Palestina - Qumran
História das escavações
As escavações começaram em 1947 com uma expedição conjunta composta pelas instituições Jordan Department of Antiquities, Palestine Archeological Museum e L’École Archéologicque Française of Jerusalem. O sítio, de aproximadamente 1 km (6 milhas), foi escavado sob os mesmos auspícios durante cinco sucessivas campanhas, de 1951 a 1956. A última compreendeu a região situada entre Qumran e a fonte de Ein Feshkha, 3km ao sul. Perto daí, foi encontrado um complexo de edifícios, escavado em 1958. Uma segunda caverna contendo rolos foi descoberta por beduínos em l952, com acompanhamento das instituições acima, junto agora com a American Scholl of Oriental Research, para a exploração de todo o penhasco. Durante esta campanha foi encontrada a caverna 3, onde estava o Rolo de Cobre. Em 1952 também foi achada a caverna 4 no planalto argiloso, onde também foi encontrada a de nº 5. A caverna 6, fonte de fragmentos de rolos comprados dos beduínos, foi localizada na entrada para o Wadi Qumran. Durante a expedição de l955, as cavernas 7-10 foram descobertas no canto (olhando de cima) do platô de Wadi Qumran, ao sul. Arqueólogos descobriram a caverna 11, na última sessão de escavações.
Períodos de ocupação
Situada sobre o contraforte do planalto, limitado ao sul pelo Wadi Qumran e ao norte e oeste por um desfiladeiro (garganta). Durante cinco expedições arqueológicas, foi escavado um complexo de edifícios, com extensão de 80m leste-oeste e 100m norte-sul. Alguns períodos de ocupação podem ser apontados:
Ferro: o mais antigo assentamento data do período israelita. Várias paredes, re-usadas nas últimas fases, pertenceram a um edifício retangular, na frente do qual havia um pátio com uma grande cisterna redonda. Seu aspecto parece aquelas das fortalezas israelitas do deserto de Judá e do Neguebe. A cerâmica associada a essas estruturas varia do oitavo ao começo do sexto século a.C. Essa data é confirmada por um ostracon com caracteres hebraicos antigos, atribuídos ao período imediatamente anterior ao exílio babilônico. As instalações foram destruídas durante a queda do reino de Judá. Provavelmente pode ser associada com ‘ir há-melah (cidade do sal), uma das seis cidades listadas em Josué 15,61-62 e situada no deserto.
Fase I-a - Depois de muitos séculos de abandono, Qumran foi ocupada novamente, em data difícil de precisar. Os edifícios, em sua maior parte, sofreram adições. Duas novas cisternas foram cavadas, próximas à que havia. O escasso material cerâmico não permite identificação com o período seguinte nem havia moedas. Já que os edifícios da fase I-b foram aparentemente construídos no tempo de João Hircano (134-104 aC), a fase I-a, de pouca duração, pode possivelmente ter começado durante o reinado de Hircano ou, mais provavelmente, durante o reino de um de seus imediatos predecessores - seu irmão Simeão (142-134) ou seu tio Jônatas (152-142).
