"Amigo, para que vieste?"
Estamos vivendo a era dos relacionamentos. Há um autor chamado: Zygmunt Bauman, sociólogo Polonês, que fala que vivemos em uma sociedade de relacionamentos líquidos, amor líquido, modernidade líquida. Vivendo em um mundo com tantas novidades tecnológicas da informática, as redes sociais se multiplicam e assim tentamos driblar do medo da solidão. Com isto, nossos relacionamentos estão cada vez mais ralos, mais líquidos.
Pensando no tema, relacionamentos, me lembrei do texto a cima quando Jesus é traído por Judas. No ato da traição Jesus chama Judas de amigo e pergunta oque é que ele está fazendo? Em um momento de traição, nunca uma pessoa vai se preocupar com o traidor. Se preocupar com o porque ele esta praticando aquele ato ou o que poderia acontecer com ele depois da traição. Mas Jesus faz justamente isto. Ele não se defende, não tenta escapar, repreende os discípulos que quiseram lutar por Ele. Chama Judas de Amigo. Creio que o maior ensinamento desta passagem é que ninguém tem o poder de te afetar se você não quiser. Manter-se fiel aos seus princípios apesar das circunstâncias, manter-se coerente apesar de uma traição são atitudes maduras de uma pessoa que sabe muito bem quem é. Trocar a profundidade dos relacionamentos que você pode construir pela quantidade de relacionamentos diferentes que se possa ter nos meios eletrônicos é um ato de empobrecimento de si mesmo e dos outros.
Jesus nos mostra que nossos relacionamentos não podem ser líquidos nem ralos, mas precisam ser fruto de nós mesmo, de quem nós somos. Enriquecer a vida do outro é o mais importante dentro de um relacionamento, mesmo quando o outro entende diferente. Não é o que ele faz que determina quem eu sou. O que eu sou é que determina o que eu faço, mas isto só Deus pode nos ensinar.
Que Deus nos dê a oportunidade de vivermos como Jesus!
Pr. Hércules.