Questão 2

Questão 2

Em seu primeiro ano de mandato, em 2017, Donald Trump tomou uma série de iniciativas polêmicas. Retirou-se do Acordo de Paris, que estabelece metas de redução de gases do efeito estufa, e do Acordo Transpacífico, um bloco destinado a ser a maior área de livre-comércio do mundo. Além disso, contrariou a comunidade internacional a reconhecer Jerusalém como capital de Israel e adotou medidas para impedir a entrada de imigrantes muçulmanos nos EUA. Essas ações demonstram o pouco apreço de Trump ao sistema internacional e o seu desejo de retirar o país do protagonismo mundial. A histórica liderança que os EUA exerciam nos principais temas mundiais começa a se esvaziar, abrindo espaço para que novos atores ocupem esse papel. Países como China, Alemanha, França e Rússia começam a ampliar sua influencia em temas (comércio, globalização) e regiões geopolíticas (Oriente Médio, África) antes sob domínio norte-americano. Em 2018, Trump pode aprofundar essa política ao retirar-se do Nafta, o bloco comercial que divide com México e Canadá, e tentar esvaziar ainda mais o poder da ONU. Internamente, as investigações sobre seu possível envolvimento na interferência da Rússia durante eleições presidenciais continuarão avançando e podem abalar a sua presidência. 2018 promete ser um ano decisivo para as negociações que irão determinar as condições para a retirada do Reino Unido da União Europeia – o Brexit. Votado em 2016, britânicos e europeus têm até o início de 2019 para definir os termos do divórcio. Para o Reino Unido, o ideal é recuperar o controle sobre suas fronteiras e a soberania política e econômica. No entanto, o país quer manter os privilégios do acesso ao mercado europeu e os vantajosos acordos comerciais com a região. Mas a União Europeia promete jogar duro para mostrar que não é vantajoso abandonar o bloco e desestimular outros membros que queiram seguir o exemplo britânico. Paralelamente, a União Europeia enfrenta outros problemas internos. Pretende avançar em reformas que garantam maior autonomia econômica aos membros sem perder a unidade do bloco – o problema é como resolver esse dilema. O descontentamento de muitas nações com o fraco desenvolvimento econômico e o aumento da imigração abrem espaço para a ascensão de políticos nacionalistas, com um discurso anti-europeu, que vêm ampliando sua participação nos parlamentos locais. "O massacre americano para por aqui e para agora", prometeu o presidente Donald Trump ao tomar posse, em 20 de janeiro de 2017. O discurso da campanha que o levou à Casa Branca foi carregado de referências econômicas. Trump falou sobre desequilíbrios comerciais e revitalização de fábricas, sobre empregos e impostos. O ponto mais concreto foi a promessa de redistribuição: "Os homens e mulheres esquecidos de nosso país não serão mais esquecidos." Em última análise, a hora de julgar o desempenho de Trump na economia e em outros tópicos será em 2020. Mesmo assim, é interessante dar uma olhada em como a economia americana evoluiu no governo dele, particularmente nas áreas contempladas nas maiores promessas. "Eu daria a ele nota 10 em economia e acho que quase todo americano também", diz Stephen Moore, analista de política econômica que assessorou Trump durante sua campanha e que trabalhou no plano de reforma fiscal aprovado recentemente. Mencionando o boom das bolsas de valores, a taxa de desemprego de 4,1%, o crescimento do PIB e o aumento do nível de confiança dos empresários, Moore diz que difícil é encontrar o que não deu certo para Trump na economia, até agora. De fato, muitos indicadores mostram um bom desempenho da economia nos EUA, certamente melhor do que muitos economistas haviam previsto no caso de uma eleição de Trump. A questão é até que ponto é ele o responsável por esses sinais saudáveis e por quanto tempo isso vai continuar. "A recuperação está em andamento desde 2010", diz o economista Robert Scott, do Economic Policy Institute, think tank sediado em Washington. Segundo ele, os indicadores econômicos positivos dos EUA são parte de uma tendência de oito anos, que está agora ameaçada pela presidência de Trump. "Há também muitos indicadores que preocupam. O número real de empregos criados está numa tendência decrescente constante. A alta dos salários também é fraca", avalia. No centro da campanha eleitoral de Trump estava a promessa de melhorar a situação do trabalhador americano comum e redistribuir a produção de riqueza da nação. Mas é aí que muitos opositores da presidência de Trump veem a divergência mais forte entre o que foi prometido e o que está acontecendo. "Ele traiu as pessoas que o elegeram", diz Scott. "O que vimos foi uma série de passos que foram tomados que tiraram os rendimentos dos trabalhadores para dar àquele 1% do topo da pirâmide", afirma o economista. Scott diz que, desde que Trump chegou ao poder, o Departamento de Trabalho dos EUA, tendo em mente os interesses dos empresários, cancelou uma série de regulamentos que vigoravam para proteger funcionários, como regras de horas extras, percentual de gorjeta que pode ser levado para casa e segurança e saúde no local de trabalho. Moore, que trabalha no think tank conservador The Heritage Foundation, acredita que o instinto pró-negócios de Trump é uma das principais razões pelas quais os mercados de ações dos EUA cresceram tanto desde as eleições. "Acho que investidores e empregados acreditam que Trump é um presidente pró-negócios, e isso se reflete na confiança dos investidores no desenvolvimento da economia ", ressalta. "Ele é singularmente responsável por isso.”
Fonte: https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/10-temas-internacionais-para-voce-estudar-em-2018/
http://www.dw.com/pt-br/em-um-ano-o-que-trump-fez-pela-economia/a-42158052
Observe as charges a seguir:

Fonte: http://jornalibia.com.br/colunistas/versa/charge-103/

Fonte: https://www.opovo.com.br/jornal/charges/2018/01/charge-guabiras-15-01-2018.html
Após a leitura do texto e observação das charges leia as afirmações a seguir e indique a alternativa que contém a sequência correta, utilizando V para verdadeira e F para falsa.
I – Donald Trump parece com um elefante em uma loja de cristais, seu comportamento errático não auxilia um bom relacionamento internacional que potencializaria um aumento do comércio mundial e a prosperidade entre os países, nem sempre uma solução extremada como a opção ultranacionalista em uma eleição resultará em bons resultados para a população em médio e longo prazo. 
II – As últimas medidas do presidente Donald Trump parecem não fazer sentido em médio e longo prazo, um bloqueio de entrada de aço chinês fazendo com que a matéria prima interna fique mais cara e gerando aumento de preços dos produtos aliado a uma renúncia de receitas a forma de devolução de impostos para a população, fazendo com que aumente o consumo gerando mais inflação, as moedas de todo o mundo já precificam uma desvalorização das moedas locais em relação ao dólar uma vez que será inevitável um aumento de taxa de juros nos EUA para combater a inflação.
III – Donald Trump é o mais sereno de todos os presidentes americanos, semeia a paz pelo mundo, auxiliou o acordo de paz entre as Coréias dos Norte e do Sul e agora atua junto com a Rússia para selar acordo de paz entre a Síria e os rebeldes.
IV – O presidente Donald Trump é acusado por problemas de atuação indevida da Rússia nas eleições americanas, inclusive com o vazamento de e-mails de sua oponente Hilary Clinton.