Fase I-b - Nesse período, as construções foram mais alargadas e tomaram mais ou menos a sua forma final. Elas consistem de um edifício principal com uma torre, um pátio central, salas para uso comum, uma sala para reuniões que servia também como refeitório e uma despensa, onde foram encontrados milhares de vasos (pequenas jarras, pratos, bacias e tigelas). No lado sudoeste havia uma oficina de cerâmica com uma bacia para lavagem da argila, um depósito cavado no chão, um lugar para o movimento giratório das peças cerâmicas e dois fornos. Um outro edifício, situado a oeste, consistia de um pátio cercado por despensas. Entre os dois edifícios havia três cisternas da fase I-a e oficinas. Outras cisternas e dois banheiros foram construídos nas proximidades. Ao norte deste complexo havia um grande e emparedado pátio e ao sul uma esplanada que se estendia ao Wadi Qumran. Ao redor dos edifícios os escavadores encontraram ossos de animais, principalmente ovelhas e cabras mas também vacas e bezerros. A cerâmica desta fase data do fim do período helenístico. As moedas permitem uma datação mais precisa para seu começo. É certo que os edifícios foram ocupados durante o período de Alexandre Janeu (103-76 aC) e podem ter sido construídos antes, sob João Hircano. O fim desta fase é marcado por dois episódios catastróficos: um terremoto, que destruiu duas cisternas, a torre e o edifício principal, a despensa e a sala de reuniões e a extremidade do segundo edifício; e um incêndio, que deixou uma grossa camada nas áreas abertas próximas dos edifícios: parece que o terremoto destruiu os edifícios ocupados que então foram alcançados pelo fogo dos fornos. O sítio foi abandonado na fase I-b. Os edifícios não foram imediatamente reconstruídos nem o sistema de água restaurado. Reparos foram feitos na fase II.
Fase II - O lugar foi abandonado por um breve período e foi novamente ocupado pela mesma comunidade. A configuração geral e a função dos principais edifícios foram mantidas. As refeições, talvez rituais, continuaram a ser praticadas; as salas foram limpas dos entulhos, sendo que algumas delas e duas cisternas foram encontradas fora de uso; as estruturas mais comprometidas foram reforçadas. Uma grande sala com cinco fogões (fornos) era, aparentemente, a cozinha. A oficina de cerâmica continuava em uso; duas outras oficinas entre os edifícios principais são de natureza indeterminada; nas proximidades havia um moinho e um forno. Em uma das salas do edifício principal foram encontradas três mesas (uma grande e duas pequenas), feitas de tijolo; também foram encontrados um banco baixo ao longo das paredes e tinteiros, encobertos por entulhos; isso sugere - para quem para quem pensa que Qumran seja uma espécie de convento - que a sala pode ter sido um scriptorium, no qual os escribas e copistas trabalhavam. Uma grande quantidade de peças cerâmicas foi encontrada na fase II, exceto certas formas especiais de tipo que se originaram na fase I-b, e continuado na fase seguinte como resultado de uma tradição local de trabalho. Fora isso, a cerâmica é virtualmente a do primeiro século d.C., encontrada em tumbas judaicas de Jerusalém e nas escavações da Jericó herodiana. O começo e o fim desta fase podem ser fixados por moedas e por fontes históricas. Depois do terremoto de 31aC, os edifícios foram retomados por Herodes Arquelau, provavelmente entre 4-1 aC. Qumran foi destruída durante a guerra em junho do ano 68 dC quando, de acordo com Josefo, o exército romano ocupou Jericó e Vespasiano visitou o Mar Morto. As moedas descobertas confirmam a data (as últimas da fase II são quatro moedas judaicas do ano três da guerra judaica, em contraste com 68 moedas do ano dois).
Fase III - A guarnição romana estacionada no sítio foi responsável por mudanças radicais encontradas nesta fase. Somente parte das ruínas foram restauradas para uso dos ocupantes; algumas pequenas salas foram construídas ao acaso; foi utilizada somente uma das numerosas cisternas, com simplificação do sistema de água. A cerâmica, escassa, é similar à encontrada em outros sítios do século primeiro dC, sendo que a típica de Qumran estava ausente. As moedas também são menos numerosas e as últimas, que indubitavelmente pertencem a esta ocupação, datam de 72-73 dC. Parece que a guarnição romana se retirou imediatamente depois da queda de Massada, em 73.
