Questão 1
            
            
                
                A imigração haitiana para o  Brasil passou a ter grande repercussão na imprensa a partir de 2010. Devido ao  pior terremoto do país, muitos haitianos redescobriram o Brasil como rota  alternativa para migração. O país já havia sido uma alternativa para os  haitianos desde 2004, e isso se deve à reorientação da política externa  nacional para alcançar a liderança regional nos assuntos comunitários.
  A descoberta e a preferência pelo  Brasil também sofreram influência da presença do exército brasileiro no Haiti,  que intensificou a relação de proximidade entre brasileiros e haitianos. Em  meio a esse clima amistoso, os haitianos presumiram que seriam bem acolhidos em  uma possível migração ao país que passara a liderar a missão da ONU.
  No entanto, os imigrantes  haitianos têm sofrido ataques xenofóbicos por parte da população brasileira.  Recentemente, uma das grandes cidades brasileiras serviu como palco para uma  marcha anti-imigração, com demonstrações de um crescente discurso de ódio em  relação a povos imigrantes marginalizados.
  
  Observa-se, na maneira como esses  discursos se conformam, que a reação de uma parcela dos brasileiros aos  imigrantes se dá em termos bem específicos: os que sofrem com a violência dos  atos de xenofobia, em geral, são negros e têm origem em países mais pobres.
SILVIA, C. A. S: MMORAES, M. T. A  política migratória brasileira para refugiados e a imigração haitiana. Revista  do Direito. Santa Cruz do Sul, v.3, n. 50, p. 98-117, set./dez. 2006  (adaptado).
 
            
            
                
                
                    
        
      
        
      
      
    
    
                
                
                
                
            
            
