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Metodista traz a 10ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos no Mundo

Evento percorreu todas as capitais e agora terá circuito de difusão no Brasil e exterior

13/04/2016 14h15 - última modificação 02/05/2016 17h13

A Universidade Metodista de São Paulo acaba de ser selecionada como um dos espaços no Brasil para sediar a 10ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos no Mundo. O circuito principal do evento ocorreu entre novembro e dezembro de 2015 em todas as capitais do país. Em 2016, esse alcance será ampliado em pelo menos mil espaços culturais pelo Brasil e exterior com intuito de expandir a cultura e o debate sobre direitos humanos.

A promoção é da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. As exibições e debates abertos ao público estão programados para os três campi Metodista entre 9 e 28 de maio como atividade de extensão. “É uma excelente oportunidade para a educação em direitos humanos, cidadania e cultura”, comemora professor Oswaldo de Oliveira Santos Junior, coordenador do Núcleo de Formação Cidadã, que está à frente do projeto junto com o Núcleo de Pesquisa Educação em Direitos Humanos e o Núcleo de Arte e Cultura. Veja abaixo as datas da programação.

Entre curtas, médias e longas metragens, a 10ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos no Mundo exibiu 40 filmes em todas as capitais e no Distrito Federal no final do ano passado. Para a Metodista foram selecionados seis.

O circuito foi criado em 2006 como uma das ações da Secretaria de Direitos Humanos do governo federal para celebrar o aniversário da Declaração Universal de Direitos Humanos proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948. Nos últimos 10 anos, buscou a consolidação da cultura e da educação em direitos humanos por meio da linguagem cinematográfica, contribuindo para formar nova mentalidade coletiva para o exercício da solidariedade, do respeito às diversidades e da tolerância.

Segundo a SDH da Presidência da República, em 10 anos o circuito expandiu em alcance e em escopo – da América do Sul para o Hemisfério Sul, e agora, na 10ª Edição, como Mostra Internacional, além de contar, pelo terceiro ano consecutivo, com cerca de mil pontos de difusão pelo País, assumindo caráter descentralizador e democrático.

Contribuir para os debates

Para ser um ponto de difusão, a Metodista passou por avaliação quanto à infraestrutura, acessibilidade e localização, indicando o Salão Nobre como espaço tradicional de atividades culturais. Professor Oswaldo de Oliveira, do NFC, também citou que a universidade desenvolve, dentre outros, o tema dos direitos humanos nos cursos de graduação, além da existência do grupo de pesquisa de educação em direitos humanos que trabalha com o tema. “A proposta consiste, além da exibição dos filmes, em ter um espaço de debate e reflexão sobre as temáticas propostas, com a colaboração de docentes pesquisadores do Núcleo de Pesquisa de Educação em Direitos Humanos e do Núcleo de Formação Cidadã e outros convidados de movimentos sociais que possam contribuir para os debates. Todas as exibições serão abertas ao público”, afirmou.

Realizada pela Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, com produção do Instituto Cultura em Movimento ICEM), o evento tem parceria do Ministério da Cultura e Empresa Brasil de Comunicação, e patrocínio da Petrobras, do BNDES e da Caixa Econômica Federal.

Veja aqui a programação completa e os filmes selecionados para a Metodista a partir de 9 de maio:

500-Os Bebês Roubados Pela Ditadura Argentina – Documentário – Alexandre Valenti, Argentina/Brasil, 2013 (90 min)
Entre 1976 e 1983, a Argentina viveu sombrios anos de ditadura militar. Neste período, famílias inteiras foram despedaçadas pela repressão clandestina empreendida por um estado terrorista que ceifou a vida de cerca de 30 mil argentinos. Dentre as práticas mais aterradoras estava o sequestro sistemático de bebês e crianças, filhos de presos e desaparecidos políticos, que eram apropriados como espólio de guerra. A partir da iniciativa das Avós da Praça de Maio, criou-se o “Banco dos 500”, com mostras de seu próprio sangue, o que possibilitou, até agora, a descoberta de 114 das 500 crianças sequestradas. O documentário narra a incansável luta das “Avós da Praça de Maio” que tem início na Argentina em 1976 e se liga à história do Grupo Clamor, sediado no Brasil. Esta luta das Avós perdura até hoje.
Temática: Infância / Direito à memória e à verdade

Do Meu Lado – Ficção – Tarcisio Lara Puiati, Brasil, 2014 (14 min)
As vidas de duas vizinhas, uma umbandista e uma protestante, começam a se cruzar quando uma infiltração abre um buraco na parede que divide suas casas.
Temática: Diversidade religiosa

O Muro é o Meio – Documentário – Eudaldo Monção Jr, Brasil, 2014 (15 min)
Aborda as pichações de protesto gravadas nos muros da Universidade Federal de Sergipe. São gritos de revolta pela falta de segurança no campus, estrutura e qualidade de ensino. As pichações são mostradas como formas de indignação, reivindicação e também de comunicação contra a apatia das paredes brancas que abafam os conflitos socioculturais.
Temática: Direito à participação política

Félix, o Herói da Barra – Documentário – Edson Fogaça, Brasil, 2015 (72 min)
Félix, herói fundador da comunidade de Barra de Aroeira (TO), seria um ex escravo que teria lutado na guerra do Paraguai e recebido de D. Pedro II uma grande extensão de terras pela sua atuação no conflito. A perda do documento real gerou um conflito pela posse das terras que dura mais de 50 anos. A comunidade atual então se autorreconheceu como quilombola para, em uma derradeira ação, garantir o direito à terra que ocupam.
Temática: Direito da população afrodescendente

Porque Temos Esperança – Documentário – Susanna Lira, Brasil, 2014 (71 min)
Mostra a jornada de uma mulher pernambucana (Marli) e sua rejeição a tudo o que parece não ter jeito. Vivendo profundos dilemas na vida pessoal e na tentativa de reconstruir outras vidas, ela inicia trajetória pelos presídios de Recife na intenção de que pais reconheçam seus filhos. Experimentando na própria pele a solidão, Marli nos mostra que o afeto pode ser redentor e que a falta de esperança é o mal mais intolerável para o ser humano.
Temática: Registro civil de nascimento

Abraço de Maré – Documentário – Victor Ciriaco, Brasil, 2013 (16 min)
O dia a dia de quem mora em um centro urbano é sempre atribulado. Porém, bem no meio disso tudo, cinco pessoas vivem na mais pura sintonia entre natureza e cidade. Do asfalto ao mangue, o curta-metragem documental traz para a tela a história de vida de uma família ribeirinha, que mora em casa de taipa às margens do rio Potengi. O filme nos leva a refletir sobre essa dualidade e sobre o quanto a realidade que nos parece ser tão distinta nos é, na verdade, tão próxima.
Temática: Combate à pobreza / Direito à educação

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