A mudança
2017 tem sido um ano de muita tensão. Muitos escândalos políticos encheram os jornais e continuam enchendo. O descrédito moral tornou-se nosso cotidiano no que tange àqueles que deveriam nos representar e considerar nossa vontade. Sou uma pessoa muito antenado politicamente e, refletindo sobre a conjuntura atual, não pude deixar de considerar o que o Apóstolo Paulo disse a Timóteo na sua primeira carta a este:
“Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” 1 Timóteo 6. 9-10
Por amar o dinheiro muitos homens e mulheres venderam não somente a confiança depositada neles, venderam a si mesmos. Venderam integridade e caráter e isso é o mais trágico.
Qual preço de algo que não tem preço e sim valor?
Como vender o que é invendável?
Há um pensamento sistemático que afirma que a corrupção é inerente ao brasileiro, contudo, indo mais profundamente neste pensamento, concluímos que a corrupção é inerente ao gênero humano. Temos a tendência de sempre nos inclinarmos ao que nos gere benefícios, mesmo que seja em detrimento ao prejuízo do outro. Essa reflexão sobre o cenário macro precisa nos fazer olhar para o micro. Precisamos olhar para nós mesmos e perceber se, a nível individual, nós não cometemos os mesmos erros. Talvez você esteja dizendo para si mesmo agora: “Mas eu não roubo ninguém”!
Contudo, quando você mente para alcançar algum ganho, isso não te difere em nada daqueles que você julga. Quando você recebe um troco errado, para mais, e você não devolve, isso não te difere em nada daqueles que você julga. Quando você se empenha ao máximo para alcançar ganhos maiores e não percebe que, talvez, sua família está ficando à margem da sua vida, isso não te difere em nada daqueles que você julga.
Esse período da história brasileira vai passar, as coisas voltarão para o lugar correto, eu creio. No entanto, a história precisa nos ensinar alguma coisa, se não mudarmos individualmente, só estaremos emergindo para submergir novamente lá na frente. Quando eu mudo, tudo ao meu redor muda. A máxima é: “Nós devemos ser a mudança que queremos ver”
Gladston de Paula