Conferencista do SIPPI comenta pacote habitacional lançado pelo governo
14/05/2009 08h57 - última modificação 21/05/2009 09h20
O governo federal anunciou na última quarta-feira (25 de março) um pacote de habitação para a construção de um milhão de casas até o fim de 2010. Com o objetivo de reduzir o déficit habitacional, que hoje é calculado em oito milhões de residências no país, e gerar mais empregos na construção civil, o pacote vai beneficiar principalmente as famílias com renda de até dez salários mínimos.
O programa que recebeu o nome de "Minha Casa, Minha Vida" terá o recurso de R$ 34 bilhões. A maior parte do dinheiro vem dos cofres do governo e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
A região Sudeste deverá ser a mais beneficiada, com a construção de 36,4% das unidades. Em seguida vêm Nordeste (34,3%), Sul (12%), Norte (10,3%) e Centro-Oeste (7%).
Para os urbanistas é necessária a criação de uma infra-estrutura para que o pacote garanta uma qualidade de vida.
A relatora para o Direito à Moradia Adequada da ONU, Raquel Rolnik, aponta aspectos positivos do pacote. "A baixa renda, que é a maior demanda, não se atende com crédito, com financiamento, mas, sim, com subsídio", acredita. Mas ela alerta que o grande desafio agora está nas mãos dos municípios, que precisam garantir a inserção dos conjuntos habitacionais à cidade. "Casa, moradia, não são quatro paredes e um teto. É muito importante que os municípios, ao estabelecerem onde serão produzidas essas moradias, é muito importante que os empresários, ao proporem os projetos, levem em consideração que não se trata de um depósito de gente", ressalta. (Mais informações podem ser obrtidas em www.globo.com/jornaldaglobo).
Raquel Rolnik também será a conferencista na abertura da segunda edição do Seminário Internacional de Políticas Públicas Integradas (SIPPI) a ser realizado em maio pela Cátedra Gestão de Cidades.