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Confiança na economia ainda é baixa, mas alguns cenários têm ligeira melhora, aponta IndústriABC

Levantamento do Observatório Econômico da Universidade Metodista é feito em parceria com CNI e Fiesp

20/05/2016 14h45 - última modificação 20/05/2016 15h52

Ainda influenciados pela baixa atividade econômica que invadiu 2016 após a queda de 3,8% do PIB no ano passado, os industriais do ABC paulista mantiveram-se pessimistas no primeiro trimestre deste ano. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da região somou 29,2 pontos, mais uma vez abaixo dos indicadores nacional (36,2) e do Estado de São Paulo (33,1), que também são negativos, conforme o 2º Boletim IndústriABC realizado pela Universidade Metodista de São Paulo em parceria com CNI (Confederação Nacional da Indústria) e Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo).

A escala da pesquisa vai de 0 a 100, ou seja, quanto mais perto de 0 mais desfavorável é a expectativa em relação ao País e quanto mais próximo de 100 pontos, melhor é o grau de confiança. O 50 indica nível de indiferença ou estabilidade. No primeiro Boletim IndústriaABC, referente ao último trimestre de 2015, o Índice de Confiança Industrial do ABC na economia situou-se em patamar ainda mais baixo, de 26,8 pontos, para 36,5 no Brasil e 32 no Estado de São Paulo.

Mesmo com a maior parte dos empresários descontente em relação às condições atuais e expectativas futuras da economia no início deste 2016, houve ligeira melhora na perspectiva para a evolução da demanda, dos empregos e de compras de matéria-prima na indústria do Grande ABC. Houve redução do pessimismo quanto à demanda interna, que subiu de 35,7 pontos em dezembro para 44 pontos em abril. A perspectiva para evolução no número de empregados saiu de 37,8 em dezembro para 42,9 em abril e a expectativa para evolução das compras de matérias-primas foi de 40 para 45,8 no mesmo período.

“A atividade industrial vinha em queda constante. A ligeira alta pode ser uma adequação de estoques e produção”, comenta professor Sandro Maskio, coordenador do Observatório Econômico da Metodista, responsável pela tabulação dos dados regionais da pesquisa CNI.

Região fortemente industrial (o peso da indústria chega a 25% do PIB no ABC, contra 19% de igual fatia do setor no PIB nacional), o Grande ABC amarga o cenário hostil do setor automobilístico, do qual é dependente. Todos os indicadores na região estão abaixo de 50 pontos, à exceção das exportações, cuja perspectiva de evolução saiu de 57,1 pontos em janeiro para 52,5 em abril deste ano. A falta de uma política externa clara e as flutuações cambiais observadas neste início de ano prejudicaram uma melhor confiança nas vendas externas.

O indicador de estoque de produtos finais aponta para redução no primeiro trimestre de 2016 no Brasil (de 46,6 em dezembro para 48,9 em março e abril de 2016, ou seja, mais perto dos 50 pontos de estabilidade). No ABC, foi de 50,7 em dezembro para 55,6 em março, mas despencou para 36,9 em abril – quando houve um aumento dos estoques efetivos porque produziu-se mais do previsto.

Desemprego em 16%

Uma das consequências do ambiente de baixa atividade produtiva é a queda no nível de emprego, apontada pela elevação do índice de desemprego apurado pelo SEADE para o ABC paulista, que voltou a registrar patamar acima de 16% da PEA.

Nesse cenário, a intenção de investimentos para os próximos seis meses continua em baixa. No Brasil, a intenção de investir baixou de 41,6 em dezembro passado para 40,7 em abril deste ano. No Grande ABC, a intenção de investimento desceu de 44,9 em dezembro para 39,4 em abril. “No ambiente de retração e baixa produção, seria uma ousadia investir em inovação, por exemplo. Mesmo em novas máquinas, não se trata de investimento pequeno quando se fala em indústria”, pontua professor Sandro Maskio.

Os principais problemas apontados pelas indústrias do ABC que afetaram suas operações no primeiro trimestre de 2016 foram a falta de demanda interna atribuída à recessão e ao corte de consumo das famílias (80%), a elevada carga tributária (55%) taxa de juros e a falta de capital de giro (25%).

Acesse aqui a íntegra da pesquisa.

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