Professores iniciam formação para novas abordagens de ensino no século XXI
03/04/2018 11h10 - última modificação 03/04/2018 12h00
Amparado pela tecnologia, pela mudança social e política, o aluno estrutura hoje seu projeto de vida de forma diferente, mais fragmentada, mais plural, por isso a universidade tem que acompanhar esse processo, garantindo adequada aprendizagem e a construção do conhecimento. A partir dessa realidade e de uma pergunta-chave "Concepções pedagógicas: para quê?", professores da Universidade Metodista de São Paulo iniciaram na tarde de 2 de abril curso sobre “A docência universitária no século XXI”.
São três módulos que refletirão sobre novas práticas de ensino-aprendizagem. No primeiro encontro os professores refletiram sobre a importância da concepção pedagógica que orienta a prática cotidiana, compreendendo os percursos e contextos históricos do processo ensino-aprendizagem e como essas questões interferem no planejamento docente.
“Os professores puderam, em suas reflexões, comparar épocas e se colocar na história da educação do País, entendendo as influências e necessidades de época. Isso tudo para entenderem o que se passa com o aluno do século atual”, explica Denise D´Auria Tardeli, professora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação e do curso de Pedagogia, que conduziu o primeiro módulo ao lado da também professora Patrícia Coelho.
O encontro teve um momento de fundamentação histórica, em que foi apresentado quadro comparativo entre os séculos XIX, XX e XXI, dos principais momentos pedagógicos na forma de trabalho, na relação professor-aluno, nos objetivos educacionais e na maneira de avaliar, que variaram muito. “A proposta educacional ao longo deste século e meio mudou substancialmente, de acordo com o contexto político e cultural”, salientou professora Denise.
Inicialmente os professores colocaram suas expectativas sobre o curso e os encontros, demonstrando motivação e interesse em aprender práticas novas ou rever ações já consolidadas de sala de aula. Após a parte expositiva, fizeram discussões em grupos, refletiram sobre suas formações profissionais, como chegaram à vida acadêmica na função de professor e como as ideologias e tendências pedagógicas influenciaram suas formações docentes.
Mapa conceitual
Os professores projetaram suas conclusões na forma de um Mapa Conceitual apresentado ao final para todos, e puderam perceber que cada grupo adotou uma direção, um encaminhamento de seu Mapa. “Contudo, no geral os grupos apresentaram ideias muito próximas e similares, pois o período de formação e atuação profissional dos participantes é quase o mesmo”, destacou Denise Tardeli, que em dupla com professora Patrícia Coelho falou para as turmas da Escola de Comunicação, Educação e Humanidades. Em outro espaço, as professoras Fabiana Cabrera e Cristina Miyuki conduziram o primeiro módulo para docentes da Escola de Ciências Médicas e da Saúde.
A formação “A docência universitária no século XXI” prossegue no dia 16 de abril com o 1º módulo para as Escolas de Engenharias e TI, Gestão e Direito, além de Teologia.
O segundo módulo, sobre “Identidade docente: quem sou eu?”, está programado em dois encontros para 7 e 21 de maio e 14 e 28 de maio, também divididos por Escolas. Finalmente, o terceiro módulo, “Os caminhos da docência: para onde vamos?”, ocorre em 4 e 11 de junho. O objetivo é construir uma cultura permanente de formação docente.
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Esta matéria foi publicada no Jornal da Metodista.
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