A área de Qumran
Os penhascos que dominam Qumran abrigam muitas cavernas naturais. Em 1952 foram encontradas 26 cavernas ou fendas contendo cerâmica idêntica à de Qumran. Essas cavernas foram usadas pelas pessoas que lá habitavam durante as fases I-b e II. Algumas eram apropriadas para abrigo enquanto outras serviam somente como despensas ou como esconderijos para aqueles que viviam em barracas ou tendas nas redondezas. De fato, uma dessas fendas foi encontrada contendo uma barraca. As cavernas da plataforma não são naturais e foram cavadas para formarem habitações. Encontraram-se, ao norte e ao sul do platô de Qumran, dois pequenos cemitérios, nos quais homens, mulheres e crianças foram sepultados. O número de pessoas que lá viviam ou nas cavernas próximas e que participavam das atividades de Qumran, durante o período mais populoso chega a 200. Essas pessoas ganhavam a vida de várias ocupações (como as indicadas pelas oficinas), criação de gado, cultivo de agricultura adequada ao solo árido da região. Entre Qumram e Ein Feshka, três quilômetros ao sul, o litoral plano era irrigado por meio de pequenas fontes, onde até hoje a água de pouco teor de sal facilita o cultivo de cana/junco e arbustos. O sal e o asfalto do Mar Morto provavelmente contribuíram para que os habitantes locais tivessem ocupação adicional. Os recursos naturais da região foram explorados desde a Idade do Ferro. Ruínas de um edifício foram encontradas sob as escavações de Qumran; ele pode datar do nono século aC. Depois de breve ocupação ele foi abandonado quando os ocupantes se mudaram para o platô de Qumran, que oferecia clima mais favorável e melhor posição defensiva. O muro que protegia a área irrigada e cultivada data do mesmo período, que continuou a ser usado. Perto dele foi descoberta uma estrutura quadrática na qual havia cerâmica contemporânea à de Qumran. Essa estrutura foi evidentemente uma proteção (torre) ou um edifício onde trabalhos agrícolas eram feitos dentro da proteção do muro.
Qumran – sede de um grupo religioso?
A área foi habitada várias vezes, começando com os edifícios israelitas da Cidade do Sal até as construções bizantinas em Ein Feshka. A mais importante ocupação se estende da segunda metade do segundo século aC até o ano 68 dC, da qual temos traços nas cavernas dos penhascos e do platô dos edifícios de Qumran e Ein Feshka; o povo que vivia nas cavernas e nas barracas próximas se reunia em Qumran para o cultivo de suas atividades comunitárias. Eles trabalhavam nas oficinas de Qumran (ou em atividades agrícolas em Ein Feshka) e seus corpos eram enterrados em um dos dois cemitérios que lá havia. Este era um grupo altamente organizada, a julgar pelo planejamento dos edifícios que construíram, pelo sistema de abastecimento de água e por outras facilidades comuns e ainda pelo ordenado arranjo das sepulturas no cemitério maior. O especial método de sepultamento, a grande sala de reuniões e de refeições e os restos de utensílios nelas utilizados que foram meticulosamente enterrados - isso indica que a comunidade tinha um caráter religioso e praticava seus próprios e peculiares ritos e cerimônias. Os rolos descobertos confirmam estas conclusões e fornecem informações adicionais. A evidência arqueológica mostra que os rolos pertenciam à comunidade religiosa que ocupou as cavernas e os edifícios de Qumran. Esses rolos são o que sobrou de sua livraria, cujos trabalhos descreviam a organização da comunidade e as leis que governavam seus membros. As descobertas arqueológicas são interpretadas no contexto dessa vida em comunidade. Alguns rolos contêm alusões à história desse grupo religioso, que se separou do judaísmo oficial de Jerusalém para uma existência no deserto, absorvida em orações e trabalho, enquanto esperava o Messias.
Controvérsia
A interpretação dessas referências históricas tem sido objeto de muito debate entre os especialistas. Uma resposta decisiva ou conciliadora não pode ser esperada dos achados arqueológicos, pelo menos por ora. Elas apenas ajudam a reforçar a hipótese de que a comunidade floresceu na costa do Mar Morto, da segunda metade do segundo século aC até 68 dC e que os eventos descritos nos manuscritos ocorreram em Qunran durante esse período. A filiação religiosa da comunidade também tem sido objeto de controvérsia. Muitos especialistas consideram que a comunidade teve, de qualquer forma, contato com os essênios. Plínio relata que eles moravam em isolamento na região de En-Gedi. Há somente um sítio que corresponde à descrição acima: o platô de Qumran. Os essênios de Plínio, então, foram a comunidade religiosa de Qumran-Feshka.
