Benditas!...
Para o Dia Internacional da Mulher
Dia Internacional da Humanidade?!?
E Deus, na sua omnisciência,
Criou o ser humano: “homem e mulher os criou”.
Também decretou, desde sua eternidade,
que viria a seu mundo através de uma mulher.
Por isso, deu-lhe a capacidade de gerar e de parir,
de tecer no seu ventre a teia da vida,
de construir no seu interior o futuro e a possibilidade do novo.
Benditas, são, por isso, todas as mulheres!
Colaboradoras de Deus na continuidade da vida,
construtoras com Deus, do futuro da Vida,
cuidadoras, com Deus, da fragilidade da vida.
Benditas todas as mulheres que lutam,
no dia-a-dia da vida,
a luta miúda, sem alarde e sem notícia,
do cuidado do lar, do cuidado dos filhos,
do cuidado das pessoas com quem compartilham a vida!
Cuidado que devia ser compartilhado
mas, por machismo, por patriarcalismo,
por falta de compreensão, por violência,
e por tantas outras prepotências e preconceitos,
nem sempre o é,
na imensa maioria das vezes, não o é.
Benditas todas as mulheres,
que assumem lutas da humanidade,
nas mais diferentes fronteiras e frentes de batalha:
na justiça social,
nas ciências, nas artes, no pensar o mundo,
no cuidar do mundo,
nas descobertas de mundos,
do mais minúsculo ao cosmos pleno,
com a visão e o anseio de salvar o mundo,
de revolucionar o mundo,
de torná-lo mundo de todas e de todos.
Benditas todas as mulheres
que tomam como suas
as dores do mundo e as dores dos outros
e por isso se gastam e se desgastam
doam-se até a entrega incondicional
e ao martírio
exemplificadas em Madre Teresa e em Dorothy Stang,
e em tanta outras...
Benditas as mulheres, que com apenas um gesto,
mudaram a história,
como Rosa Parks,
e as que dia-a-dia mudam histórias de vidas e do mundo
na dedicação sempre constante e consciente,
no gesto que brota do amor ou da necessidade,
da razão ou do coração.
Benditas todas as mulheres,
que gastam a vida
como a gastam a maioria dos homens,
sem um sentido e um porque,
e fazem da que deveria ser luta para a emancipação humana,
para a solidariedade e o amor,
para a plenificação da vida,
uma luta mesquinha de controle, de domínio, de acumulação.
Que sejam despertadas, como todos os homens,
para o sentido maior, a vocação mais plena
de gerar e não de reproduzir.
De criar o novo
e não de repetir o velho passado,
pesado, cruel, desumano.
Bendito será o fruto de seu ventre
Bendito será o fruto de sua vida,
Vocação de todas e todos,
Plenitude do humano
Plenitude de Deus.
Amém!
Rev. Luiz Eduardo Prates da Silva
Coordenador da Pastoral Universitária e Escolar