Cátedra UNESCO/UMESP debate sobre música pós-gênero no primeiro Workshop do ano
27/04/2018 10h55 - última modificação 27/04/2018 13h24
Vittória Cataldo
A ideia de enquadrar as músicas em gêneros musicais definidos parece ter ficado no passado. Buscando refletir e debater sobre os novos cenários da indústria fonográfica, a Cátedra Unesco de Comunicação promoveu o Workshop “Música Pós-Gênero: experimentalismo na música pop”, na última quarta-feira, 25, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). O evento foi ministrado por Nilton Carvalho, aluno do programa de Pós-graduação da UMESP, que investiga essa temática em seu doutorado.
No início da apresentação, o doutorando explicou sobre sua pesquisa exploratória, experimentalismo, gêneros musicais e os autores que utiliza para fundamentar o seu trabalho. No decorrer da apresentação, falou sobre os gêneros fonográficos, as classificações da música pop e sobre as diversas produções ocidentais, como a música clássica, romântica, a bossa nova, etc.
Nilton esclareceu que gêneros musicais são territorialidades, que podem ser entendidos como significados historicamente fixados nas mídias e pelas mídias e declarou que “nossa relação com a música passa por regimes de identificação”. De acordo com ele, a vestimenta, o modo e os gestos que a banda utiliza no momento da performance contribui para formar esses regimes de identificação.
Para o pesquisador, a quebra de padrões, a mistura dos gêneros fonográficos, o hibridismo de sons e instrumentos em uma mesma canção e o experimentalismo musical fazem parte do que pode-se chamar de música pós-gênero. Segundo ele, o rompimento com as formas tradicionais de se fazer música pode caracterizar não apenas novos gêneros, mas também novas linguagens corporais e valores morais no cenário musical contemporâneo.
Nilton apresentou alguns exemplos de músicas “Pós-Gênero” e no final do Workshop abriu um debate sobre o tema apresentado.