                
                Questão 2
Em seu primeiro ano de mandato, em 2017, Donald Trump tomou  uma série de iniciativas polêmicas. Retirou-se do Acordo de Paris, que  estabelece metas de redução de gases do efeito estufa, e do Acordo  Transpacífico, um bloco destinado a ser a maior área de livre-comércio do  mundo. Além disso, contrariou a comunidade internacional a reconhecer Jerusalém  como capital de Israel e adotou medidas para impedir a entrada de imigrantes  muçulmanos nos EUA. Essas ações demonstram o pouco apreço de Trump ao sistema  internacional e o seu desejo de retirar o país do protagonismo mundial. A  histórica liderança que os EUA exerciam nos principais temas mundiais começa a  se esvaziar, abrindo espaço para que novos atores ocupem esse papel. Países  como China, Alemanha, França e Rússia começam a ampliar sua influencia em temas  (comércio, globalização) e regiões geopolíticas (Oriente Médio, África) antes  sob domínio norte-americano. Em 2018, Trump pode aprofundar essa política ao  retirar-se do Nafta, o bloco comercial que divide com México e Canadá, e tentar  esvaziar ainda mais o poder da ONU. Internamente, as investigações sobre seu  possível envolvimento na interferência da Rússia durante eleições presidenciais  continuarão avançando e podem abalar a sua presidência. 2018 promete ser um ano  decisivo para as negociações que irão determinar as condições para a retirada  do Reino Unido da União Europeia – o Brexit. Votado em 2016, britânicos e  europeus têm até o início de 2019 para definir os termos do divórcio. Para o  Reino Unido, o ideal é recuperar o controle sobre suas fronteiras e a soberania  política e econômica. No entanto, o país quer manter os privilégios do acesso  ao mercado europeu e os vantajosos acordos comerciais com a região. Mas a União  Europeia promete jogar duro para mostrar que não é vantajoso abandonar o bloco  e desestimular outros membros que queiram seguir o exemplo britânico.  Paralelamente, a União Europeia enfrenta outros problemas internos. Pretende  avançar em reformas que garantam maior autonomia econômica aos membros sem  perder a unidade do bloco – o problema é como resolver esse dilema. O  descontentamento de muitas nações com o fraco desenvolvimento econômico e o  aumento da imigração abrem espaço para a ascensão de políticos nacionalistas,  com um discurso anti-europeu, que vêm ampliando sua participação nos  parlamentos locais. "O massacre americano para por aqui e para  agora", prometeu o presidente Donald Trump ao tomar posse, em 20 de  janeiro de 2017. O discurso da campanha que o levou à Casa Branca foi carregado  de referências econômicas. Trump falou sobre desequilíbrios comerciais e  revitalização de fábricas, sobre empregos e impostos. O ponto mais concreto foi  a promessa de redistribuição: "Os homens e mulheres esquecidos de nosso  país não serão mais esquecidos." Em última análise, a hora de julgar o  desempenho de Trump na economia e em outros tópicos será em 2020. Mesmo assim,  é interessante dar uma olhada em como a economia americana evoluiu no governo  dele, particularmente nas áreas contempladas nas maiores promessas. "Eu  daria a ele nota 10 em economia e acho que quase todo americano também",  diz Stephen Moore, analista de política econômica que assessorou Trump durante  sua campanha e que trabalhou no plano de reforma fiscal aprovado recentemente.  Mencionando o boom das bolsas de valores, a taxa de desemprego de 4,1%, o  crescimento do PIB e o aumento do nível de confiança dos empresários, Moore diz  que difícil é encontrar o que não deu certo para Trump na economia, até agora.  De fato, muitos indicadores mostram um bom desempenho da economia nos EUA,  certamente melhor do que muitos economistas haviam previsto no caso de uma  eleição de Trump. A questão é até que ponto é ele o responsável por esses  sinais saudáveis e por quanto tempo isso vai continuar. "A recuperação  está em andamento desde 2010", diz o economista Robert Scott, do Economic  Policy Institute, think tank sediado em Washington. Segundo ele, os indicadores  econômicos positivos dos EUA são parte de uma tendência de oito anos, que está  agora ameaçada pela presidência de Trump. "Há também muitos indicadores  que preocupam. O número real de empregos criados está numa tendência  decrescente constante. A alta dos salários também é fraca", avalia. No  centro da campanha eleitoral de Trump estava a promessa de melhorar a situação  do trabalhador americano comum e redistribuir a produção de riqueza da nação. Mas  é aí que muitos opositores da presidência de Trump veem a divergência mais  forte entre o que foi prometido e o que está acontecendo. "Ele traiu as  pessoas que o elegeram", diz Scott. "O que vimos foi uma série de  passos que foram tomados que tiraram os rendimentos dos trabalhadores para dar  àquele 1% do topo da pirâmide", afirma o economista. Scott diz que, desde  que Trump chegou ao poder, o Departamento de Trabalho dos EUA, tendo em mente  os interesses dos empresários, cancelou uma série de regulamentos que vigoravam  para proteger funcionários, como regras de horas extras, percentual de gorjeta  que pode ser levado para casa e segurança e saúde no local de trabalho. Moore,  que trabalha no think tank conservador The Heritage Foundation, acredita que o  instinto pró-negócios de Trump é uma das principais razões pelas quais os  mercados de ações dos EUA cresceram tanto desde as eleições. "Acho que  investidores e empregados acreditam que Trump é um presidente pró-negócios, e  isso se reflete na confiança dos investidores no desenvolvimento da economia  ", ressalta. "Ele é singularmente responsável por isso.”
  Fonte: https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/10-temas-internacionais-para-voce-estudar-em-2018/
  http://www.dw.com/pt-br/em-um-ano-o-que-trump-fez-pela-economia/a-42158052
  Observe as charges a seguir:
  
  
  Fonte: http://jornalibia.com.br/colunistas/versa/charge-103/
 
  
  Fonte: https://www.opovo.com.br/jornal/charges/2018/01/charge-guabiras-15-01-2018.html
  Após a leitura do texto e  observação das charges leia as afirmações a seguir e indique a alternativa que  contém a sequência correta, utilizando V para verdadeira e F para falsa.
  I – Donald Trump parece com um  elefante em uma loja de cristais, seu comportamento errático não auxilia um bom  relacionamento internacional que potencializaria um aumento do comércio mundial  e a prosperidade entre os países, nem sempre uma solução extremada como a opção  ultranacionalista em uma eleição resultará em bons resultados para a população  em médio e longo prazo.  
  II – As últimas medidas do  presidente Donald Trump parecem não fazer sentido em médio e longo prazo, um  bloqueio de entrada de aço chinês fazendo com que a matéria prima interna fique  mais cara e gerando aumento de preços dos produtos aliado a uma renúncia de  receitas a forma de devolução de impostos para a população, fazendo com que  aumente o consumo gerando mais inflação, as moedas de todo o mundo já  precificam uma desvalorização das moedas locais em relação ao dólar uma vez que  será inevitável um aumento de taxa de juros nos EUA para combater a inflação.
  III – Donald Trump é o mais sereno de todos os  presidentes americanos, semeia a paz pelo mundo, auxiliou o acordo de paz entre  as Coréias dos Norte e do Sul e agora atua junto com a Rússia para selar acordo  de paz entre a Síria e os rebeldes.
 IV – O presidente Donald Trump é acusado por  problemas de atuação indevida da Rússia nas eleições americanas, inclusive com  o vazamento de e-mails de sua oponente Hilary Clinton.
 
