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Universidade Zuyd da Holanda aposta em sala de aula invertida para estimular alunos

Professora Alexandra Montague falou sobre Metodologias Ativas em palestra na Metodista

22/11/2017 16h20 - última modificação 24/11/2017 12h27

Professora Alexandra: material didático on-line e grupos de no máximo 3 alunos em aula

Jovens distraídos nas redes sociais, pouco habituados a leituras profundas, resistentes a fazer trabalhos escolares em casa e com pouco engajamento social são algumas características da atual geração que desafiam instituições de ensino. Se por um lado a internet permite intercambiar conhecimentos ao infinito, por outro lado raras vezes a academia se viu tão embaraçada em acertar a melhor forma de ensinar.

Desenvolvendo motivações que mesclam inovação em ações educativas com preservação da qualidade de ensino à moda antiga, a Universidade Zuyd de Ciências Aplicadas tem obtido êxito com o método de Flipped Classroom, ou sala de aula invertida. Conforme Alexandra Montague, professora da Faculdade de Estudos Internacionais da universidade holandesa, professores circulando em sala e estimulando discussões em grupos, equipes de trabalho com no máximo três alunos, além de permissão para leituras online ou vídeos relacionados à aula, são algumas estratégias para manter estudantes motivados.

“Uma agenda é montada contendo todos os vídeos que eles precisam assistir antes de vir à aula. As ações programadas são impressas e os alunos decidem se começam com uma atividade escrita, um vídeo ou um exercício on-line. O professor interage e corrige a lição na própria aula. Não tem tarefa de casa, todos têm que realizar as atividades da aula presencialmente. Não vale só um fazer e assinar pelo grupo, por isso as equipes têm no máximo três integrantes”, explicou a professora de Zuyd, que compartilhou experiências sobre Metodologias Ativas de Ensino com diretores e coordenadores de cursos da Universidade Metodista de São Paulo na tarde de 16 de novembro último.

Alunos-guia

Ela tomou como referência o curso de Espanhol da instituição holandesa mencionando que, além de dois anos de matérias básicas, o 3º é cursado em um país de língua espanhola e no 4º há estágio ou participação em startups espanholas. Há também ‘coaching program’, treinamento para autodesenvolvimento, e ‘business behavior’.

Outras estratégias adotadas além da metodologia Flipped Classroom são o uso de cronômetro para atividades em que alunos têm que falar em espanhol, a fim de disciplinar o tempo do domínio da língua, e a prática de dançar, cantar e ler em voz alta. Os próprios alunos são guias uns dos outros, chamados de ‘peer guidance’, e há também guias on-line para praticar a língua.

“Também introduzimos literatura de livros e artigos para estimular a leitura além dos tópicos dados em aula. Os livros fazem parte da pauta de discussões em sala de aula, em que há participação com tomada de notas e preparação de comentários”, explicou Alexandra Montague, ao explicar que a internet torna-se aliada do ensino quando hospeda o material didático: “O aluno pode rever as matérias quando quiser ou se preparar para a aula, acabando com a desculpa de que não entendeu o tema ou faltou no dia da temática”, acrescentou.

Bola de neve

A professora de Zuyd apontou que também prendem a atenção dos jovens estratégias como note-taking (tomar notas do que está em discussão) e snow-balling, ou bola de neve, em que um debate começa com duas pessoas e cresce com mais duas, sucessivamente, de modo que ao final o tema agregou vários pontos de vista e todos na sala participaram com opiniões. “São formas de combater o desinteresse por algum tema e de impedir a dominação dos extrovertidos sobre os mais introvertidos”, disse.

A experiência da Universidade de Zuyd é uma das várias propostas de intercâmbio que a Metodista pretende explorar em 2018 dentro de dois desafios: conhecer os novos caminhos da educação para corresponder às demandas dos atuais alunos “tecnológicos” e capacitar o professor para trabalhar com Metodologias Ativas de Ensino na versão mais avançada da Atualiza, a plataforma 3.0, chamada de Atuali3.O, conforme apontaram a coordenadora da Educação a Distância Metodista, professora Adriana Azevedo, e Marcelo Moreira, responsável pela dinamização da plataforma on-line de ensino e capacitação de docentes. Já a coordenadora da Assessoria de Relações Internacionais, Vanessa Martins, pretende criar novos termos de cooperação com Zuyd, com a qual a Metodista já promove intercâmbio de alunos.

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