Mais controvérsias
Os seguintes comentários tornam-se indispensáveis, por mais superficiais que possam parecer. Isso porque as considerações acima expostas foram extraídas de fontes escritas por Roland de Vaux, arqueólogo responsável pelas primeiras escavações de Qumran e partidário da tese de que foram essênios os seus habitantes. Todo o trabalho posterior de investigação arqueológica e histórica partiu desse pressuposto. Contudo, mais recentemente começaram a surgir novas e corajosas vozes contrárias que não podem ser silenciadas neste despretensioso trabalho introdutório. Uma delas pertence a um qumranólogo respeitado: Norman Golb . Este erudito estudioso apresenta uma análise serena - mas convincente - em que questiona o “dogma” tradicional segundo o qual Qumran foi sede de uma comunidade religiosa identificada como sendo a dos essênios; aponta as motivações políticas e ideológicas que sustentam tal princípio; analisa o conteúdo dos principais manuscritos encontrados nas grutas de Qumran; por fim, apresenta argumentos científicos, dificilmente irrefutáveis, na defesa de novas luzes na abordagem da questão. No começo dos anos noventa uma equipe de arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém escavou um sítio localizado a três quilômetros ao norte de Cesaréia marítima, chamado Horvat ‘Eleq, na serra conhecida pelo nome de Ramat Hanavit. Concluiu-se que o sítio era uma verdadeira “praça fortificada”, como as mencionadas por Josefo e pelos livros dos Macabeus. O chefe da equipe, Yizhar Hirschfeld, registra que os asmoneus construíram dezenas de fortificações por toda a Judéia, não só para proteção da população, mas também para controle das vias de transporte e manutenção da ordem. O que surpreende nisso tudo é que há muitas semelhanças entre Horvat ‘Eleq e Qumran, como a torre, complexos habitacionais a ela ligados, sistema de abastecimento de água, além de uma piscina e uma casa de banhos. Hirschfeld enviou uma correspondência a Golb, em 1995, na qual registra o seguinte: “...a semelhança arqueológica entre os dois sítios é inegável. Ambos apresentam uma [torre de] fortaleza equipada com depósitos subterrâneos e com uma parede frontal de pedra (proteichisma), e ambos os complexos habitacionais foram encontrados nas proximidades da torre... Também em Qumran havia dois complexos habitacionais, um de cada lado da torre... Um estudo comparativo das descobertas arquiológicas demonstra que Ramat ha-Nadiv e Qumran não eram os únicos fortes rurais da Palestina..., mas podem ser incluídos entre uma série de outras... fortalezas do período do segundo templo descobertas na área rural, tais como as que foram encontradas em ‘Ein et Turabeh perto de Qumran, em ‘Ein Guedi, em ‘Arad, em ‘Aroer, nas colinas de Hebron e no norte da Palestina, em Sha’ar ha-’Amaqim e Horvat Teffen.” Essa admissão não foi suficiente para que houvesse uma mudança no quadro dos estudos de Qumran, pois tornavam-se evidentes os traços de semelhança entre os dois sítios e a finalidade militar de cada uma delas. Portanto, Qumran é uma das tantas fortalezas da Judéia e nada prova que os ocupantes dessa fortaleza teriam qualquer relação com os manuscritos descobertos nas cavernas. Justamente neste ponto da discussão residem problemas, que foram classificados por Golb como um “conflito básico no mundo acadêmico”, relativamente, é claro, à qumranologia: “um conflito, a saber, entre as forças que guardam a santidade de um corpus de conhecimento acadêmico convencional e de seus criadores e aqueles que estão decididos a examinar as implicações dos novos conjuntos de evidências que contradizem e, portanto, ameaçam essa santidade” . Golb chama a atenção para um sério problema do mundo acadêmico, quando