Chegou dezembro de 2016!
Estamos nos despedindo de um ano com vários acontecimentos: Zica vírus, impeachment, olimpíadas, paraolimpíadas, tragédias, mortes, assaltos, violências. Nossos corações ficaram sem bater quando ouvimos que aviões caíram do céu com jogadores ainda jovens, com uma noiva indo para o seu casamento, com tantas vidas morrendo sem explicações. Estamos entristecidos com tantas notícias de cânceres atingindo pessoas muito próximas de nós e também aquelas que não sabemos nem o nome, mas que nos entristecemos por elas também. Como podemos explicar mulheres sendo violentadas, terremotos, animais maltratados, natureza agredida?
Cristãos e cristãs testemunham suas vitórias e suas orações respondidas, mas também haverá aqueles que experimentam dores, doenças, crises profundas, e aguardam por orações nunca respondidas. Existem coisas que jamais saberemos os porquês. Deus não nos revelou todos os segredos da existência, e nem responderá a todas as nossas indagações. Não podemos ter uma postura pacífica diante de tantos fatos trágicos e pesarosos. Podemos chorar, gritar, nos entristecer, mas uma coisa não podemos perder: “A Esperança”.
Dezembro chegou! É Natal!
As casas, empresas, escolas e nossa universidade estão cheios dos símbolos natalinos. Mas eles expressam o verdadeiro significado do Natal? Ainda tem lugar para o nascimento do menino Jesus em nossos lares?
A bispa Marisa de F. Ferreira escreve no Expositor Cristão, dez/16: “Ao ver o símbolo, também observo o que está por detrás dele. O símbolo tem a capacidade de trazer à memória toda uma história, uma vida toda, uma experiência com aquilo que representa. Vem história, datas, pessoas e celebrações. Ao trazer as lembranças, as emoções vêm juntas. É como se, por alguns segundos, voltássemos a viver o que foi vivido em tempos anteriores. Pode-se sorrir hoje como se sorriu tempos atrás.
Lágrimas experimentadas no passado podem vir aos olhos novamente, dando a sensação de que ocorrem agora, neste momento. O símbolo relembra algo tão marcante que é como se tivesse a capacidade de carregar a história dentro de si. Algo excepcional e marcante. É muito mais do que se vê, é a atualização do que se viveu e se sentiu. É uma expressão externa de um tesouro que se traz por dentro. É pra sempre”!
Veja, sinta, chore, mas lembre-se: é natal! Não do consumo, da mesa farta, do 13º salário, das dívidas assumidas para comprar algo, dos interesses comerciais. Monte seus símbolos natalinos, mas não esqueça do principal deles.
Natal! Jesus nasceu numa estrebaria, ao lado de animais, de modo simples. Uma estrela anunciou o seu nascimento. Pastores e magos foram visitá-lo. E você, o que pode oferecer a Jesus hoje? Qual o símbolo que te identificaria como um seguidor desse Jesus?
Que o natal aconteça em nossas casas, aqui em nossa universidade, no nosso País. Para celebrar o natal não é necessário ter bens, uma festa com muita comida e bebidas. Tudo o que você e eu precisamos é socorrer ao necessitado, chorar com os que choram, nos alegrar com os que se alegram e acima de tudo, nos achegarmos bem ao lado de Jesus, nascido naquela humilde manjedoura – e descansar.
Bom Natal para todos e todas. Com meu carinho e orações,
Profª Rosane Oliveira
Agente da Pastoral Universitária