            
            
                
                
                    
        
      
        
      
      
    
    
                
                
                
                
            
            
                
                Questão 3
“Ataques realizados por  tropas do regime de Bashar al-Assad contra um enclave rebelde perto da capital,  Damasco, deixaram ao menos 250 mortos (incluindo 58 crianças), (...). 
  Trata-se do maior número de  vítimas em um intervalo de 48 horas no conflito daquele país desde um ataque  químico na mesma região em 2013. (...).
  Desde 2015, quando passaram a  receber ajuda da Rússia, as forças leais a Assad têm ganhado território ‘na  guerra civil, que já dura sete anos’(...)”.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo, 20/fev/2018.  Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/02/ataque-contra-enclave-rebelde-deixa-mais-de-cem-mortos-na-siria.shtml. Acesso  em: 09/ago/2018.
O texto acima se refere a:
  I – guerra civil na Síria.
  II – invasão curda nos  esforços de conquistar território no Afeganistão.
  III – instauração de um  regime democrático na Síria.
 
            
            
                
                
                    
        
      
        
      
      
    
    
                
                
                
                
            
            
                
                Questão 4
As políticas econômicas adotadas ainda no governo de Hugo Rafael  Chávez Frias e mantida por Nicolás Maduro fazem com que a Venezuela passe por  uma das maiores crises humanitárias da América.
Com base nisso, leia atentamente as afirmativas abaixo:
    I) As políticas econômicas resultaram em: falta de  alimentos e produtos básicos para a população; falta de remédios e aumento da  inflação.
    II) Países vizinhos pedem ajuda a ONU para conter a  crise imigratória.
    III)Da população venezuelana, somente aqueles que  residem próximo aos países vizinhos conseguem ultrapassar as fronteiras  procurando oportunidades de emprego e maior qualidade de vida.
 
            
            
                
                
                    
        
      
        
      
      
    
    
                
                
                
                
            
            
                
                
            
            
                
                
                    
        
      
        
      
      
    
    
                
                
                
                
            
            
                
                Questão 6
O protecionismo de Trump é imparável? 
O presidente dos EUA,  Donald Trump, continua insistindo que um déficit comercial é uma perda - e que,  embora exportações americanas sejam boas, as importações de outros países são  ruins e os deficits comerciais são ruins. 
 Muitas pessoas bem informadas, assim como os mercados, culparam tal  argumento pela falta de compreensão de Trump sobre economia e comércio, e  duvidaram das capacidades de implementação de políticas de seu governo. Assim, eles acreditavam que  as chances de a administração implementar uma política comercial protecionista  seriam baixas. Mas agora o atrito comercial entre os Estados  Unidos e seus parceiros comerciais, como China, União Europeia, Canadá e  México, está se intensificando. O Brasil é um player menor mas também  está sendo afetado direta e indiretamente. O fato é que a administração Trump está  constantemente movendo sua agenda protecionista para frente.
 
