Estudo da ação do veneno bruto do escorpião Tityus bahiensis sobre aorta isolada de rato
Aluna: Rubya Amélia Rossetti
As toxinas presentes nos venenos de escorpião atuam, de modo geral, ativando canais de NA+ ou bloqueando os canais de K+, levando a um aumento da excitabilidade neuronal e liberação de neurotransmissores. Em estudo recente realizado em nosso laboratório verificamos que o veneno do escorpião Tityus bahiensis (VTb) promove contração e relaxamento da aorta isolada de rato (AIR), sendo esses efeitos implicados com a liberação de mediadores pelas toxinas presentes no veneno. Nosso objetivo é caracterizar a contração e o relaxamento anteriormente observados, buscando esclarecer os mecanismos envolvidos em tais ações do veneno. Os efeitos contrateis e relaxantes do VTb serão utilizados em anéis de aorta torácica de ratos Wistar, machos, de 4-5 meses. Nos experimentos serão utilizadas aortas com e sem endotélio. A presença ou ausência do endotélio será verificada pela efetividade de acetilcolina (30mM) em promover relaxamento da AIR pré-contraída com 30mM de noradrenalina (NA). Nos experimentos de relaxamento após a verificação da presença ou ausência do endotélio, será adicionada a preparação 1mM de tetrodotoxina, 1mM de atropina, ou 0,1mM de L-NAME. As preparações serão novamente pré-contraídas com NA e, após a obtenção do efeito máximo, o VTb (300mg/mL) será adicionado, sendo seus efeitos registrados por 5 minutos. Nos experimentos de contração também serão utilizadas aortas com e sem endotélio, conforme descrito anteriormente. Após a verificação da presença do endotélio, os efeitos VTb (300mg/mL) será avaliado na ausência ou presença de 1mM de prazosin (antagonista adrenérgico), 0,1mM de suramina (antagonista purinérgico), e uma combinação de prazosin+suramina. A análise da vigilância (ANOVA), seguida do teste Tukey será utilizada para detectar diferenças entre os grupos. A probabilidade de p<0,05 será considerada como sendo capaz de revelar diferenças significantes.