Um espírito novo se apossou de mim

Reverendo Luiz Eduardo Prates da Silva

Dia 27 de maio, a Igreja celebrou o Domingo de Pentecostes, que comemora a descida do Espírito Santo sobre todos os cristãos e cristãs. Para esse dia escrevi:

 

Novo Espírito

Um espírito novo se apossou de mim

 

E percebi que só há um poder absoluto

E diante dele, todos os demais são relativos

Mas é um poder que age pela graça.

E não recusa, nem mesmo entregar-se à morte

por amor

Porque é impossível à morte retê-lo

E descobri que Jesus, a quem crucificamos,

Deus o fez Senhor e Cristo

 

Percebi, diante deste poder e desse amor,

quão esclerosados estão os meus critérios

para avaliar os homens e a vida

 

E que enormes perspectivas podem se abrir

pela renovação de minha mente embotada

 

Um espírito novo se apossou de mim

 

E percebi que o que se estabelece como muro de separação

entre as pessoas

perde totalmente o sentido

diante desse grande amor universal

 

E que agora, já não mais separada por língua ou cultura

a humanidade pode inaugurar

um novo tempo de paz

 

Um espírito novo se apossou de mim

 

E percebi com clareza

que não é ele que é meu, mas eu sou dele

e assim

nada do que chamo meu me pertence

mas pertence àquele de quem sou

 

E a ganância, a acumulação

o que faz, de um lado, a miséria de uns

e, de outro lado, a opulência de outros

não resiste à consciência

de que dele, e por ele e para ele

são todas as coisas.

 

Devemos, pois, repartir,

atender as necessidades de todos,

e tomar a vida com singeleza de coração,

cuidando para que não haja entre nós

necessitados

 

Um espírito novo se apossou de mim

 

E me apercebi que um novo tempo se anuncia.

E sou chamado a dele participar

 

Que eu não ponha,

Com minhas racionalizações e atos,

Empecilho a tua novidade,

Senhor!

 

Rev. Luiz Eduardo Prates da Silva

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