Um espírito novo se apossou de mim
Dia 27 de maio, a Igreja celebrou o Domingo de Pentecostes, que comemora a descida do Espírito Santo sobre todos os cristãos e cristãs. Para esse dia escrevi:
Novo Espírito
Um espírito novo se apossou de mim
E percebi que só há um poder absoluto
E diante dele, todos os demais são relativos
Mas é um poder que age pela graça.
E não recusa, nem mesmo entregar-se à morte
por amor
Porque é impossível à morte retê-lo
E descobri que Jesus, a quem crucificamos,
Deus o fez Senhor e Cristo
Percebi, diante deste poder e desse amor,
quão esclerosados estão os meus critérios
para avaliar os homens e a vida
E que enormes perspectivas podem se abrir
pela renovação de minha mente embotada
Um espírito novo se apossou de mim
E percebi que o que se estabelece como muro de separação
entre as pessoas
perde totalmente o sentido
diante desse grande amor universal
E que agora, já não mais separada por língua ou cultura
a humanidade pode inaugurar
um novo tempo de paz
Um espírito novo se apossou de mim
E percebi com clareza
que não é ele que é meu, mas eu sou dele
e assim
nada do que chamo meu me pertence
mas pertence àquele de quem sou
E a ganância, a acumulação
o que faz, de um lado, a miséria de uns
e, de outro lado, a opulência de outros
não resiste à consciência
de que dele, e por ele e para ele
são todas as coisas.
Devemos, pois, repartir,
atender as necessidades de todos,
e tomar a vida com singeleza de coração,
cuidando para que não haja entre nós
necessitados
Um espírito novo se apossou de mim
E me apercebi que um novo tempo se anuncia.
E sou chamado a dele participar
Que eu não ponha,
Com minhas racionalizações e atos,
Empecilho a tua novidade,
Senhor!
Rev. Luiz Eduardo Prates da Silva