Trump, provavelmente,  considera os deficits comerciais como sendo perdas, porque vê as exportações  apenas como vendas, enquanto que as importações são custos, gerando saldos  comerciais como “perdas ou lucros” e entende que os deficits comerciais  americanos derivam destes custos maiores do que as suas vendas. Esse tipo de mal-entendido  é frequentemente visto entre executivos que não estão familiarizados com a  macroeconomia e o comércio. Mas a administração Trump não tem assessores,  ou membros do gabinete, que possam corrigir o mal-entendido do presidente. Seus assessores e membros  do gabinete encarregados de questões comerciais, como Peter Navarro, chefe do  Conselho Nacional de Comércio, o secretário de Comércio Wilbur Ross e o  representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, compartilham as opiniões  do presidente. A obsessão do governo em reduzir os deficits  comerciais provavelmente não mudará.
A crença de que os deficits  comerciais são ruins vem da teoria econômica do mercantilismo, mas o presidente  provavelmente não pretende enfatizar o mercantilismo. Na Europa do século XVI ao  XVIII, durante o qual prevalecia o mercantilismo, pensava-se que a quantidade  de ouro e prata determinava a riqueza nacional. Portanto, as exportações e  os superávits comerciais impulsionaram o influxo de ouro e prata, representando  a riqueza nacional, no entanto o contrário era ruim, pois o outro e prata  deixam a nação. Agora que o ouro e a prata não representam a  riqueza nacional, o mercantilismo antiquado é insustentável.
Enquanto isso, a  administração Trump tenta ligar a ideia de que os deficits comerciais são ruins  com a China. De fato, análises persuasivas foram  publicadas sobre o assunto. Um estudo intitulado “O Choque da China”,  publicado em 2016, informou que o aumento das importações de produtos chineses  de 1991 a 2011 causou a perda de 2,4 milhões de empregos nos EUA, com 990.000  empregos perdidos apenas no setor manufatureiro. 
Outra análise disse que muitos  dos trabalhadores que perderam seus empregos devido ao choque da China só  puderam encontrar empregos muito tempo depois e ainda mal remunerados. Esse grupo de pessoas se  sobrepõe à classe trabalhadora branca, que forma o núcleo de apoiadores de  Trump. É por isso que a política comercial da  administração Trump, que reivindica proteger os empregos dos EUA restringindo  as importações da China, recebe certo grau de apoio. 
No entanto, a administração  Trump não tem visão além do seu protecionismo, e políticas comerciais  protecionistas extremas, que possam adotar, quase não há certeza de que terão  os efeitos desejados – que são pela redução do deficit comercial dos EUA, o  renascimento da produção e a restauração de empregos perdidos. Enquanto a economia dos EUA  continuar a experimentar um crescimento estável, seus deficits comerciais, e em  conta corrente, aumentarão e nunca diminuirão, pois o consumo é alto e a  produção interna não conseguirá atender a demanda. 
Qualquer tentativa de  reduzir os déficits comerciais bilaterais restringindo as importações de outros  países, ou impondo altas tarifas, só elevaria o preço das importações ou dos  produtos domésticos concorrentes, aumentando assim os custos para os  consumidores norte-americanos. A própria administração Trump deve estar  plenamente consciente de que é impossível trazer de volta empregos de  manufatura perdidos - em particular os empregos com altos salários para  trabalhadores de média qualificação que o governo afirma que vai reviver. 
  Não se sabe se haverá uma  correção em seu caminho protecionista, isso provavelmente acontecerá quando a  política aumentar a ira dos consumidores americanos, que serão obrigados a  arcar com o custo do protecionismo, ou quando a administração é dispensada por  seus partidários irritados com a falta de benefícios da sua política.
As decisões arbitrárias e as ações improvisadas de Trump  podem acelerar. O Japão e seus negócios terão que prever um risco  razoavelmente alto de políticas comerciais tomadas pela administração Trump que  seriam inconcebíveis do ponto de vista do senso comum - pelo menos por  enquanto. A perspectiva parece de fato muito grave nesse sentido.
  Fonte: Adaptado do texto de Takashi Imamura do “The  Japan Times” de 04.07.2018.
Com base no texto sobre o momento atual de protecionismo  americano, analise as assertivas abaixo:
  
    - Nos últimos anos, os EUA estavam alinhados com o processo de globalização,  no entanto, como muitos empregos americanos foram perdidos, o governo resolveu  alterar sua política externa de negócios e promover impostos e/ou barreiras  tarifárias para todos os países.
 
    - O termo é usado principalmente no contexto da economia, onde  o protecionismo refere-se a políticas ou doutrinas que protegem as empresas e  os trabalhadores dentro de um país, restringindo ou regulando o comércio com  nações estrangeiras. O órgão responsável pela fiscalização dos atos protecionistas  adotados pelos países é a OMC-Organização Mundial do Comércio, com  sede em Genebra, Suíça, cujo papel é promover a liberalização do comércio internacional e o desenvolvimento global.
 
    - Defensores do protecionismo alegam que esta política é utilizada por  praticamente todos os países, em maior ou menor grau e é bastante difundida  pelo mundo.
 
    - Para os críticos do protecionismo, a globalização e a amplitude do livre  comércio, são necessárias para poder sustentar o desenvolvimento global, que a  melhora os padrões de vida para todos e ajudam ainda os países com mais  dificuldades e com menor desenvolvimento econômico social.
 
  
 
            
            
                
                
                    
        
      
        
      
      
    
    
                
                
                
                
            
            
                
                Questão 7
Os britânicos decidiram sair da  União Européia (UE). A decisão do referendo abalou os mercados financeiros em  maio às incertezas sobre os possíveis impactos dessa saída.
  Os gráficos a seguir apresentam,  respectivamente, as contribuições dos países integrantes do bloco para a UE, em  2014, que somam 144,9 bilhões de euros, e a comparação entre a contribuição do  Reino Unido para a EU e a contrapartida dos gastos da EU com o Reino Unido.