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PARFOR debate importância da literatura para formar memória e sentimentos

Aula magna trouxe seis escritores para trocar experiências sobre leitura

21/08/2019 18h25 - última modificação 22/08/2019 12h49

Aula magna trouxe seis escritores para trocar experiências sobre a leitura infanto-juvenil (Fotos Malu Marcoccia)

Histórias infantis fazem parte do imaginário humano desde o primeiro minuto de vida. Da cantiga de ninar que recita Boi da Cara Preta aos contos folclóricos sobre Saci Pererê, todos embalam a memória e sentimentos que nunca mais vão embora. Pois é esse universo de livros, quadrinhos e desenhos que faz a diferença na aproximação aluno-professor e que torna o aprendizado mais atraente e envolvente, em que pese toda a tecnologia da atualidade.

“Na literatura cabe tudo e cabem todos. É ela que suaviza as angústias da vida, por isso é importante para nossas crianças serem introduzidas desde cedo na leitura e não tomem antidepressivos depois”, falou Dílvia dos Santos Ludvichak, jornalista e escritora infantil, mestranda em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo, que conduziu em 15 de agosto último a aula magna deste semestre do PARFOR (Programa Nacional de Formação de Professores de Educação Básica), do Programa de Pós-graduação em Educação da Umesp.

O encontro reuniu seis escritores que compartilharam experiências sobre a importância da literatura infanto-juvenil na formação docente e na valorização da sala de aula. “Professores, não larguem os livros. Celular é bacana, TV é maravilhosa, computador é fofo, mas livro é um parceiro. Serve para solidão, desemprego, ciúme...”, apontou Mariza Lima Gonçalves, educadora, poetisa e membro da Academia Popular de Letras. Ela relatou o episódio de uma professora, com um único exemplar, ter envolvido toda a classe lendo um trecho por dia. “Quando cheguei para debater o último capítulo, as crianças estavam ávidas, atentas, não se contendo para saber o final”, contou.

Fortalecimento emocional

Por que ler, se há hoje fartas informações no Google?

A pergunta não perturba César Obeid, que mantém no Youtube o programa Como Transformar Alunos em Leitores Criativos. Segundo ele, literatura é importante para construir experiência de vida e pela troca que proporciona. “Passamos a ver o mundo pelos personagens e a aprender com eles, entrando em um outro universo. Ao nos colocarmos no lugar do outro e viver o que não vivemos pessoalmente, fortalecemos nossa base emocional”, citou, defendendo que leitura motiva a concentração, e a tecnologia dispersa.

Prêmio Jabuti de 2008 e com mais de 50 obras publicadas, Manuel Filho
Afirmou categórico que todo livro acrescenta algo às pessoas, geralmente algo novo. “Retire da sua vida todos os contos, lendas, leituras, aventurar e romances lidos e filmes assistidos. O que sobra? Nada”, desafia.

A mesma defesa fez Marco Haurélio, cordelista e considerado um dos maiores pesquisadores de contos tradicionais do Brasil. Segundo ele, é pelos contos que se mantém a tradição popular e que podem ser adaptados à atualidade porque cabem a qualquer tempo. “É só trocar os personagens”, disse.

Já o ilustrador Luciano Tasso discorreu sobre a importância da imagem em complementação ao texto, como ferramenta de aproximação sentimental do leitor com a narrativa. A seu ver, algumas ilustrações são até mais enfáticas do que o texto porque criam a memória afetiva do que está sendo contado. “Na educação é fundamental que a ilustração seja um elemento do livro, pois cria referências para a criança e aumenta seu acervo iconográfico”, pontuou.

 

Esta matéria foi publicada no Jornal da Metodista.
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