Professor Luiz Roberto enfatiza a gestão democrática da educação em livro do CNE

É possível ser igual nas diferenças?

Sim, responde o recém-lançado livro do Conselho Nacional de Educação (CNE), que enfatiza esse princípio no próprio título da obra: “O Plano Nacional de Educação e o Sistema Nacional de Educação: Educar para a Equidade”. Educar para a equidade implica construir direitos iguais dentro da diferença concreta de escolas, territórios, pessoas, gerações, etnias e orientações sociais, explica professor Luiz Roberto Alves, da Universidade Metodista de São Paulo, coautor e um dos organizadores da publicação.

Membro do CNE, professor Luiz Roberto escreve capítulo sobre a gestão democrática da escola e da educação tomando como referência textos da última Conae (Conferência Nacional de Educação), realizada em Brasília em 2014. A última Conae, como ele enfatiza, deixou claro que a qualidade da educação brasileira se fundamenta na qualidade da sociedade brasileira e na qualidade das gestões, quer do ensino, dos processos de trabalho, das redes e do sistema nacional de educação.

No seu capítulo sobre "Gestão Democrática e Educação Brasileira: Um Eixo para Pensar o Inédito", o professor do Programa de Pós-Graduação em Administração da Metodista cita que a ideia de gestão democrática encontra duas variáveis: participação popular e controle social, significando o direito de as comunidades aprenderem e apreenderem seus direitos de criação curricular, de organização de gestão e de construção de sua teleologia educativa na cidade ou no campo.

O livro do CNE foi editado pela Fundação Santillana, que o disponibilizou para download gratuito em seu site.

O lançamento dia 31 de março último ocorreu na Biblioteca Mário de Andrade, na Capital. A obra é também organizada por Antônio Carlos Caruso Ronca, igualmente conselheiro do Conselho Nacional de Educação. A publicação reúne vários artigos dos conselheiros do CNE sobre temas atuais da educação, como por exemplo educação e sustentabilidade, educação profissional, pós-graduação, financiamento estudantil, magistério da Educação Básica, dentre outros.

O educador Francisco Aparecido Cordão também tem vínculo com a Metodista por meio do COGEIME (Instituto Metodista de Serviços Educacionais), contribuindo com artigos para a Revista da Educação. Professor Cordão desenvolveu capítulo sobre "A Educação Profissional como Uma das Dimensões do Direito à Profissionalização”.