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Influência de Enriquecimento Ambiental sobre o comportamento depressivo em camundongos fêmeas, portadoras do tumor de Ehrlich, na forma sólida

Autor: Guilherme Fernandes Mendes
Orientadora: Silvia Regina Kleeb

A depressão é secundária a alterações neuroquímicas e neuroplásticas cerebrais. A primeira sugere um déficit dos neurotransmissores como a serotonina, noradrenalina e dopamina, hipótese reforçada pela ação dos antidepressivos tricíclicos, inibidores da monoaminoxidase e inibidores seletivos de recaptação de serotonina e noradrenalina, revertendo manifestações depressivas. Porém, na gênese desse distúrbio psiquiátrico podemos citar ainda a participação de elementos inflamatórios, tais como citocinas e espécies reativas de oxigênio comprometendo o processo de neurogênese. E estes mesmos elementos participam na iniciação e promoção das neoplasias. É sabido que eventos depressivos são cerca de duas vezes mais incidentes em mulheres, o perfil hormonal, a distinção anatômica e funcional cerebral, são determinantes para essa diferença, inclusive em roedores. Outra forte relação estabelecida é a de desenvolvimento de distúrbios psíquicos em comorbidade com o câncer, dentre eles a depressão figura como a desordem mais frequente em pacientes oncológicos. Estudos realizados em camundongos com tendência ao comportamento depressivo, com maior imobilidade no teste de natação forçada, demonstraram maior crescimento neoplásico. Enquanto que, camundongos portadores de neoplasia também mostraram maior imobilidade no teste de natação forçada comparado a animais sem tumor, com diferença entre machos e fêmeas, sugerindo um efeito bidirecional entre o tumor e o comportamento depressivo. Acredita-se que o desenvolvimento neoplásico é influenciado pelo microambiente tecidual associado ao estado psíquico do hospedeiro, comprometendo a sua integridade imunológica. Recentemente tem-se demonstrado efeitos significativos de inibição de crescimento tumoral em animais submetidos a moradias ambientalmente enriquecidas, que consiste em uma estimulação sensorial, cognitiva, motora e social. No intuíto de compreender a relação entre depressão, tumorigênese e enriquecimento ambiental, pretende-se investigar a influência de enriquecimento ambiental (EA) sobre a atividade geral, comportamento depressivo, desenvolvimento do tumor de Ehrlich em camundongos fêmeas. Para tanto, 120 camundongos fêmeas serão submetidos ao EA a partir de 3 semanas de idade e durante 4 e 6 semanas consecutivas e inoculados ou não com o tumor de Ehrlich no dorso, ou permanecerão pelo mesmo tempo em gaiola sem enriquecimento e inoculados ou não com o tumor de Ehrlich. Para avaliação da atividade geral e comportamento depressivo desses animais serão realizados testes de Campo Aberto e Natação Forçada, antes e 10 dias após a inoculação do tumor. Após a última avaliação dos testes comportamentais os animais serão eutanasiados para a excisão da massa neoplásica posteriormente avaliada macro e microscopicamente. Ao final pretende-se comparar os dados dos testes comportamentais, de volume tumoral entre os animais pertencentes ao ambiente enriquecido e aqueles que foram alojados em moradia padrão.

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