Porque derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes.
(Isaías 44:3)
Quer ouvir uma boa notícia?
Eu quero começar essa segunda feira, de tempo completamente maluco, ouvindo uma boa notícia. Estamos com falta de boas notícias.
Falando sobre boas e más notícias, veio à minha memória algo que quero partilhar com você. Na minha família tem uma experiência curiosa que me fez aprender muito. Em nossos dias, nós temos poupado as crianças de participar de muitas coisas das nossas vidas. Não contamos notícias ruins. Não levamos as crianças em velórios da nossa casa.
Desde criança sempre me foi explicado quando as coisas não iam bem em casa. Estávamos nos velórios da família e me lembro que a experiência mais marcante foi na demissão do meu pai. Eu tinha 12 anos e me lembro, certa vez, que minha mãe e meu pai sentaram conosco (eu e minhas duas irmãs que eram menores) para explicar que houve uma demissão e que o dinheiro ficaria restrito. Não sairíamos com tanta frequência, não teríamos um natal tão recheado e teríamos um tempo de contenção de gastos. Pode soar estranho o que vou contar, mas, eu fiquei muito triste e minha tristeza acabou quando vi minhas irmãs menores olhando jornais velhos e mostrando ao meu pai vagas de trabalho. Elas também disseram ao meu pai que poderiam contratá-lo se ele pudesse esperar um pouco, até elas se tornarem gerente de algum empreendimento. Isso fez a minha mãe sorrir e nos fez perceber que as crianças têm uma capacidade de viver tempos difíceis regados à esperança.
Existe hoje uma orientação muito comum (e não sei se está atrelada a algum conhecimento), mas estamos em uma política de poupar nossas crianças. A questão é que estamos poupando-as também de boas notícias. Isso me leva a pensar o quanto estamos dispostos a viver em família. Uma verdadeira família partilha tudo! Bons momentos e momentos difíceis devem ser partilhados para envolver nossas crianças e contribuir para sua formação. Aprender a partilhar é um dos mais importantes passos daqueles e daquelas que pretendem viver em família. Penso que as crianças não precisam ser poupadas, mas precisam ser integradas e ouvidas. Isso faz toda a diferença.
A partir disso tenho uma boa notícia para você compartilhar na sua casa: é tempo de Pentecostes, é tempo de viver um novo tempo. Para a realização desse tempo é preciso saber que existe uma promessa de renovação e transformação. O profeta Isaías diz que neste tempo que é novo, águas serão derramadas para sedentos, rios sobre terra seca e um espírito, o Espírito de Deus, será derramado para abençoar as gerações futuras.
Creia nesta promessa e encha seu coração de esperança para enfrentar o tempo que você está vivendo. O verso de Ivan Lins nos inspira a experimentar esse “novo tempo”:
“No novo tempo, apesar dos perigos
Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta
Pra sobreviver
Pra que nossa esperança seja mais que a vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança”
(Ivan Lins)
Deus te abençoe