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Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher – 8 de Março – é um dia para lembrar e honrar as conquistas sociais, políticas, econômicas e culturais das mulheres. A data faz referência às lutas femininas ocorridas na Europa, no final do século XIX, no protesto que ficou conhecido como Pão e Paz, no qual as mulheres reivindicavam melhores condições de vida, trabalho e o fim do trabalho infantil. Faz, também, referência ao que aconteceu nos Estados Unidos, durante a Revolução Industrial, quando 130 operárias foram mortas carbonizadas, como represália por suas demandas por melhores condições de trabalho e vida.

O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908. Mas somente em 1977 o dia 08 de março foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.

É um dia para refletir, mobilizar e colocar em pauta a discussão sobre os direitos, a discriminação, a violência física e moral que muitas mulheres continuam a sofrer em todo o mundo.
No Brasil, só em 1932, com a reforma da constituição, é que nós, mulheres, passamos a ter direito ao voto e de sermos eleitas para cargos no executivo e legislativo. E até hoje existe uma representação desproporcional das mulheres nas esferas do poder.
Reforço a ideia de que neste dia devemos refletir sobre a condição da mulher na sociedade, em seus diferentes âmbitos. Trata-se de um dia para denunciar as injustiças contra a mulher e para fortalecer nossa consciência de justiça e cidadania.

A mulher sempre sofreu discriminações e violências. Tal situação atravessa séculos, com o ideal equivocado de que a mulher deve ser apenas esposa, mãe, cuidadora de casa e da família etc. Sua importância na sociedade não era – e ainda não é – reconhecida em paridade com o papel e valorização do sexo masculino.

No campo do trabalho, o que se vê é que a mulher, por mais brilhante que seja, não tem merecido o mesmo reconhecimento de mérito e a mesma remuneração que recebem os homens.

Em Gênesis 1:26 e 27 encontramos o relato de que a mulher também foi criada a semelhança de Deus.

Jesus quebra esse preconceito muitas vezes quando, em diversos momentos, enaltece o valor das mulheres de seu tempo. Podemos citar, por exemplo, a mulher samaritana, Maria Madalena, Marta e Maria, dentre várias mulheres a quem Jesus acolheu e deu valor.

Muitas mulheres não têm consciência de seu papel na sociedade e se acomodam no que é instituído à elas. Mas a luta continua e as desigualdades devem ser mostradas para darem lugar a oportunidades e direitos iguais. Afinal, a mulher, antes de tudo, é um ser humano, como já disse, criado a semelhança de Deus.

Deixar preconceitos de lado, assumir postura de igualdade entre os seres humanos não é nada fácil, não só em relação à mulher, mas também no que se refere à raça, à religião etc.

Muito já se avançou na estrutura familiar, na inserção no mercado de trabalho, na participação da mulher, que é a maioria atualmente, nos cursos universitários.

As mulheres estão presentes em todas as atividades, mesmo naquelas que eram somente direcionadas aos homens. As mulheres são em maior número chefes de família. Porém, a violência continua.

No Brasil podemos citar o nome de muitas mulheres à frente de seu tempo em várias áreas de atuação, como: Eugênia Moreira, jornalista; Rachel de Queiróz, escritora, Cora Coralina, poetisa, Maria da Penha, que lutou pela lei que leva seu nome, Zilda Arns, médica, Fernanda Montenegro, atriz; além das diversas Marias, que lutam diariamente por aquilo em que acreditam, pela sua liberdade de viver, plenamente, como encontramos no livro de João 10.10.

Muito se tem para falar e discutir sobre a luta diária das mulheres. Desejamos que as conquistas alcançadas se solidifiquem e que as que estão sendo articuladas não fiquem esquecidas e que se concretizem.

Importante, sim, celebrar este dia de luta para que a sociedade coloque a mulher no lugar de igualdade com os homens, principalmente por ela ter sido feita à imagem e semelhança de Deus.

Benção da Mulher
(autor/a desconhecida/o)

Que o Senhor te conceda a audácia de Débora e a valentia de Ester e de Judite.
Que te encha de alegria como Ana e de lealdade e de amor fiel como Rute.
Que possas cantar e dançar junto ao mar como Maria, a profetiza
e que, como Maria de Nazaré, proclames a grandeza do Senhor,
no triunfo dos famintos e dos humildes.
Que chegues a encontrar-te com Jesus, o Senhor,
como o encontraram Maria Madalena e Marta, Salomé e a Samaritana.
Ele lhes devolveu a dignidade e a liberdade e lhes deu um nome novo.
E que, como aquela mulher encurvada de quem Jesus se aproximou
e pôs de pé, possas tu viver erguida e ajudar a erguer a outros, a outras.
Porque ela e tu, e nós e todas as mulheres e homens,
somos chamados e chamadas a pôr-nos de pé, glorificando a Deus.

Com carinho,
Profª Nilza Mary Rosário
Pastoral do IMS – Instituto Metodista de Ensino Superior

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