Falar é a melhor solução para prevenir suicídios, enfatiza palestrante
29/09/2017 11h55 - última modificação 29/09/2017 11h55
“Trouxemos essa palestra porque o suicídio é um tema muito urgente e é muito importante levar essa discussão para toda a população”, diz Luiz Henrique Lourenço Santos das Dores, responsável-técnico pelo Núcleo de Psicologia da Policlínica da Universidade Metodista de São Paulo. O psicólogo deu início a mais uma palestra de prevenção ao suicídio, oferecida pela Policlínica, com Edimar Otavio Batista da Costa.
O Setembro Amarelo está chegando ao fim, mas as discussões sobre o suicídio não podem parar por aqui. Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de suicídios cresceu entre os anos de 2011 e 2015 no País e essa é a quarta causa mais comum para mortes de jovens entre 15 e 29 anos.
“É até difícil mensurar esses números porque muitas vezes a causa da morte não é registrada como suicídio. Como há um silêncio em torno dessas mortes, nem ficamos sabendo realmente sobre todos os casos de suicídio que acontecem”, ressalta Costa.
O psicólogo chama a atenção para esse silêncio que cerca os casos de suicídio e quão prejudicial ele pode ser. A falta de diálogo sobre o problema o faz aumentar, pois a pessoa que está pensando em cometer suicídio, tem medo de conversar sobre o assunto ou não é levada a sério por seus familiares e amigos.
“São 32 pessoas se matando todos os dias no Brasil, além de todas as tentativas de suicídio e tentativas mascaradas que são sinais sutis que a gente não percebe. É necessário discutir esse tema para que se ofereça suporte às pessoas”, completa.
Busque ajuda
Pessoas que estão passando por problemas familiares, transtornos psicológicos, depressão e pensamentos suicidas devem buscar ajuda de um psicólogo. Além disso, o Centro de Valorização da Vida (CVV) atende gratuitamente pessoas que precisam conversar 24h, todos os dias. Por meio do telefone 188 ou do site do CVV é possível conversar com um voluntário sob total sigilo.