Coordenadora do NUTI participa de entrevista sobre novo perfil da 3ª Idade
07/02/2011 10h28 - última modificação 07/02/2012 08h25
Carla PHAR Cesar, coordenadora do Núcleo da Terceira Idade, participou de entrevista sobre a mudança de perfil da terceira idade, que busca cada vez mais o ensino superior.
Confira a matéria publicada pelo Jornal O Estado do Rio de Janeiro online
Terceira Idade disputa vaga na faculdade
  Exame Nacional do Ensino Médio registra participação  significativa de candidatos com mais de 60 anos 
Por Andréa França
Um dado chamou a atenção no Exame Nacional do Ensino Médio  (Enem) de 2010. Dos mais de 3 milhões de estudantes que fizeram a prova, cerca  4.268 mil candidatos tinham um perfil diferente: eles tinham mais de 60 anos. Especialistas garantem que voltar a estudar nessa  faixa etária pode melhorar a autoestima.
  Segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostra por  Domicílios de 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a  população de 60 anos ou mais teve um crescimento de 697 mil pessoas entre 2008 e 2009.  Em 2009, 11,3% dos brasileiros tinham 60 anos ou mais. As regiões Sul e Sudeste  apresentaram os maiores percentuais nesta faixa etária.
  Luciene Miranda, mestre em psicologia, colunista do site “Cuidar  de Idosos” e membro da ABRAZ-MG - Regional Juiz de Fora, explica como manter o  corpo e a mente ativos é muito importante em todas as faixas etárias. “Mesmo  com muitas mudanças sociais positivas pelas quais tem passado o processo de  envelhecimento, o idoso tem uma tendência natural a se afastar de seus papéis sociais”,  afirma a especialista. Segundo a psicóloga, manter a mente ocupada é essencial,  e a atividade acadêmica é apontada como um fator protetor para um  envelhecimento saudável do ponto de vista cognitivo.
  A consultora de vendas, Antonieta Cardoso, 55, cursou a  faculdade de Letras e explica que sempre teve vontade de voltar a estudar. Ela  diz que pretende fazer outros cursos. Para aproximar ainda mais as pessoas e  trocar experiências, Antonieta criou a comunidade “Terceira Idade na  Faculdade”, que surgiu no momento em que ela percebeu que a terceira idade  estava sendo cada vez mais integrada na vida acadêmica. “Resolvi criar a  comunidade para que na página virtual também tivéssemos nosso espaço tão  merecido, ganho à custa de uma longa espera e de tantas  discriminações, afinal o grande fator positivo para este grupo social é a  experiência e a vivência adquiridas”, diz.
  Algumas universidades já oferecem cursos voltados para o  público mais experiente. A coordenadora do núcleo da Terceira Idade da Universidade  Metodista de São Paulo, Carla PHAR César, conta que a Universidade Livre para a  Terceira Idade foi criada em maio de 1998 e relançada em novembro do ano  passado. “Transformamos a Universidade em Núcleo da Terceira Idade, com o  intuito de oferecer, além de cursos de curta e longa duração, atividades de  extensão e pesquisa”, ressalta.
Mudanças na vida 
  As mudanças na vida de uma pessoa que volta a estudar nessa  faixa etária podem ser muito boas. A coordenadora do núcleo da Terceira Idade  da Universidade Metodista de São Paulo Carla PHAR César, destaca que além de  autoestima, ressalta-se ainda a co-responsabilidade com seu entorno social.
  A psicóloga Luciene Miranda afirma que estudar é muito  positivo, pois promove a atividade, já que o aluno idoso passa a contar com uma  nova rotina. Estudar e se dedicar para aprender coisas novas pode gerar a  ocorrência de relações interpessoais com pessoas de diferentes faixas etárias.  Luciene explica que é possível perceber uma mudança em pacientes, quando eles  iniciam uma atividade. “A pessoa que inicia uma atividade prazerosa melhora sua  autoestima, sente-se capaz, realizada e autoconfiante”, conta.
 
                    