questiona valores do mundo do saber. E, no caso, as discussões devem ser vistas como um assunto específico do hebraísmo ou devem ser analisada sob o ponto de vista das condições de investigação e produção científicas? Parece que pode ser sentida uma certa suspeição na evolução dos acontecimentos no que diz respeito à investigação arqueológica e divulgação dos resultados das pesquisas de Qumran. Imediatamente após as descobertas dos manuscritos, houve as primeiras tentativas de associá-los ao essenismo, sem que investigações acuradas tivessem sido levadas a cabo, para conclusões mais seguras. Sem que as escavações tivessem começado! O padre de Vaux e sua equipe escavaram o sítio e publicaram textos em que foi veiculada a interpretação tradicional, geralmente aceita, até que em 1967 foram afixadas placas em Qumran, com a descrição, agora oficial, da associação do sítio com os essênios: a teoria virou verdade nos livros de história, de teologia, nas enciclopédias... a ponto de serem rejeitadas críticas isoladas ao oficialmente prescrito. Acontece que aos poucos houve uma queda na ênfase com que era defendida essa avaliação; a partir dos anos setenta houve diminuição de publicações especializadas, embora os estudiosos tivessem aos poucos adquirido maiores informações sobre o conteúdo dos rolos. Nos anos oitenta um especialista de Oxford passa a integrar a equipe editorial oficial e começam a surgir oportunidades para propostas diferentes da tradicional; questiona-se igualmente a autenticidade do Rolo de Cobre e outros conteúdos relacionados à questão. Com isso, passa a sofrer abalos em sua credibilidade a opinião então aceita e começam a aparecer conflitos de interpretação e de idéias sobre os rolos e sobre a natureza e a finalidade do complexo de Qumran. Como era de se esperar, resistências houve e há, principalmente em Israel. Apesar disso, o jornal diário Haaretz publicou, em abril de 1995, um artigo crítico de Norman Golb que, a partir daí, começou a proferir palestras em Israel, quando teve oportunidade de divulgar suas idéias e fomentar um diálogo com especialistas e representantes da corrente contrária. Há um declínio da tese que associa os manuscritos com os essênios; a questão ainda não chegou a um consenso entre os especialistas. Sobre isso, assim se manifesta Roberta L. Harris: “...quase cinqüenta anos após a descoberta dos primeiros rolos, ainda não existe um consenso com respeito à identidade da comunidade de Qumran, ao caráter das edificações do sítio, à natureza das crenças daqueles que escreveram os rolos ou à relação que eles tinham com o cristianismo, se é que de fato tinham alguma” . Vale a pena transcrever o que a respeito registra outro especialista, na revista Time, em 1995. O trecho sintetiza com propriedade a mudança de postura verificada na evolução do tratamento da questão e faz referência às tendências do estágio atual: “...os estudiosos a princípio pensavam que os Manuscritos do Mar Morto, com as suas intrigantes referências à iminente vinda de um messias, representavam os idiossincráticos dogmas de uma seita periférica de ascetas judeus conhecida como a seita dos essênios. No entanto, especialistas agora acreditam que os textos, que incluem fragmentos de códigos legais, oráculos e outros gêneros literários, refletem crenças amplamente difundidas no judaísmo do século I. A Terra Santa dos tempos de Jesus, mostram os rolos, pululava de fervor apocalíptico.”
Bibliografia
AVI-YONAH, Micahel e STERN, Ephraim (editores), Encyclopedia of Archaeological Excavations in the Holy Land, Jerusalem, Massada Press, 1978
Biblical Archaelogical Review, janeiro/fevereiro, 1998
GOLB, Norman, Quem escreveu os manuscritos do Mar Morto?, Rio de Janeiro, Imago, 1996