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Metodista recebe primeira reunião de Conselhos Municipais do Brasil sobre a Base Nacional Comum Curricular

Representante do MEC e de diversas cidades discutiram o tema

09/04/2018 11h05 - última modificação 11/04/2018 10h37

“Um momento histórico” — é como os palestrantes presentes na reunião de Conselhos Municipais de Educação definem a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada no final do ano passado. Na sexta-feira (06) educadores se reuniram na Universidade Metodista de São Paulo para realizar a reunião de Conselhos Municipais de 15 cidades da Grande São Paulo, com o objetivo de refletir sobre a aplicação local da Base.

Silvia Donnini, diretora de Formação e Desenvolvimento dos Profissionais da Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), destacou que esta foi a primeira reunião de conselhos realizada no Brasil para debate da Base. “Esse é um momento significativo que vai fazer parte da história do País. Que a participação efetiva e ativa de cada um de nós seja uma aliança pela educação. Que neste momento possamos, apesar das diferenças, trabalhar em consonância para a implementação da Base, respeitando as especificidades locais”.

A abertura da discussão, realizada no período da manhã, foi feita pelo Reitor da Universidade, Paulo Borges Campos Jr.: “Estou honrado em participar de um evento tão significativo. A história dessa Universidade, e da Educação Metodista, se mistura à história da região ABC e não podemos ficar distantes das discussões sobre educação básica. Acredito que a transformação de uma sociedade se dá a partir de uma sala de aula. A Universidade está aberta, ela pertence também a vocês e gostaria que recebesse mais e mais eventos como este”.

A professora Adriana Barroso de Azevedo, Coordenadora de Pós-Graduação e Pesquisa, complementou essas falas de abertura dizendo que a sala de aula une a todos os educadores. “Estamos aqui, juntos, para trabalhar nesse desafio de sair do plano normativo para o plano curricular. A Universidade continuará aberta”. Em seguida, o professor Marcelo Furlin, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação, deu início à mesa-redonda, que abordou a importância da Base e do planejamento curricular.

Mesa-redonda

De acordo com Silvia, a Base é um compromisso de Estado, não de um governo específico. “Pela primeira vez nós temos uma base que define o conjunto de aprendizagens, e elas são essenciais e estruturantes”, diz. A diretora explica que esse debate da Base vem sendo cravado desde 2015 e foi um longo processo para chegar ao documento final. Porém, a Base servirá como um documento para o desenvolvimento de currículos dos municípios e estados brasileiros, pensando nas especificidades de cada um.

Esse é, de acordo com os participantes da discussão, o grande desafio dos educadores: traduzir para a realidade local, os princípios da Base nacional. Paulo Sérgio Garcia, do Conselho Municipal de Educação de São Caetano, ressalta que a região ABC já avançou muito nos projetos de educação, pois tem um plano regional de educação, além de possuir um dos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) mais altos do Brasil, porém, as sete cidades ainda têm grandes desafios pela frente.

“Um estudo de 2016 aponta que a cada uma hora um estudante do ensino médio abandona a escola no ABC. Os municípios têm que colocar isso [a Base] em prática em colaboração”, enfatiza. Garcia reflete, ainda, que alguns dos preceitos estabelecidos pela Base devem ser pensados na realidade das escolas brasileiras, levando em conta que questões como infraestrutura escolar, por exemplo, podem potencializar a educação, mas também podem limitá-la.

“Acredito que discutir o currículo é fundamental. É muito mais do que pensar em áreas de conhecimento, tem a ver com tudo o que organiza a escola, inclusive a gestão”, diz a professora Elisabete Ferreira Esteves Campos, da Pós em Educação da Metodista. Já Percival Tadeu Figueiredo, representante da Secretaria de Educação de São Bernardo do Campo, reforçou que “a Base é o ‘que’ e o currículo é o ‘como’. Se não estivermos juntos, não vai funcionar. Temos que fazer isso se forma parceira”.

Grupos de discussão

A Reunião de Conselhos foi aberta apenas a educadores e autoridades e todas as vagas foram preenchidas. Durante o período da tarde, os grupos foram divididos em salas sobre Educação Infantil, Ensino Fundamental I e Ensino Fundamental II. Após as discussões, um representante de cada grupo compartilhou com o restante dos participantes as temáticas abordadas na sala de aula.

Débora Bezerra, Coordenadora do curso de Matemática da Metodista, participou da conversa sobre o Ensino Fundamental II. “Antes de discutir o currículo, precisamos pensar em qual cidadão nós queremos formar, além de não esquecer o histórico dos municípios e estados. E sem ter a formação dos professores, não haverá a implementação da base. O professor precisa se apropriar da base e acreditar na base, mas é preciso que seja oferecida uma formação”, diz.

“Em nome da Universidade Metodista e da Pós-Graduação em Educação, eu agradeço a participação de vocês nesse dia de compromisso. Nossa intenção era, não só a formação, mas a socialização de experiências e pensamentos”, finalizou o Coordenador do Programa, Marcelo Furlin.

Confira mais fotos do evento:

Reunião de Conselhos Municipais sobre a Base Nacional Comum Curricular

 

Fotos: Lorena da Silva Ávila e Giovanna Camiotto/AGICOM

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