as consequências do descaso da população com os avisos da defesa civil sobre as áreas de riscos, a falta de “piscinões”, e a desconscientização da sociedade ao jogar lixos como areia, entulho, móveis e garrafas pet (os maiores responsáveis pelos alagamentos) nas ruas, rios e córregos.
Ocorreram deslizamentos de terra em algumas cidades, como São Bernardo do Campo. Várias outras estão em estado de alerta, como é o caso de Santo André e Diadema - município que possui o maior número de áreas de risco de deslizamentos. As enchentes também causam congestionamentos, prejudicam o comércio e geram caos nas sete cidades do Grande ABC. Por isso, várias já decretaram estado de calamidade pública
Para Carlos Eduardo Fagiolo, meteorologista formado pela Universidade de São Paulo (USP) e atualmente membro do projeto de pesquisa sobre mudanças climáticas no laboratório do Instituto de Astronomia Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, “está na época das chuvas, além disso o El Ñino soma umidade do pacífico com a que vem da Amazônia até a região Sul e Sudeste”.
Para melhorar esse cenário urbano, é preciso unir governo e comunidade, em prol da gestão das cidades, de forma que possam minimizar as consequências dos imprevisíveis fenômenos naturais.